Simone


Terminamos o dia na cidade de Acre (Akko), a 26 km de Haifa e a 114 km de Tel Aviv. Chegamos lá ainda de dia e saímos à noite. Nas suas ruas medievais, nos perdemos.

A cidade antiga de Acre (Acre Citadel), um porto histórico rodeado por muralhas na Galileia, é povoada desde o período fenício. Além de ruínas milenares, a cidade tem também seu lado moderno, com parque industriais tecnológicos.


Tornou-se basicamente judaica somente no período herodiano, quando Herodes, o Grande, volta de Roma para assumir o controle do país. Ele desembarca em Acre, concede uma série de vantagens a fim de garantir seu livre acesso ao país, iniciando a partir daí a conquista de seu reino.


A atual cidade é caracteristicamente uma cidade fortificada datando dos séculos XVIII e XIX, com típicas estruturas da época, como a cidadela, mesquitas, caravançarais e banhos públicos. O que resta da cidade das cruzadas, datando de 1104 a 1291, permanece praticamente intacto, bem próximo ao planejamento urbano de Jerusalém.

Na época das Cruzadas esta cidade foi uma antiga fortaleza e fez parte do reino de Jerusalém, tendo sido denominada São João de Acre.

Em 1110 a cidade foi invadida pelos cruzados, sendo reconquistada por Saladino em 1187, para voltar a ser ocupada por Ricardo Coração de Leão em 1191, que a entregou aos Cavaleiros de São João de Jerusalém.

Após as Cruzadas, novamente os árabes muçulmanos tomaram a cidade e, posteriormente, foram os turcos otomanos (também muçulmanos) que governaram a região até o começo do século XX.

A cidade fazia parte do Mandato Britânico da Palestina após a Primeira Guerra Mundial. Os britânicos usavam uma antiga fortaleza para prender e executar membros de vários grupos judeus que eram considerados clandestinos. Em 04 de maio de 1947, a organização paramilitar sionista Irgun tentou resgatar vários destes presos; apesar de poucos terem escapados, a operação teve um enorme efeito moral (o excelente filme Exodus é baseado neste episódio).


Acre foi conquistada por Israel em 17 de maio de 1948, quando a maioria dos árabes fugiram com medo das Forças de Defesa de Israel do recém-nascido Estado de Israel.


Market Street abriga o principal mercado da cidade, uma variedade de bancas vendendo peixes, frutas, verduras, temperos, doces orientais doces e outras especiarias originais. Essa mesma rua foi uma importante rota de comércio no período das Cruzadas. 

Além do porto, há a mesquita Al-Jazar, a sinagoga Achav, a sinagoga Ramhal, a igreja St. George, a Casa Bahai, o banho turco e o Túnel dos Templários (construído na segunda metade do século XII pelos templários, o túnel foi descoberto em 1994).  A entrada lateral da porta para o túnel é pela rua Haganah, perto do restaurante Uri Buri.

Tudo isso pode ser conferido na Citadela, a cidade antiga. Mas se perder por lá é realmente muito fácil. Se isso ocorrer, sente-se em um dos restaurantes com comida típica, desfrute e depois peça informações a algum morador.  

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