Criado pelo Decreto Estadual nº 9.414 de 20 de janeiro de 1977, o Parque Estadual de Ilhabela preserva uma das maiores áreas de floresta inclusas nos 3% do que ainda resta da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Com árvores de 20 a 30 metros de altura e muitas epífitas (bromélias, caraguatás e orquídeas), o parque reserva uma floresta densa, em que pode ser observada a vida de todo ecossistema e seus recursos naturais.
Há cristas e picos de montanhas com mais de 1300m de altitude cobertos de floresta; praias; córregos e riachos que se lançam pelas encostas em mais de 250 cachoeiras de todos os tamanhos; rios que serpenteiam a planície litorânea formando manguezais; ilhas, ilhotas e lajes que abrigam uma diversificada flora e fauna.
Os 27.025 hectares do parque englobam 85% do município de Ilhabela, a Ilha de São Sebastião, sede do município, as ilhas de Búzios e da Vitória, entre outras que compõem o arquipélago integrante da rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente.
A ilha de São Sebastião, a maior do arquipélago, apresenta um relevo bastante acentuado, com destaque para os picos do Baepi, com 1.025 metros; o do Papagaio, com 1.037 metros; e o de São Sebastião, com 1.379 metros. Essas grandes formações formam uma barreira para os ventos carregados que vêm do mar. Por essa razão, o clima da região é o tropical úmido, com grande ocorrência de chuvas.
A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, como a restinga e o mangue, abrigam centenas de mamíferos como o macaco-prego, o caxinguelê e a rara jaguatirica. Tucano, maritaca, tiê-sangue, macuco, gavião-pega-macaco, apuim-das-costas-amarelas, jacu e jacutinga, entre outros pássaros, compõem a avifauna do local. Algumas espécies são endêmicas (só existem nesse ecossistema), como o cururuá, um rato peludo que vive na restinga de Ilhabela. O arquipélago serve também de refúgio para espécies de aves migratórias que lá encontram estada e alimento, durante o intervalo de suas jornadas anuais.
O Parque Estadual de Ilhabela é uma das Unidades de Conservação que integram o Projeto de Preservação da Mata Atlântica, PPMA. Executado através de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e o banco alemão KFW e inserido no Programa de Conservação Financeira Brasil Alemanha, o projeto está investindo recurso na fiscalização, implantação e consolidação das Unidades de Conservação, assim como no apoio aos programas de educação ambiental.
No parque, os recursos aplicados na aquisição de veículos e equipamentos, sistemas de comunicação e treinamento de pessoal estão melhorando a qualidade das ações de fiscalização e outras atividades. A elaboração do Plano de Gestão Ambiental é uma das principais metas do PPMA.
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