Simone

Outra cidade charmosa na Rota Romântica. É arborizada, limpa e silenciosa, proporcionando aos seus moradores uma ótima qualidade de vida. Ao seu redor, vale a pena conhecer o Vale dos Vinhedos e os Caminhos de Pedra.

Foi fundada por imigrantes italianos em 1875, e transformada em cidade em 1890. O seu grande desenvolvimento turístico ocorreu depois de 1967, quando foi organizada a I FENAVINHO ("Festa Nacional do Vinho"), mostrando a produção local de vinho e uva para todo o país.

Antes de chegar à cidade, passamos em frente à Destilaria Busnello. A construção, que lembra um castelinho, foi erguida na década de 1960 e abriga as instalações da primeira destilaria de whisky do Brasil. Seu prédio foi inspirado no "Castelvecchio" da cidade de Vêneto (Itália). O local abriga festas e eventos de grande porte.

Bento (na entrada há o Pipa Pórtico em formato de barril) é famosa pelo passeio turístico de trem a vapor, a Maria Fumaça. Recuperado de um depósito de sucata ferroviária, o trem recebe, em média, 60 mil turistas por ano. A estação fica na Rua Duque de Caxias, s/n º - Cidade Alta. A cidade é bem sinalizada, com diversas placas indicativas.

O passeio que parte de Bento Gonçalves, passando por Garibaldi (onde é oferecido suco de uva e champanhe) e finalizando em Carlos Barbosa, é bastante animado. Os turistas são recepcionados na estação de Bento Gonçalves com uma degustação de vinho tinto. Ao soar o sino, todos embarcam com suas respectivas taças, que devem ser mantidas até o término do trajeto. São 23 km de percurso, numa velocidade de 30km/h, com duração de 1 hora e 30 minutos. Durante o passeio, a festa é conduzida por atrações típicas italianas e gaúchas: danças, teatro e coral. A alegria é contagiante. O tour custa R$ 60 por pessoa, se pago diretamente na estação. O ingresso dá direito, ainda, a uma visita ao Parque Temático (exposição de alguns trens), de frente à estação. As agências de turismo cobram R$ 70, como por exemplo, a Giordani Turismo (telefone: 54 3455.2788, e-mail: mfumaca@giordaniturismo.com.br).

IMPORTANTE: as agências partem em dois horários somente: 9h e 15h. Na estação, há um passeio também às 19h, que no verão é a melhor opção para fugir do calor e do sol quente. Como anoitece tarde nessa época, pode-se apreciar a paisagem tranquilamente. Na baixa temporada, os passeios só partem às quartas e aos sábados. Na alta, todos os dias.

Visitamos, ainda, a Catedral de Bento Gonçalves e a Vinícola Aurora (Rua Olavo Bilac, 500), fundada em 1931 por 16 famílias de imigrantes europeus sob a forma de cooperativa, a qual é mantida até hoje, embora o número de cooperativados seja bem maior.

É a maior do país e produz as seguintes marcas: Aurora, Marcus James, Conde de Foucauld, Clos des Nobles, Saint Germain, Maison de Ville, Rosso Maggiore, Casa de Bento, Suco de Uva, Mosteiro, Country Wine, Frei Damião, Prestige (espumante) e os tradicionais Keep Cooler e Sangue de Boi.

Na entrada, assiste-se a um vídeo de 10 minutos. Depois, percorre-se a loja com uma guia que explica todo o processo de fabricação do vinho, visitam-se os depósitos de vinho obtidos das uvas cabernet sauvignon, merlot, cabernet franc e chardonnay (uva da qual é feito o vinho branco) e os grandes barris de armazenamento. Ao final do tour, uma degustação de 4 tipos da bebida. Aberta à visitação de segunda a sábado, das 8h15 às 17h15; e domingos, das 8h30 às 11h30. Contato: 54 3455.2051 (recepção turística). A visita é gratuita.

Para fazer compras, há um bom supermercado ao lado da Catedral.

Se tiver tempo, vale a visita ao Museu do Imigrante (Rua Erny Hugo Dreher, 127 – Bairro Planalto). Desde 1974, a instituição tem dedicado sua trajetória à preservação e conservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Bento Gonçalves.

O museu abriga uma réplica da Loba Romana – símbolo da versão lendária sobre a Fundação de Roma – presenteada pelo Governo Italiano no Centenário da Imigração Italiana, em 1975; a Sala de Gaitas, onde estão expostos instrumentos que compõem a história da música na imigração italiana; a Sala da Arte Sacra, com imagens, quadros bentos, rituais de oração, paramentos sacerdotais, objetos dos ritos de passagem dos cristãos, indulgências, medalhas e via-sacra, como referencial social da comunidade; a Sala do Vinho, cujo acervo remete-nos ao fabrico do vinho, às mãos calejadas, tingidas pela arte de elaborá-lo no porão da casa; a Sala do Trabalho, que contém uma amostra dos ofícios dos imigrantes, que encontravam soluções práticas para o dia-a-dia, garantindo assim a subsistência; a Cozinha, que reunia as famílias na hora das refeições e para aquecerem-se no frio do inverno, e onde as mães ensinavam as orações, os cantos e as lições às crianças; e o Quarto de Dormir, um retrato do ambiente utilizado pelas famílias de imigrantes e de descentes para o repouso, com mobiliário, e roupas de cama e de vestir. Aberto às terças e sextas, das 8h às 11h15 e das 13h às 17h15; aos sábados e feriados, das 13h às 17h; e domingos, das 9h às 12h.

O Museu do Imigrante conta ainda com projetos de ação educativa; exposições sobre temas da cultural regional; mapoteca; biblioteca temática; fototeca; banco de memória oral; e vídeos sobre a cultura regional.

Como hospedagem, recomendamos o Hotel Mont Blanc, aconchegante e bem localizado (Rua Góis Monteiro, 711, Bairro São Francisco). Bom atendimento; café da manhã com itens variados; e quartos amplos e limpos, com sacada, TV a cabo, frigobar e ventilador de teto. Diária para casal a R$ 120 (à vista e em dinheiro) ou R$ 132 (cartão de crédito). Contatos: (54) 3451.3766 ou contato@hotelmontblanc.com.br

A viação Unesul (www.unesul.com.br) faz a linha Porto Alegre-Bento Gonçalves. Horários: 16h, 19h30, 20h15 e 20h30.

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