Simone

Chegando no terminal de buses (rodoviária) em La Paz, já compramos nossa passagem para Potosi, com saída às 18h30. Aguardamos ali mesmo o nosso horário de saída. Fomos pela La Flota Pullman. Na teoria, a viagem deveria levar 12 horas. Mas, no caminho, quase chegando em Potosi, uma desagradável surpresa. Havia um “El Paro”, uma parada, um protesto de trabalhadores indígenas por melhores condições de trabalho e de salário. Eram numerosos e fecharam a estrada com pedras e não havia como passar. O engarrafamento de carros, ônibus e caminhões era imenso. Devia ser umas 4h30 da manhã. Estava muito frio. Esperamos o dia clarear um pouco e, cansados de esperar o fim daquele protesto, decidimos terminar o trajeto caminhando. Chegamos até uma cidade anterior a Potosi e, dali, pegamos uma Van lotada. Foi um longo trecho. Pechinchamos e conseguimos por 8 pesos. Afinal, a passagem estava paga até lá, caso não tivéssemos sido impedidos de chegar.

Potosi nasceu com a descoberta de prata na montanha Cerro Rico, e somente isso explica seu surgimento em meio ao terreno tão acidentado em que se encontra. A 4.090 m acima do nível do mar, é a cidade mais alta do mundo. Além das minas abertas à visitação, há as antigas construções do período de colônia em seu centro histórico.

O Museo Casa de La Moneda é uma delas. Fica na Calle Ayacucho, ao lado da praça principal. Aberto de terça à sexta, a entrada custa 10 pesos bolivianos com direito à fotografia e 20 pesos para filmagem. A construção do imponente prédio de dois pisos e três grandes pátios internos iniciou-se em 1758, tendo sido concluída em 1773. A antiga casa de dinheiro abriga hoje um acervo artístico e histórico, com destaque para as obras de Melchor Perez de Holguin, o artista mais importante do período colonial da Bolívia.

Há a Escola Taller Potosi, na Plaza del Estudiante, no antigo prédio da Igreja San Bernardo. De arquitetura barroca datada de 1590 e reformada em 1720, é fruto de uma parceria com o governo da Espanha. Hoje, a escola capacita artistas para restaurarem e manterem obras de valor.


A Catedral fica na Plaza 10 de Noviembre. Foi construída a partir de 1564, tendo sido concluída em 1600. Ruiu no início do século XIX, sendo reconstruída entre 1808 e 1838. Sua arquitetura segue o estilo neoclássico grego.

Destaque para as igrejas: Igreja da Companhia de Jesus, construção jesuítica de 1707, com a torre de sino de arquitetura barroca. Não há visitação, pois no local funciona atualmente um órgão governamental. Igreja la Merced; Belén; San Benito; San Martín, perto da Plaza Cervantes; San Lorenzo, com um ornado portal barroco feito de pedra por mestres artesãos indígenas no século 16; San Agustín, com um portal em estilo renascentista e conhecida pelas suas criptas e catacumbas. A entrada nessa última é de US$ 1.


Para hospedagem, indicamos o Hotel San Antonio (Calle Oruro, a poucas quadras da praça principal). Simples e limpo. O quarto para duas pessoas sai 15 dólares, com banheiro privativo. Ao lado, há um pequeno restaurante que serve o café da manhã. Oferece serviço de lavanderia.

Outro é o Hostal Compania de Jesus (Chuquisaca, 445). Quarto para casal por 15 dólares. Bem localizado, numa casa antiga de bonita fachada. Limpo.

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