Simone

A melhor forma de circular por Quebec é caminhando. Com um mapa na mão, chega-se a qualquer lugar. As ruas estreitas e charmosas merecem ser apreciadas de perto. Porém, existem ônibus elétricos (Écolobus) circulando a cada 20 minutos e conduzindo os turistas aos pontos mais interessantes. A passagem custa US$ 1.
Copa de Mountain Bike
Ao chegarmos na cidade, estava havendo a Copa Quebec de Mountain Bike, com muitos atletas competindo.
Dentre as ruas, destacam-se a Saint-Jean, com um centro comercial superbadalado de prédios antigos e onde está a igreja e o cemitério St. Mathew (1771-1860); a Grande Alleé abriga os mais conhecidos e deliciosos restaurantes; e a Saint-Paul, repleta de antiquários e galerias de arte. Na rue Saint-Jean, tomamos um vinho; cada taça a CAD 5, 25.
Cidade Baixa
A cidade divide-se em Cidade Alta (Haute-Ville), onde estão as fortificações, e Cidade Baixa (Basse Ville), a área mais antiga da Cidade, que fica na região portuária e abriga a famosa Rue du Petit Champlin. A rua é famosa por manter grande parte da arquitetura histórica preservada.
Bairro Petit-Champlain
É na parte velha, saindo do nosso hotel e descendo pela Rua Saint-Paul, que chegamos à ao Porto Velho ou Antigo (Vieux-Port), onde uma das atrações é o Marché du Vieux-Port (mercado de peixes, frutas e verduras). Do Porto, partem embarcações para vários destinos (ilhas próximas), inclusive Montreal. Pode-se, também, simplesmente fazer a travessia de ferry para a cidade de Lévis, do outro lado, de frente para Quebec (como fizemos), para tirar belas fotos da cidade: um verdadeiro cartão-postal. O trajeto, de 1,6 km, dura apenas 10 minutos e custa CAD 3 por pessoa. Os barcos saem a cada 20 minutos, sendo a frequência menor nos feriados e finais de semana.
Château Frontenac
Na Grande Allée, uma área que fica além da muralha, está o símbolo maior de Quebec: o Château Frontenac (1 Rue Des Carrières Place D'armes, Haute-Ville). Inaugurado em 1893, este palácio é uma versão do Frontenac do Vale do Loire na França e abrigava passageiros que chegavam de viagens de trem. Devido à sua localização (na cidade alta), é visto de qualquer lugar da cidade e dos arredores também. Hoje, é o hotel mais sofisticado da cidade, de 600 quartos e preços nada acessíveis. Há tours guiados que devem ser consultados na recepção, contudo é permitido circular no andar térreo (mas os banheiros só podem ser usados por hóspedes), com salão de beleza, lojas, cafés e restaurantes. Um deles oferece uma vista incrível do Porto e do rio São Lourenço.
Praça na Cidade Baixa
Ao lado direito do hotel, está o Terrasse Dufferin, com uma passarela com bancos e quiosques que oferece uma vista incrível do rio São Lourenço. A partir dali, por uma grande escadaria – conhecida como escalier casse-cou, ou seja, escada quebra-pescoço (perigosa no inverno devido à presença de gelo nos degraus), pode-se acessar o magnífico bairro Petit-Champlain, que lembra uma charmosa aldeia às margens do rio. Suas ruas estreitas e românticas abrigam lojas de artesanato e de souvenirs, bares, cafés e restaurantes.
Rua no Petit-Champlain
Nesse mesmo bairro, encontra-se a Place Royale (27 Rue Notre-Dame Basse-Ville), com construções dos séculos XVII e XVIII. Antigo centro comercial e industrial de Quebec, hoje é um lugar de encontro cultural, palco de várias apresentações artísticas. Na praça, está a pequena e charmosa igreja Notre-Dame-des-Victoires. Para voltar à Cidade Alta sem esforço, você pode utilizar o teleférico da Velha Quebec.
Notre-Dame-des-Victoires
Próximo ao Château Frontenac, está a maior parte dos atrativos. Entre eles, a Basilique Cathédrale Notre-Dame (16 Rue Buade), construída em 1647, com seu interior em estilo neobarroco, e que hoje exibe uma coleção de relíquias do governo francês na região. Há também um belo candelabro doado por Luís XIV. Sua estrutura original já teve que ser reconstruída algumas vezes.
Atrás da basílica, pode-se avistar o Le Séminaire (2 Côte De la Fabrique), edificado pelo Bispo Laval em 1663. Com o passar do tempo, o prédio foi sendo ampliado até resultar num belo conjunto de edifícios dos séculos XVII a XIX. Dentro do seminário, os visitantes podem apreciar belos painéis pintados na capela durante o século XVIII. Faz parte do seminário o Musée de L’Amerique Française.
