No dia seguinte, partimos para Bariloche, na Argentina. As empresas de ônibus ficam, em sua maioria, nas Calles Walker Martínez e San Pedro. Pagamos 10.500 pesos chilenos (cerca de US$ 20) pela passagem. Até Bariloche, são 6 horas de viagem.
Hopedamo-nos na Hosteria Arequepay (www.arequepay.freserves.com), localizada bem no centro. Oferece café da manhã. A diária é de 55 pesos ou 17 dólares para casal. Contato: arequepayhosteria@hotmail.com.
Para circular pelo centro não há necessidade de transporte coletivo. Para ir à região onde há hotéis, restaurantes e algumas das atrações turísticas, aí sim pode-se pegar o ônibus 20 (passagem custa aproximadamente 1 dólar), que sai do terminal, passa pelo centro e segue pela Avenida Bustillo, margeando o lago Nahuel Huapi. O visual é incrível. O lago de água azul-cristalina é cercado de montes verdes com neves em seus picos.
Nessa Avenida, que margeia o lago, a quantidade de hotéis é imensa. São mais sofisticados e caros, sempre em construção estilo colonial. Uma boa dica é a Hosteria Pájaro Azul (Av. Bustillo, Km 10,8). O hotel oferece café da manhã, com suco, chá, café e croissants e tem uma vista belíssima do Lago Nahuel Huapi, que cerca Bariloche. Diária de 112 pesos ou 35 dólares. Para reservas: hots_pajaroazul@hotmail.com.
As principais avenidas, onde fica o comércio – restaurantes, cafés, confeitarias, casas de chocolate, lojas, casas de câmbio –, são a Avenida Bartolomé Mitre, Perito Moreno e San Martin. O Centro Cívico, que inclui a Secretaria de Turismo e o Museu de la Patagonia é um bom ponto de referência. Por ali, sempre há cachorros da raça São Bernardo, com seus donos, para tirar fotos. Vale a pena visitar o Museu de La Patagonia. Além de informações sobre a fauna local, há material histórico e arqueológico sobre os povos mais antigos da região. A entrada custa 5 pesos ou U$ 2. Só não abre aos domingos.
O aeroporto fica a 13 km do centro e o terminal de ônibus e a Estación Ferrocarril, a 3 km. Do aeroporto até o centro custa cerca de US$ 10.
A cidade possui vários cerros e estações de esqui. Nós adoramos o Cerro Campanário. De lá, é possível ver as montanhas cobertas de neve, todo o lago Nahuel Huapi e as ilhas do lago, entre elas a Isla Victoria. O visual é incrível, um dos mais belos que já vi. Para subir, são 7 minutos em um teleférico. Na subida, já pode-se ir tirando fotos. Em cima, há um café-bar. Faz muito frio lá, então leve casaco, luvas e cachecol.
O Cerro Catedral também é acessado de teleférico. É o centro de esqui mais importante da cidade. Vindo do centro, pode-se pegar o ônibus 20 que sai da Calle (rua) Perito Moreno, 470.
Depois, fomos ao Cerro Otto, onde há uma confeitaria giratória no alto. Esse fica a apenas 5 km da cidade. Você pode pegar um ônibus no centro, que o deixará no teleférico para subir. Paga-se 35 pesos ou U$ 11,5, já incluído o ingresso para a subida.
Indo a Bariloche, aproveite para fazer um belo passeio de barco. O tour mais vendido é o que inclui a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes. É um pouco salgado, 30 dólares por pessoa. Parte do pequeno cais em frente ao Hotel Llao Llao, que por si só já é uma atração turística. É o hotel mais caro de Bariloche.
O bosque tem esse nome porque há inúmeros exemplares dessa árvore rara (arrayane). São enormes, de troncos retorcidos, podendo chegar a 25 m de atura e de um coloração canela. A trilha é bem curta e bem tranqüila. Dali, tem-se uma vista panorâmica do lago, das ilhas e do vulcão Lanín.
A apenas 82 km de Bariloche, com 10 mil habitantes, está uma cidadezinha montanhosa, situada na margem oeste do lago Nahuel Huapi: Villa la Angostura. A proximidade com o centro de esqui Cerro Bayo (pistas de 1.050 a 1.700 m funcionando o ano todo) e com o Parque Nacional Los Arrayanes e a natureza privilegiada de bosques, cachoeiras, lagos e montanhas têm atraído cada vez mais turistas. Passamos o dia lá.
As ruas e casas da cidade são tão charmosas, que o melhor é fazer o passeio a pé.
Há seis saídas diárias de ônibus para Bariloche. São 2 horas de viagem pela empresa Al Bus, com um visual belíssimo (picos nevados, cachoeiras, lagos e pedras enormes em formatos curiosos acompanham todo o trajeto), a US$ 5. O terminal de ônibus fica na Avenida Siete Lagos 26, no cruzamento com a Avenida Arrayanes.
Além do Parque Nacional Los Arrayanes, outro passeio bem procurado é o do Caminho dos Sete Lagos. São 110 km entre Villa la Angostura e San Martin de los Andes, passando pelos lagos Nahuel Huapi, Espejo, Correntoso, Villarino, Falkner, Machónico e Lacar.
No final do dia, retornamos para Bariloche. Antes de deixar a cidade, não deixe de provar os chocolates e de comer uma deliciosa truta. O peixe é bem carnudo e delicioso.
Nosso próximo destino: Buenos Aires. São 23 horas de ônibus. A passagem custa, aproximadamente, 40 dólares. O trajeto é feito por várias empresas, que ainda oferecem lanchinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário