Começamos o tour pela praça central, cujo nome verdadeiro é 09 de abril (IX Aprile), pois nesse dia em 1860, durante uma missa na Catedral, surgiu um boato de que Garibaldi teria desembarcado para iniciar a libertação da Sicília. Mas Garibaldi só desembarcaria ali, de fato, um mês depois, em 09 de maio. Como o nome já havia sido dado, assim ficou. A praça era um lugar popular entre os homens ilustres que visitavam a cidade e ali se reuniam.
Ali estão duas belas igrejas: Chiesa di Sant’Agostino (Igreja de Santo Agostinho), construída em 1448, sendo que, em 1530, um convento foi adicionado a ela. Em 1933, a igreja foi convertida em biblioteca dedicada a abrigar as coleções do convento. Em 1981, todo o edifício foi restaurado e desde 1985 e é usado como Biblioteca Municipal. A outra é a Chiesa di San Giuseppe (Igreja de São José), erguida no século XVII, em estilo barroco. Tem uma imponente escadaria dupla de pedra na frente e o Castelo Sarraceno no fundo. A igreja era o centro da "Irmandade das almas do Purgatório"; por essa razão, em diferentes partes da fachada, bem como dentro da igreja, pode se ver as figuras humanas no meio das chamas que simbolizam a purificação dos pecados.
Outro prédio histórico da praça é a Torre dell'Orologio. Primeiramente construída no século XII sobre as ruínas de uma antiga construção de muros defensivos que data do século 4 a.C., foi destruída pela invasão das tropas francesas de Luís XIV em 1676. Em 1679, a mando de Taormina, a Torre foi reconstruída e, quando foi instalado o grande relógio que a caracteriza hoje.
Dos antigos monumentos destacam-se as entradas da cidade, em forma de arcos: Porta Messina, Porta del Tocco (ou Porta Catânia) e a Porta di Mezzo. Perto da Porta Catânia, por exemplo, está o belo Palácio dos Duques de Santo Stefano, do século XVI.
Também próximo à Porta Catânia (localizada na Corso Umberto) está o Duomo(Catedral), principal igreja, construída no século XIII com aparência de uma fortaleza (por isso, é chamada também de “Cattedrale Fortezza”), sobre as ruínas de uma igreja dedicada a São Nicolau de Bari. O prédio sofreu inúmeras reconstruções durante os séculos 15 e 16, e a última grande restauração foi concluída entre 1945-48.
A Catedral é acompanhada pela “Fontana del Tauro” (ou “Quattro Fontane”), uma fonte em estilo barroco erguida em 1635 onde destacam-se quatro pequenas colunas que circundam a base central, cada uma com um cavalo-marinho com boca em formato de chafariz. A torre central é ornamentada por figuras mitológicas que sustentam duas bandejas; no topo há um centauro, símbolo da cidade de Taormina, com uma coroa na cabeça, um cetro na mão direita e um globo na esquerda.
Do outro lado da rua está o Palazzo dei Giurati ou Palazzo Municipale, sede da Prefeitura de Taormina, prédio em estilo rústico que remonta a meados do século XVII.
O Palazzo Corvaja é um palácio medieval, datado do século X, construído pelos árabes – tem uma torre, uma escadaria que leva até o primeiro andar, uma varanda que oferece uma vista do pátio interior, com grande influência árabe notável nas janelas e portas em arco. Foi o parlamento da Sicília em 1410 e, depois, escolhido como residência de verão da rainha espanhola Blanche de Navarra, que na época governava a Sicília. O nome atual do palácio está relacionado à nobre família Corvaja que viveu no local de 1538-1945. Atualmente, abriga uma agência de turismo.
Para quem ficar mais tempo na cidade, a dica é conhecer a Igreja Madonna della Rocca (Nossa Senhora da Rocha). Situada a poucos metros do Castelo Sarraceno, a 398 m acima do nível do mar, na área onde se localizava – no período dos domínios Grego e Romano – a Acrópole.
A igreja foi construída e esculpida na rocha, mas a que vemos hoje remonta ao século XVII e por trás da sua construção não há lendas, mas só o amor de um padre por sua cidade e que quis aproveitar a antiga gruta para construir uma igrejinha e um mosteiro logo ao lado. Há também um pequeno eremitério (não mais utilizado) onde os sacerdotes se retiravam para fazer orações ou penitências.
O Castelo Sarraceno é uma estrutura medieval erguida no topo do Monte Tauro. Usado como fortaleza por árabes, gregos, romanos e bizantinos, estima-se que tenha sido construído entre os séculos IX e X. Fechado à visitação há décadas, a subida só vale a pena pela visão panorâmica da baía, do Mar Jônico, do Etna e de Taormina. As paredes exteriores com 4 metros de altura estão intactas, porém pouco sobrou do interior: algumas ruínas, cisternas para coletar água da chuva e um corredor subterrâneo para armazenar suprimentos e armas.
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