O Musée de L’Amerique Française (2, côte de la Fabrique), o mais antigo museu do Canadá, conta a história do povoamento e do desenvolvimento da cultura francesa no continente norte-americano. Por anos, foram montadas coleções, como moedas e medalhas antigas, mineralogia, geologia, zoologia, numismática e coleções de botânica, bem como os fósseis, pinturas, livros antigos e etnologia. Sua primeira coleção de instrumentos científicos destinado para fins educacionais remonta a 1806. Aberto das 10h às 17h, fechando apenas às segundas-feiras. Ingressos: CAD 8 (adulto) e CAD 5,50 (estudante).
Outro museu que merece a visita é o Musée da Civilisation (85 Rue Dalhousie, Basse-Ville) abriga objetos e réplicas que contam a história da cidade. Um moderno projeto arquitetônico que se mistura de maneira harmônica com os prédios históricos, como por exemplo, a Maison Chevalier (Casa Chevalier), construída por um comerciante no século XVIII. Aberto das 10h às 17h, fechando apenas às segundas-feiras. Ingressos: CAD 12 (adulto) e CAD 9 (estudante).
Maison Chevalier
A Maison Chevalier (50, rue du Marché-Champlain), restaurada em 1959, faz parte do sítio histórico da Place Royale. Destaca-se pela localização (abaixo do Château Frontenac, perto do porto e em uma esquina) e pela harmonia arquitetônica com suas paredes de pedra, telhados e janelas na cor púrpura e chaminés altas, possuindo ainda um belo interior com móveis e pinturas dos séculos XVIII e XIX.
Perto do Château está também a Chapelle/Musée Des Ursulines (12 Rue Donnacona), edifício de 1902, com grande parte da decoração possuindo 200 anos. A capela é conhecida pelo belo conjunto de esculturas de madeira e pelo altar e teto adornados com pinturas dos séculos XVII e XVIII. Além disso, a tumba de Marie de L’ Incarnation, fundadora da Ordem Ursulines e beatificada pelo Papa João Paulo II em 1980, fica à direita da entrada principal. O museu, originalmente um convento erguido em 1642, foi a primeira escola de meninas da América do Norte. Ingresso ao museu por CAD 6 (adulto) e CAD 4 (estudante). Abre, de maio a setembro, das 10h às 17h; e de outubro a abril, das 13h às 17h. Fechado apenas às segundas-feiras. Na capela, a entrada é livre.
O imponente Hôtel de Ville (Prefeitura) é bem central, na Rue des Jardins. Foi construído na parte antiga da cidade, no lugar do antigo colégio jesuíta, em 1896.
Cathédrale de La Sainte-Trinité
Também na Rue des Jardins, está a Cathédrale de La Sainte-Trinité, igreja anglicana erguida em 1804.
Musée du Fort
Nas proximidades do porto estão alguns museus. O Musée du Fort (10 Rue Sainte-Anne), onde se pode conhecer um pouco mais do passado militar da região e a importância de sua posição estratégica. Entrada a CAD 8 (adulto) e CAD 5 (estudante). Aberto, diariamente, das 10h às 17h. No inverno, abre das 11h às 16h.
Hôtel du Parlement
Partindo para o outro lado da cidade, há o Hôtel du Parlement (Grande-Allée Est e Av. Honoré-Mercier), a sede do Poder Legislativo, onde os homens escolhidos para formar a Assembleia Nacional se reúnem para tomar decisões importantes. O palácio foi construído entre 1877 e 1886 e tem 22 esculturas de bronze. No jardim do parlamento, há um busto de Gandhi. Ao redor, podem-se ver as diversas fortificações da cidade.
MuralhasLa Citadelle
Seguindo no curso do rio, rumo a oeste, o grande destaque é La Citadelle (1 Cote De La Citadelle), uma fortaleza de muitas muralhas construída para defender a cidade de um possível ataque norte-americano que nunca aconteceu, no entanto foi palco de outros ataques e batalhas. Ainda é um quartel militar ativo, formado por 25 edifícios. Ótimo passeio para quem gosta de história. Quem preferir pode contratar um tour guiado para entender melhor os fatos. Na área da Cidadela ocorrem, diariamente, as cerimônias de troca da guarda, com soldados vestindo uniformes que seguem o padrão inglês, túnica vermelha e calças azuis. Há, no local, um mirante para melhor apreciar o rio São Lourenço.
