Old Déli tem um dos mercados mais
diferentes e impressionantes e antigos (século XVII) do mundo, o Kinari Bazar (estação Chand Chowk do
metrô).
São corredores e mais corredores
(estreitos) repletos de produtos de todos os tipos e cores. Cada corredor é
especializado em um tipo diferente de produto que varia de pimentas,
especiarias, comidas e incensos até coloridíssimos e refinadíssimos trajes de
casamento.
Há muitas barracas e muita gente.
Se for comprar algo, pechinche!!!
Próximo está o Mercado Janpath, um dos mercados ao ar
livre mais antigos da cidade, inaugurado no início da década de 1930. Bastante
popular entre turistas, lá se vendem joias verdadeiras, roupas feitas de lã de
caxemira autêntica, tapetes deslumbrantemente fiados.
Janpath estende-se por mais de um
quilômetro de comprimento, ao lado da Janpath road.
Outro bazar (um pouco mais
distante) é o Dilli Haat. Formado
por 62 bancas, oferece produtos típicos do país: artesanato, antiguidades,
tapetes, móveis, bijuterias e roupas. Se não souber negociar, lá você aprenderá
depressa. A oferta gastronômica é tentadora, podendo-se escolher entre os
numerosos sabores de diferentes regiões do país: kebab, frango de Nagaland ou
momos (bola de massa cozida) de Sikkim (estação Ina – linha amarela). Entrada:
20 INR (adultos) e 10 INR (crianças).
Perto do Kinari Bazar há outras
atrações importantes: Forte vermelho (Red Fort), uma a Jama Masid, a maior
mesquita da região e o templo Gurdwara Sis Ganj Sahib.
O Red Fort (Forte vermelho) é um conjunto monumental de fortificações
e um grande exemplo da arquitetura indiana. Construído pelo imperador mogol Shah
Jahan (o mesmo que construiu o Taj Mahal) entre 1636 e 1648, foi utilizado pelo
imperador quando mudou sua corte de Agra para Déli e pelos ingleses durante a
colonização. Protegido por uma muralha de altura variável entre 16m e 33m e com
2,5 km de comprimento, o forte atrai milhões de visitantes todos os anos.
No interior existem diversos
edifícios administrativos, pavilhões, mesquitas construídos em mármore e um
jardim com espelhos d’água desviada do rio Yamuna.
O Masjid-i Jahan-Numa (Jama Masjid Mosque) é uma das principais, mais
belas e visitadas mesquitas da Índia. Situada em frente ao Forte Vermelho, a
mesquita (em arenito vermelho) foi
construída, também pelo imperador Shah Jahan, entre 1644 e 1656, com um custo
de 1 milhão de rúpias.
Com capacidade para 25 mil
pessoas, a mesquita tem quatro torres e dois minaretes que alcançam os 40 m de
altura. É possível subir até o topo do minarete (130 degraus por uma escada
estreita e íngreme). Horário de visitação: 7h30 às 12h e 13h30 às 18h30.
Ingresso: 100 rúpias (turistas).
Para os nativos o valor é de 20 rúpias. Eles sempre pagam menos. Há um valor
extra para o uso da máquina fotográfica.
Em frente à mesquita e nas
escadarias de acesso à mesquita há inúmeros comerciantes muçulmanos vendendo de
tudo.
A Gurdwara Sis Ganj Sahib é uma das gurdwaras (templos siques) de Deli, capital da Índia. Foi
originalmente construída em 1783 por Baghel Singh para comemorar o local do
martírio do nono guru sique, Guru Tegh Bahadur. Situada na área de Chandni
Chowk de Velha Deli, no sítio exato onde Tegh Bahadur foi decapitado por ordem
do imperador mogol (mugal ou mogul) Aurangzeb
em 11 de novembro de 1675 por recusar converter-se ao islã.
É um templo imenso e belo, com
direito a um espelho d’água caprichado que rende fotos lindas. A entrada é
gratuita. Para entrar só é preciso guardar os sapatos na parte especial para
estrangeiros e cobrir a cabeça (se não quiser usar um lenço comunitário, leve
seu próprio). E para quem quiser almoçar o templo tem um refeitório que serve
refeições grátis para todos os visitantes (se quiser, arrisque). Endereço: Ashoka Road, Connaught
Place, próximo ao Grand Post Office (Correios).
Siquismo é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no
Punjab (região dividida entre o Paquistão e a Índia).
O Império Mogol foi fundado em 1526, entrou em declínio a partir do
início do século XVIII e foi extinto em definitivo pelo poderio britânico em
1857. No seu auge, o império foi possivelmente o Estado mais rico, sofisticado
e poderoso do planeta. Contava com uma população entre 110 e 130 milhões de
habitantes, distribuída em um território de mais de 4 milhões de km2, que
compreendia a maior parte do que é hoje a Índia, Paquistão, Afeganistão e
Bangladesh.
Após 1725 o poder mogol entrou em
rápido declínio, ao qual se atribuem variadas causas: guerras de sucessão,
crises agrárias que fizeram eclodir revoltas locais, o aumento da intolerância
religiosa para com a maioria não muçulmana e, finalmente, o golpe dado pelo
colonialismo britânico. O último imperador, Bahadur Xá II, cujo domínio efetivo
se restringia à cidade de Deli, foi aprisionado e depois exilado pelos
britânicos em consequência de seu envolvimento na Revolta dos Sipais.
A era clássica do império
iniciou-se com a ascensão ao trono de Akbar, o Grande, em 1556 e chegou ao fim
com a morte de Aurangzeb em 1707. Durante este período, o império
caracterizou-se por uma administração eficiente e altamente centralizada, que
interligou as diferentes regiões da Índia. A exemplo do Taj Mahal, todos os
monumentos significativos edificados pelos mogóis — o seu mais visível legado —
provêm desta época.
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