No dia seguinte, viajamos para Santiago, a capital, a 1.500 km. De Calama até lá são 23 horas. Fomos pela empresa Turbus. A passagem custa 18.400 pesos chilenos ou US$ 35.
Santiago é uma das mais importantes capitais da América do Sul: charmosa, desenvolvida e limpa, com 4,5 milhões de habitantes. Foi fundada, em 1541, pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia que expulsou com suas tropas os índios mapuches, habitantes da região. É cheia de museus, teatros e cinemas. Os serviços do metrô e do ônibus são ótimos. O bilhete do metrô custa 270 pesos chilenos (US$ 0,51); o do ônibus custa 280 pesos (US$ 0,53). Há 4 terminais de ônibus, todos próximos a estações de metrô.
Caso você chegue de avião, no aeroporto Comodoro Arturo Menino Benitez, mais conhecido como Aeroporto Pudahuel, são 20 km até o centro. Há, também, um ônibus partindo a cada 30 minutos do Terminal Alameda, situado em frente à Universidad de Santiago.
Próximo à Estacion Central, há vários hotéis de preços razoáveis. Os de 3 estrelas variam entre 35 e 45 dólares.
Começamos a explorar Santiago pela Plaza de Armas. Indo de metrô, deve-se descer na Estação Plaza de Armas. Ali, fica a Catedral. Possui uma estátua em madeira de San Francisco Javier e o candelabro que iluminou a primeira sessão do Congresso após a independência do Chile. A primeira igreja que ocupava o espaço da atual foi erguida em 1748. Desde então, foi reconstruída várias vezes.
Também na praça está o Museu Histórico Nacional, que retrata a história do Chile desde o período da conquista e colonização espanhola até o golpe de estado de 1973, com as épocas históricas divididas em diversas salas. Vale a pena visitar. Aberto de terça a domingo, das 10h às 17h30. Ingresso a US$ 0,60. Aos domingos, a entrada é gratuita.
Próximos à Plaza de Armas estão a Iglesia de San Francisco e o Mercado Central. O tom avermelhado da igreja chama a atenção e é um dos monumentos arquitetônicos mais antigos do país (1618). No local, há uma coleção considerável de pinturas do período colonial e painéis que retratam a vida de San Francisco e a genealogia da ordem franciscana.
O Mercado Central, na Calle Balmaceda (estação de metrô La Universidad de Chile), foi construído em 1872. Com estruturas de ferro, tem um interior bem agradável e bonito, com muitas opções de restaurantes. Mas cuidado com os preços. Nem sempre o que está no cartaz é o preço do cardápio. Certifique-se primeiro.
Fomos, depois, para o Palacio de La Moneda, entre a Plaza de Constituición e a Plaza de La Libertad (estação de metrô La Moneda). O prédio, em estilo neoclássico, foi construído em 1805 para ser a casa da moeda, de onde vem o seu nome. Hoje é a residência oficial do presidente. Em 1973, foi palco do suicídio do presidente Salvador Allende. Dentro do prédio, há relíquias históricas, pinturas, esculturas e o chamado Salon Rojo, para recepções oficiais.
Para ter uma bela visão da cidade, subimos até o Cerro San Cristóbal, a 300 m de altura (próximo à estação de metrô Pedro de Valdivia). No local, que sedia o Parque Metropolitano, um dos maiores parques do mundo, com 112 hectares, há muito verde e vários atrativos. Pode-se visitar o Jardim Zoológico, de terça a domingo. Entrada pelo Bairro Bellavista, a 3 dólares. No topo do cerro, fica a Estatua de la Virgen, com 36 metros de altura e toda pintada de branco. Foi erguida em 1908. O acesso é feito por meio de um funicular (teleférico). Para subir e descer, paga-se 1.200 pesos chilenos ou US$ 3. Tbém funciona de terça a domingo. Pode-se subir a pé, mas a caminhada é longa.
A 120 km de Santiago, fica Viña del Mar, o balneário preferido dos chilenos. À mesma distância, está Valparaíso, pela qual optamos. Foi considerada, por muito tempo, como sendo apenas um porto da capital Santiago, até tornar-se oficialmente uma cidade, em 1802. A população era de 5 mil habitantes; hoje é de 175 mil.
De Santiago para lá são menos de duas horas. As empresas Pullman e Tur Bus fazem o trajeto por 1.700 pesos ou 3,50 dólares. Partimos da estação central de Santiago às 8h (há ônibus constantes). O terminal de Valparaíso fica na Avenida Pedro Montt, próximo ao Congresso Nacional.
A cidade é um charme, boa para caminhar. O curioso são os 14 ascensores (elevadores) espalhados pela cidade. São mais que meios de transporte, são pontos turísticos e foram declarados Monumentos Históricos do Chile. Para andar neles, paga-se 230 pesos ou US$ 0,40. Eles não param no caminho, somente abaixo ou no alto das colinas. Sobem em diagonal e não verticalmente, como estamos acostumados a ver. Um dos mais pitorescos é o Ascensor Artillería, de 1893, no Cerro Artillería.
Na parte inferior de Valparaíso, onde você chega ao descer do elevador, fica a Plaza Weelwright e o histórico prédio da Aduana. No alto, o Paseo 21 de Mayo, uma rua arborizada onde se vende artesanato, o Museu Naval y Maritimo (vale a pena entrar), a Iglesia San Domingo e uma bela visão do porto. Este elevador percorre 175 m de trajeto, numa ascensão de 80 m. Um local agradável no Paseo 21 de Mayo é o Café Arte Mirador. O local sempre abriga exposições fotográficas.
As praças da cidade merecem destaque: Plaza Sotomayor, com o Monumento a los Héroes de Iquique, um mausoléu subterrâneo aos mártires da Guerra do Pacífico. A Plaza Victoria destaca-se pela ampla área verde. A Plaza Matriz del Salvador, na subida do morro a partir do Mercado Central, é um centro histórico com arquitetura antiga; um exemplo é a Iglesia Matriz, de 1842.
Para quem dali pretende seguir a Viña del Mar, pode pegar o metrô de superfície Merval – Metrô Regional de Valparaíso, que parte a cada 20 minutos. A viagem custa cerca de US$ 0,50 e dura 15 minutos.
Ao final do dia, regressamos a Santiago. Mas pretendemos voltar e ficar mais tempo em Valparaíso. A cidade merece.
Em Santiago, outras dicas de tours são: pela cidade, a empresa Turistour cobra USS$ 20; para conhecer os vinhedos próximos à cidade, no Valle del Maipo, o passeio custa, em média, US$ 31; e o bate-e-volta para Viña del Mar sai por US$ 33.
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