Mais adiante, está o extenso Parc Des Champs-De-Bataille (835 Av. Wilfrid-Laurier), com 108 hectares de jardins, monumentos, fontes, colinas e árvores. Dentro do parque, visite o Jardin Jeanne d'Arc, todo em estilo francês e britânico com muitas espécies de flores.
O Grand Théâtre De Québec (269 Bd. René-Lévesque Est), o maior teatro do Canadá, abriga duas belas salas que apresentam concertos, danças e peças teatrais. Além disso, o local é a casa da Orquestra Sinfônica de Quebec e da Ópera de Quebec. Apesar do tamanho, a arquitetura é simples.
Palais Montcalm
O Palais Montcalm (995 Place D'youville) é palco do renomado Les Violons du Roy (famosa orquestra e coral) e abriga também apresentações de dança, concertos e recitais de jazz.
Antes de chegarmos ao teatro, almoçamos num restaurante na rua Grande Allée Est, bastante agitada e com diversas opções gastronômicas. É a rua paralela à saída do Jardin Jeanne d’Arc, no Parc Des Champs-De-Bataille.
Musée Des Beaux-Arts Du Québec
Em frente ao teatro, há uma parada de ônibus em que pegamos um transporte para o Musée Des Beaux-Arts Du Québec (52 Parc Des Champs-De-Bataille), o principal museu da cidade, onde 3 mil trabalhos estão espalhados por oito galerias. Há alguns anos, o museu abriga também obras do pintor e escultor canadense Jean-Paul Riopelle (1923-2002) e de arte Inuit (os Inuit são um dos três povos aborígines do Canadá e cerca de 55.700 Inuit vivem em 53 comunidades em todo o norte canadense).
Ao lado do museu e pertencente a ele, está a bela Paróquia Presbiteriana Saint-Dominique.
Belas ruas
Les Halles Du Petit-Cartier
(1191 Avenue Cartier) é um shopping com lojas e praça de alimentação, próximo ao teatro e ao Museu de Belas Artes. Nessa mesma avenida, há inúmeras boutiques, lojas de artesanato, cafés, bares, galerias e restaraurantes. O lugar é um charme, perfeito para o final de semana.
Tem, também, o Parc Aquarium, com 10 mil espécies de peixes de água doce e salgada, répteis, anfíbios, invertebrados e fauna aquática da América do Norte e Ártico, além de ursos polares. Aberto a partir das 10h; entrada a CAD 9.
Há um Centro de Informações Turísticas (Centre InfoTouriste de Québec City), na Rua Sainte Anne, 12 (em frente ao Château Frontenac), que funciona das 8h30 às 19h30.
Château Frontenac
O hotel foi inaugurado em 1893 e comemorou seu centenário em 1993. O local em que o hotel foi construído abrigava a antiga sede de governo do Quebec. O hotel possui um total de 650 quartos e aproximadamente 77 m de altura. O último andar do edifício abriga um observatório, que oferece uma vista espetacular de muitos quilômetros do rio São Lourenço. Com seu telhado de cobre, o hotel é considerado o melhor da cidade, um dos mais prestigiados do país.
Área portuária e o Château no alto
Foi um dos hotéis-castelos construídos pela Canadian Pacific Railway, a maior companhia ferroviária do Canadá, entre o final do século XIX e o começo do século XX. O propósito dessas construções de hotéis luxuosos era incentivar o turismo de alta classe e, assim, o transporte de passageiros nos trens da companhia.
Recebeu esse nome em homenagem ao Conde de Frontenac, governador da Nova França (1672-1682 & 1689-1698). O castelo foi construído não muito longe do centro antigo da cidade. O arquiteto responsável pelo projeto foi Bruce Price.
Na Segunda Guerra Mundial, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos EUA; Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido; e William Lyon Mackenzie King, primeiro-ministro do Canadá reuniram-se na cidade para discutir o rumo da guerra, hospedando-se no Château Frontenac, onde eles e outros representantes políticos foram os únicos hóspedes permitidos no hotel, por questões de segurança.
Curiosidade: note que, na rue Du Corps-De-Garde, há uma bala de canhão no tronco de uma árvore.
Hospedagem
Um dos hotéis mais baratos (diária a CAD 100) é o Hotel Au Jardin du Gouverneur (16 rue Mont-Carmel,Vieux-Québec . Fica dentro dos muros da Velha Québec, com vista para o rio São Lourenço e para o parque dês Governeurs. Contato: jardindugouverneur@yahoo.ca
Outras opções mais econômicas na Velha Quebec são: B&B des Grisons (1 rue des Grisons), uma casa transformada em café e acomodação), contato: bbdesgrisons@yahoo.ca; e o charmoso Hotel Marie Rollet (81, rue Sainte-Anne, próximo à estação central de ônibus), construído em 1876, por irmãs ursulinas.
