Simone

Caminhando pela cidade, decidimos pegar um “tuk-tuk” para visitar alguns pontos. A primeira parada foi no Mercado de Ballaró, uma feira essencialmente italiana, com muitas barracas de frutas, verduras e comida típica. Outros mercados populares são o Mercado de La Vucciria (entre as ruas de Via Roma y Vitorio Emanuele) e o Mercado de Pulgas (no centro da cidade, vendendo antiguidades e produtos artesanais).

Em seguida, fomos para a bela Santa Maria dell’Ammiraglio (conhecida como La Martorana) ou Parrocchia San Nicolò dei Greci. A igreja foi fundada em 1143, dedicada à Virgem Maria. Foi restaurada em 1588 (fachada e parte do interior, com renovação barroca), contudo muito foi preservado, como a torre e os mosaicos bizantinos em parte do teto e das colunas que sustentam a cúpula.

Ao lado dela, está a San Cataldo, na Praça Bellini. Datada de 1160, a igreja distingue-se pela curiosa forma cúbica, com três cúpulas redondas vermelhas, de visível influência moura. O piso ainda é coberto por mosaicos originais.


Ainda na Praça Bellini, está a deslumbrante igreja de Santa Caterina. Inicialmente, em proporções pequenas e anexada a um convento, com o passar dos anos ganhou importância e teve sua estrutura aumentada e enriquecida. Muitos afrescos em estilo barroco sobre o mármore de diversas cores e vários brasões de famílias que pagaram pela reforma podem ser conferidos nos painéis.

Outra parada foi na praça San Domenico, que foi ampliada e transformada quando da renovação da igreja de mesmo nome. Construída em estilo renascentista entre 1458 e 1480, ganhou uma fachada totalmente barroca em 1726. O interior, que realmente impressiona pelo espaço (são oito colunas e três naves), foi transformado em 1640. Em 1853 converteu-se no panteão da Sicília, devido à sua posição urbana. As capelas no interior abrigam obras valiosas de arte, ali presentes desde sua construção.

No centro da praça, há um alto monumento de mármore em homenagem à Imaculada Conceição.

Passamos pela harmoniosa Uffici Del Comune (Prefeitura Municipal), na Piazza Pretoria. Repleta de prédios e construções barrocas, uma de suas atrações é a magnífica fonte, a mais bela da cidade. Uma curiosidade: a fonte foi concebida inicialmente para uma vila renascentista em Florença. Comprada por uma soma astronômica, foi dividida em mais de 600 peças para ser transportada e remontada em Palermo. É ornamentada com estátuas inspiradas na mitologia greco-romana (um “nudismo” que causou furor na época…) e por esculturas que representam cabeças de animais. Em um dos lados da praça fica o Palazzo Pretorio, onde funciona a Prefeitura. À noite, a praça é ainda mais deslumbrante.

Paramos para fotografar a bela igreja é a San Giovanni degli Eremiti (na Via dei Benedettini). Com cúpulas vermelhas abobadadas e uma torre mourisca que em nada lembram um templo católico, a igreja normanda foi construída em 1132 por ordem de Ruggero II (primeiro rei da Sicília, de 1130 a 1154). Tal arquitetura tem uma explicação: ela foi erguida sobre uma antiga mesquita e o rei normando contratou arquitetos árabes para a obra. Ela fica em meio a um belo e tranquilo jardim que conserva as ruínas de um claustro do século XIII.

Ainda passeando de tuk-tuk, avistamos a Igreja de San Francisco de Assis, menor, mas bastante graciosa. Sua primeira construção foi concluída em 1277, mas segundo nosso guia-motorista, já passou por várias restaurações. Fica perto do Corso Vittorio Emanuele (uma das principais vias da cidade).

E a última igreja pela qual passamos (há muito mais) é a Santa Maria dela Catena. Sua fachada é diferente, em estilo gótico-catalão. Fica junto ao antigo porto árabe e normando, cujas origens remontam ao século VIII a.C. Hoje é um porto desportivo para pequenas embarcações de passeio. A enseada onde está localizado o porto chama-se La Cala.

Antes da igreja Santa Catena, ainda passamos por um ponto que é um dos mais fotografados da cidade – Quattro Canti, também conhecido como Piazza Vigliena. O cruzamento da Via Maqueda com o Corso Vittorio Emanuele tem, nos quatro cantos, fontes e esculturas barrocas distribuídas pelos três andares das paredes de 4 palacetes, todas elas obras do arquiteto Giulio Lasso. E, ao lado de um dos “cantos”, está a entrada da bela igreja San Giuseppe dei Teatini (em estilo barroco, do século XVII).

As fachadas dos prédios dos quatro cantos são praticamente idênticas e contêm fontes com estátuas das quatro estações, os quatro reis espanhóis da região da Sicília, e das padroeiras de Palermo, (Christina, Ninfa, Olivia e Agata). Quando construída (entre 1608-1620), a praça foi considerada um dos primeiros grandes exemplos de urbanismo na Europa.

Paramos para um descanso no Antico Caffè Spinnato (Via Principe di Belmonte), que fica num calçadão repleto de bares, cafés e restaurantes.

Um lugar aconchegante para um passeio à noite. Pedimos um pedaço de pizza (preços variam de € 3,20 a € 4,20) e uma taça de vinho (de € 4,20 a € 6).

Dali para o nosso hotel eram poucos passos caminhando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cores do mundo

Created with flickr badge.
Created with flickr badge.
Created with flickr badge.

Tags

Dicas de viagem, viagem barata, viagem independente, viagem de mochila, Curazao, blog Simone, Simone Rodrigues Soares.