É capital da província de mesmo nome, localizada na Região de Los Rios, entre os rios Calle-Calle, Valdivia e Cau-Cau. Tem uma população de cerca de 140 mil habitantes e uma superfície de 1.016 km².
A cidade é um importante porto fluvial e está numa posição estratégica, com acesso a rios e próxima ao Oceano Pacífico. Foi fundada em 1552 por Pedro de Valdivia, sobre uma aldeia mapuche chamada Guadalauquén.
Valdivia foi uma das cidades mais afetadas pelo grande terremoto do Chile, o maior já registrado em todos os tempos, registrando 9.5 pontos na escala Richter. Estima-se que a cidade tenha afundado cerca de dois metros após o fenômeno.
Mas sua grande atração são mesmo os leões marinhos na área do Mercado Fluvial, às margens do rio Valdivia. Os animais saem do rio e esperam, sentados, que os feirantes lhes deem sobras de peixes. Em frente, está o grande Mercado Municipal, repleto de artesanato e souvenirs. Na rua ao lado, há o Paseo Peatonal (calçadão) Libertad.
No Mercado Municipal, há 2 restaurantes. Os pratos são baratos. O preço de um filé de pescado ou de merluza, com agregados (acompanhamentos), sobremesa e bebida, varia de 2.200 a 2.800 pesos (4,75 a 6 dólares). Outra opção é o caldillo (caldo) de congrio, também com sobremesa e bebida.
Nós deixamos nossas malas no terminal de ônibus (rua Anfión Muñoz), que tem guarda-volumes, lanchonetes, restaurante, internet e cabines telefônicas, para passarmos o dia na cidade. O Píer, ao lado do rio, uma das belezas de Valdivia, fica praticamente em frente, na Avenida Costanera Arturo Prat. Nessa avenida, estão o Hotel Encanto del Rio e Hotel Diego de Almagro.
Do outro lado do rio, na Avenida España 1025, está o Hotel Villa del Rio. Diária a 49.900 pesos ou 107 dólares, incluindo café da manhã buffet e wi-fi. O hotel tem piscina, quadra de esportes e sauna. Informações: www.hotelvilladelrio.com
Atrações
Caminhar é a melhor forma de conhecê-la (na Avenida Costanera Arturo Prat há um píer contornando o rio Valdivia), mas um passeio a barco também é uma ótima opção para contemplar a cidade. O rio separa a Isla Teja que, por sua vez, está ligada ao continente pela Ponte Pedro de Valdivia.
O tour maior pelo rio, de 5 horas, inclui a Isla Mancera e Puerto Corral, onde estão algumas das fortificações espanholas, até a desembocadura do rio no Pacífico. Vale a pena conhecer o Fuerte de Corral (1645). Alguns desses passeios longos incluem refeições ou pequenos lanches – o once, como é chamado o chá da tarde na região. O mais curto, de 1 hora, percorre o rio passando pela Isla Teja e apontando as principais atrações da cidade. Sai a 5.000 pesos ou 10 dólares por pessoa. Os barcos partem em vários horários, nas proximidades do Mercado Municipal.
Na Isla (ilha) Teja, fica o Parque Saval, um jardim botânico com praia, com a lagoa de Los Lotos e rio Valdivia. Bom lugar para observar pássaros. Entrada próxima à Universidade Austral.
Destaque para o Museo Histórico y Antropológico Maurice Van de Maele, também na ilha. Bem organizado, fica numa mansão em meio a um vasto jardim, às margens do rio, levando o nome do seu fundador belga. Contém objetos que pertenceram a povos que habitara, provavelmente, os bosques do sul do Chile há 13 mil anos, além de fotos, objetos, indumentárias, textos e instrumentos musicais da cultura mapuche. Há, ainda, material sobre a colonização alemã na região.
Existem mais três museus na cidade: o Museo de Arte Contemporanea, ao lado deste museu; o Museo de la Catedral (rua Independência 414); e o Centro Cultural El Austral (rua Yungay 733), sede de amostras temporárias e de uma exposição permanente de objetos e mobiliários do século XIX.
Acerca do Museo Histórico y Antropológico, logo depois da travessia da ponte, está o Parque Prochelle, pequeno, mas acolhedor. O jardim pertenceu a uma antiga residência alemã, conhecida como Casa Prochelle. É possível vê-la do barco, durante o passeio.
O melhor é o passeio de barco, realmente imperdível. Na cidade, há a Plaza de la Republica, a principal, com a Catedral (construção mais moderna) e prédios comerciais ao redor. O melhor acesso é pela peatonal (calçadão) Libertad.
Mais distante um pouco, para além do terminal de ônibus, estão o Torreón del Barro (1774), na Avenida Picarte, e o Torreón los Canelos (século XVII), na rua Yungay, fortificações erguidas para a defesa da cidade no período colonial, fazendo parte de um muro, que não mais existe.
À noite, seguimos para Pucón, cuja viagem dura aproximadamente 3 horas. A passagem é muito barata: 3.500 pesos ou 7,60 dólares, pela Buses Jac ou Tur Bus, com boa disponibilidade de horários.
Arredores
A sudoeste de Valdivia, no local onde os rios Valdivia e Tornagaleones desaguam no Oceano Pacífico, há alguns fortes que podem ser acessados de barco.
O de maior destaque é o Fuerte de Corral, construído pelos espanhóis em 1645 e restaurado no século XVIII, para defender o território de ataques de outros países europeus inimigos.
Há, também, o Fuerte Castillo de Armagos, a 30 minutos de caminhada do Corral ou acessível por barco; e o Fuerte Niebla, que inclui o Museo Castillo de Niebla, no lado norte do rio, no balneário de Niebla. Pode-se ir até lá de ônibus ou barco.
E na Isla Mancera, perto dali, existem muitas fortificações, herança do domínio espanhol.
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