Há, ainda, o Auberge Internationale de Québec (19 rue Sainte Ursule). Contato: reservation@hostellingquebec.com
Na rue Saint-Louis, existem muitos hotéis, como por exemplo, o Hôtel Le Cavalier Du Moulin.
Já para quem está disposto a pagar um pouco mais (diária a CAD 250), há o Hotel de Gelo (9300 rue de la Faune). A 30 km de Quebec, este curioso e belo hotel é todo feito de gelo. Para sua construção foram necessárias 11 mil toneladas de neve e 350 toneladas de gelo. Em seu interior, a temperatura chega a -5°C e conta com igreja, bar, cinema e suítes temáticas. Se não pretende ficar hospedado, vale o passeio apenas para conhecer o local. Contato: www.icehotel-canada.com
Cidade das Festas
Quebec é um lugar festivo, com uma agenda de eventos animada tanto na estação fria como na quente. Em julho a cidade vibra com o Festival de Verão, que conta com mais de 400 espetáculos, entre os quais estão apresentações de diversos estilos musicais e artes de rua. No início do ano a festa mais agitada de toda a região é o carnaval de inverno, que acontece entre os meses de janeiro e fevereiro. Entre as atividades propostas pela festa estão concertos musicais, paradas noturnas, esculturas de neve e atividades esportivas, como a pesca no gelo.
O carnaval de Quebec é uma tradição muito antiga, que surgiu como uma maneira de animar as baixas temperaturas do inverno em 1894. Interrompido por duas guerras e pela crise econômica de 1929, o carnaval foi ressurgindo de maneira esporádica até a segunda metade do século XX. Em 1954, com o reaquecimento da economia local, um grupo de pessoas relançou a festa, que teve sua primeira versão oficial como o Carnaval de Inverno de Quebec em 1955. O evento, além de ser uma grande festa da população, se tornou um importante veículo para o desenvolvimento do turismo e da atividade econômica da cidade. O programa de atividades passou a crescer a cada ano, alavancando a fama da festa, hoje conhecida como o maior carnaval de inverno do mundo e o terceiro no topo da lista de carnavais, seguindo o famoso carnaval do Rio de Janeiro e o de New Orleans.
Arredores
A empresa Old Quebec Tours (oldquebec.com) oferece tours, tanto na cidade (a pé ou de ônibus) como nas proximidades, e busca os hóspedes no hotel.
Entre as atrações próximas estão as Quedas de Montmorency e a Basilica do Sainte-Anne-de-Beaupré na cidade de Sainte-Anne-de-Beaupré.
Quedas ou Cachoeira de Montmorency
As Quedas ou Cachoeira de Montmorency estão localizadas na Île d'Orléans (ilha Orleans), a 12 km a leste da cidade de Quebec. A ilha, descoberta por Jacques Cartier em 1535, foi a primeira parte da província a ser colonizada pelos franceses.
As quedas, com 84 m de altura, podem ser acessadas de teleférico, cujo acesso custa CAD 7,75 (somente ida) e CAD 9,75 (ida e volta). Pode-se regressar caminhando por uma trilha. No inverno, a cachoeira congela. Caso não se queira subir, há uma recepção onde se pode esperar, com um café e fotos do local.
Casa no vilarejo de Sainte-Pétronille
Próximo dali está o pitoresco vilarejo de Sainte-Pétronille, com casinhas que remontam à atmosfera rural do século XIX. A estrada é ótima e bem arborizada. No caminho, há cafés e chocolaterias.
Mais adiante, a 30 km de Quebec, vem a imponente Basilica Sainte-Anne-de-Beaupré, que recebe anualmente meio milhão de peregrinos que devotam sua fé aos milagres supostamente feitos por St. Anne, a padroeira de Quebec.
Basilica Sainte-Anne-de-Beaupré
A primeira construção data de 1876, mas um incêncio a destruiu em 1922. A edificação atual é de 1926. De cor branca, com torres altas, e um interior adornado com pinturas suaves, em cores pastéis, tem 105 m de comprimento por 48 m de largura e um primoroso jardim. Um museu também faz parte do santuário.
Nós optamos por esse passeio que dura 3 horas, das 9h às 12h. Por pessoa, custa CAD 48,95.
A empresa Adveture Inukshuk, situada na cidade de Sainte-Catherine-de-la-Jacques Cartier (com pouco mais de 5 mil habitantes), a 30 minutos de Quebec, oferece passeios para observação de ursos nos parques. Pacotes a partir de CAD 25, com guia profissional. Para crianças, a admissão é permitida para as que têm mais de 5 anos. Contato: www.aventureinukshuk.qc.ca

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