A viagem de ônibus demora mais que o estipulado: 6 horas. Perde-se muito tempo na fronteira, numa cidade chamada Desaguadero. O nome do lugar é horrível e a cidade também. Vários ônibus enfileirados, lotados de gente e bagagens. Há até baldeação. Fomos pela empresa de transportes internacional “Litoral”.
O que compensa é o visual na estrada: o lago Titicaca e as ilhas flotantes em Puno.
Puno está localizada às margens do Lago Titicaca (3.810 m de altitude), é uma cidade com diversos atrativos, entre eles as Ilhas flutuantes (flotantes) de Uros – ilhas habitadas feitas de totora, uma espécie de junco muito resistente e também empregado na construção de barcos. Essas ilhas, que flutuam pela superfície do lago, foram importantes salvaguardas nos casos de ataques e guerras. Hoje, vivem muitas famílias nessas ilhas, que possuem até escolas. O passeio é imperdível. A totora também é usada para construir barcos e cabanas.
Ao chegar à rodoviária de Puno, inúmeras agências oferecem tours para as ilhas. Chegamos às 15h e, às 16h, já estávamos em um barco para visitar as ilhas. Deixamos as malas no guarda-volumes. À noite, quando retornamos, buscamos um hotel, próximo à rodoviária. Encontramos o Hotel Tumi (simples e barato), na Avenida Titicaca, por 25 soles ou U$ 7,50 dólares (diária para casal), o mais econômico de todas as nossas viagens. Esse e outros ficam próximos à Plaza das Armas, o melhor local para se hospedar.
Na cidade, a atração é a Plaza das Armas, onde está a Catedral de la Virgem de la Candelaria, erguida em 1757, e de fachada barroca. Foi visitada pelo Papa João Paulo VI em 1964.
De avião, a partir de Cusco, no Peru, a viagem é de 40 min. A cidade usa o aeroporto da cidade vizinha de Juliaca. Vans fazem o trajeto a Puno em 45 minutos (50 km). A Lan Perú tem apenas um vôo diário direto de Cusco, mas vários outros de Lima.
Saindo de trem, de Cusco, pela PeruRail, são 338 km.
De ônibus, da pequena cidade de Copacabana, na Bolívia, pelas empresas Panamericano, Colectur e Tour Perú, a viagem dura 2h30; tarifa de US$ 4, aproximadamente, partindo da Avenida 6 de Agosto.
No dia seguinte, voltamos para La Paz. Para voltar, fomos até Copacabana, no meio do caminho. A atração lá é a Catedral da la Virgem de la Candelaria que tem uma imagem da virgem construída por um aluno das escolas de arte da cidade de Potosi. À santa são atribuídos milagres. Fora isso, não há mais nada. A cidade é feia.
De Puno até lá, são duas horas e meia. Tínhamos que pegar outro veículo para seguir até La Paz. Há várias maneiras: vans, microônibus, táxis. Cuidado para não ser enrolado. Todo mundo, querendo ganhar dinheiro, mente muito, finge não entender o que você fala e não explica nada muito claramente. Os táxis oferecem levar você por 8 pesos bolivianos. Só que não é até La Paz, mas apenas até um rio onde faz-se a travessia para pegar um ônibus. Então, o melhor é pegar um ônibus que já vá direto. Paga-se 30 pesos. Ele é embarcado na balsa e segue viagem depois de atravessar o rio.
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