A rodoviária ou Estación Terminal de Ómnibus Retiro fica no bairro de mesmo nome, a cerca de 12 quadras a nordeste do Obelisco. Para quem está na cidade, é possível chegar de metrô (Estação Retiro), de várias partes. O terminal é moderno e organizado. Quase em frente, estão as plazas San Martín e Fuerza Aérea, cuja atração é a Torre de los Ingleses, uma réplica do relógio Big Bem, símbolo de Londres.
Para quem chega de avião, o Aeropuerto Internacional Ministro Pistarini, mais conhecido como Ezeiza, fica a 35 km do centro.
Do centro, a linha de ônibus 86A, que se paga na esquina da Avenida de Mayo com a Calle Perú, vai até lá em 1h30. Paga-se US$ 1. Como o percurso é longo, só o peque se tiver bastante tempo antes do embarque. Certifique-se de que está escrito “Aeropuerto” no vidro da frente. Um táxi sai por US$ 15.
Apesar de estar um pouco decadente, Buenos Aires ainda conserva seu charme. Andar a pé ou de ônibus é ótimo para conhecer bem a cidade. Tudo é fácil de localizar, ainda mais com um mapinha na mão. A passagem de ônibus custa 0,80 pesos e percorre distâncias incríveis. Uma das belas ruas para se percorrer é a Calle Corrientes, repleta de restaurantes, livrarias, cafés, cinemas e teatros. Ao final dessa rua, está o Obelisco.
Os preços dos hotéis são bem razoáveis e estão disponíveis em várias áreas da capital. Indicamos: Hotel Parlamento (Calle Rodriguez Penã, 61), Molino Hotel (Avenida Callao), River Hotel, Ibbis Hotel, Orly Hotel.
O Obelisco é um excelente ponto de referência da capital. Construído em 1936 em comemoração aos 400 anos de fundação de Buenos Aires, tem 65 m de altura. Fica no meio da Avenida 9 de Julio, no cruzamento com a Avenida Corrientes. Outras avenidas importantes para se localizar são a Avenida Córdoba e a Santa Fé.
O Teatro Colón (fundado em 1908, é o teatro lírico mais importante da América Latina) fica do outro lado da 9 de Julio e, atrás dele, a Plaza Lavalle, que destaca-se com seus jardins ornamentados. Há uma réplica da consagrada escultura “O Pensador”, do francês Auguste Rodin.
A Plaza de Mayo, a mais importante de Buenos Aires, tem esse nome em homenagem à revolução da independência de maio de 1810. Ao seu redor, estão a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana, o Museo Historico Nacional del Cabildo, o Banco de la Nación e o Palacio del Congresso.
A Casa Rosada é a sede do governo local onde, em 1580, Juan de Garay inaugurou um forte ao fundar a cidade de Buenos Aires. Há visitas guiadas e gratuitas, de segunda à sexta, mas para ingressar deve-se retirar uma senha no Museo de la Casa de Gobierno – entrada pelo lado direito. Esse museu tem uma mostra permanente de 140 anos da história constitucional da Argentina.
O Museo Histórico Nacional del Cabido, construído em 1725, é onde se realizavam as reuniões políticas na época colonial. Foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1933 e virou museu em 1960, com mostra de peças antigas, móveis e documentos dos séculos 18, 19 e 20. Aberto de terça à sexta, das 12h30 às 18h30. Entrada a US$ 1.
Há, também, o Museo de la Ciudad e o Museo Mitre (casa onde o jornalista Bartolomé Mitre, o primeiro presidente da Argentina e fundador do jornal La Nación, viveu com sua família).
Ainda nas proximidades da Plaza de Mayo, há os bonitos prédios das faculdades de direito, administração e de engenharia. Caminhando um pouco mais, chega-se a uma bela igreja ortodoxa russa.
Buenos Aires tem bairros famosos, que não podem deixar de ser visitados: Recoleta, La Boca, Puerto Madero, San Telmo e Palermo.
A atração mais famosa do bairro Recoleta é o Cementerio de la Recoleta, ao lado do qual está a Basílica Nuestra Senõra del Pilar. O cemitério é considerado o mais importante do país por sua arquitetura e monumentos. Mais de 70 já foram declarados como Monumento Histórico Nacional. Suas tumbas ornamentadas guardam os restos mortais de pessoas ilustres, como Estanislao Soler, guerreiro da independência; Domingo Faustino Sarmiento, político, escritor e ex-presidente da República; e de Evita Perón e de sua família. Evita foi atriz e líder política argentina. Tornou-se primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente.
O bairro Recoleta também abriga o museu mais importante do país, o Nacional de Bellas Artes, com esculturas de Rodin; aqualeras de Degas; telas de Cézanne, Renoir, Monet, Van Gogh, Portinari, entre outros. A entrada é gratuita.
La boca, bairro da periferia, está às margens arroio Riachuelo, que separa Buenos Aires do distrito industrial vizinho de Avellaneda. Foi o primeiro porto da cidade, construído pelos imigrantes italianos que chegaram entre 1880 e 1930.
É famoso pelas casas multicoloridas da Calle Caminito, batizada em homenagem a um popular tango. Há muito artesanato, espetáculos de rua e apresentações de tango. Outro ponto de destaque no bairro é a Calle Necochea, com suas cantinas e pizzarias. Não faltam cafés e lojas.
É de lá o time do Boca Juniors, de onde surgiu o jogador Diego Maradona e o estádio La Bombonera, que tem esse nome devido ao seu formato: semelhante a uma caixa de bombons.
Puerto Madero, antiga área de armazéns do porto que foi totalmente remodelada, dando origem a um novo bairro (em 2000), no maior projeto urbanístico da história da cidade. São 170 hectares, 40 dos quais formados por espelhos d’água. O complexo reúne restaurantes, bares, discotecas, 8 cinemas, a sede da Universidad Católica Argentina e inúmeros escritórios. Foram 7 anos de obras.
Tudo pode ser feito de ônibus ou metrô. A passagem de ônibus custa 0,80 pesos argentinos ou US$ 26. Se você preferir, pode pagar um city tour. Entre as inúmeras empresas que oferecem o serviço, está a agência Docker Travel: www.docker.sprintweb.com.ar, que cobra 35 pesos argentinos ou U$ 11,5 por pessoa.
Uma estação de metrô interessante para visitar é a Peru. Foi a primeira estação construída e o vagão ainda é de madeira. Como turista, vale a pena fazer uma viagem.
San Telmo, próximo à Plaza Constitución, é mais conhecido pelo tradicional mercado de pulgas que acontece todos os domingos. Além de artesanatos, antiquários e obras de arte, a Fería de San Pedro de Telmo é um verdadeiro palco ao ar livre para apresentações de tango e estátuas vivas. Há vários cafés, restaurantes e tanguerías. O bairro foi originalmente habitado pelas famílias mais ricas da cidade que, fugindo da epidemia da febre amarela em 1817, mudaram-se para a área que hoje fica o centro.
Outras atrações do bairro são o Parque Lezama, que abriga o Museo Histórico Nacional, aberto de terça a domingo, das 14h às 18h. Traça a trajetória do país desde a colonização até os dias de hoje. Tem mapas da época colonial, retratos de figuras históricas e pinturas que retratam marcos da dominação espanhola, da fundação da cidade e das invasões britânicas. Vale a pena visitar.
Palermo é a zona de lazer: parques, jardim botânico, jardim japonês, zoológico, campo de pólo, hipódromo e planetário. É bem comum ver os pasea-perros, caras que ganham a vida levando os cachorros dos outros para passear, chegando a conduzir mais de 10 de uma só vez.
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