Simone

Começamos o passeio pela agradável peatonal (calçadão), que começa na rua Obispo Trejo. Lá podemos ver o Colégio Nacional de Monserrat (século XVIII), público e preparatório para a universidade, que mantém também um Museu Histórico e uma Biblioteca, com cerca de 20 mil volumes. Todos são declarados patrimônios culturais da humanidade.

Descendo mais um pouco, está a bela Igreja de la Compañia de Jesus, toda de pedra, e um belo interior. Foi erguida em 1671 e faz parte da Manzana (espaço) Jesuítica, assim como o Colégio Monserrat e a antiga sede da Universidade de Córdoba (esta é a mais antiga do país e a quarta da América).

Seguindo a rua da igreja, logo abaixo, há o Paseo de las Flores, mais uma peatonal na cidade.

No mesmo sentido, no cruzamento da rua Obispo Trejo com a rua 27 de Abril está a Praça de Santa Catalina onde podemos ver o monumentoem homenagem ao fundador de Córdoba, Jeronimo Luis de Cabrera (que a fundou em 06 de julho de 1573), e a Igreja de Santa Catalina de Siene. Nela, estão os restos mortais do Frei Mamerto Esquiú, consagrado Bispo de Córdoba em 1880.

Ao lado dessa igreja, na Pasaje Santa Catalina, há o Arquivo Provincial de la Memoria e o Museu da Cidade (Museo de la Ciudad) numa construção que também funcionou como cadeia pública, quartel da polícia e a Casa do Governo – o Cabildo ou Legislatura Provincial. Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 13h e das 16h às 19h.

Foi o local em que a ditadura militar torturou e assassinou militantes populares. Desde sua criação em 1750, o local serviu de tortura, repressão e morte. Na época colonial, indígenas, escravos e opositores foram assassinados. Depois, a partir de 1930, foi usado pela policia na perseguição a comunistas e anarquistas. E, por fim, nos anos 60, a repressão perseguiu estudantes, trabalhadores, artistas e militantes políticos.

O Museu da Cidade retrata, através de objetos e documentos, as influências francesas que Córdoba sofreu até 1870, quando a cidade imitava o modo de vida francês como a gastronomia e o vestuário; além de mostrar ao visitante as galerias subterrâneas que serviram como celas de índios e escravos. Uma das salas está dedicada à imigração na cidade que, no início do século passado, contava com mais de 76 mil estrangeiros.

Do outro lado da Praça de Santa Catalina, está a Praça San Martin, em que a principal atração é a Igreja Catedral. Inaugurada em 1784, tem como destaque a mistura de estilos em toda a sua construção: o neoclássico da fachada, o barroco das torres, o românico na cúpula (vista só por quem está na lateral da igreja) e o interior renascentista (em estilo bem simples).
Ao redor da praça, muitos restaurantes, lojas, casas de câmbio e agências de turismo. Curiosamente, vimos vários pacotes de viagens para o Brasil, sobretudo às praias de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Nordeste.

Próximo dali está a Cripta Jesuítica, uma ruína do que foi o noviciado jesuíta da cidade, fundado em 1608. Em 1928, durante a construção do alargamento da Avenida Colón, apareceram na superfície as abóbadas do edifício antigo. Mas é aberta apenas para visitas guiadas, e de segunda à sexta, da 10h às 15h. Como era feriado, estava fechada e não pudemos visita-la.

Na Avenida V. Sarsfield, próximo à Avenida San Martin (da Praça San Martin), está o Museu Municipal de Belas Artes Genaro Pérez. O museu é pequeno, mas está sediado em um belo casarão. Só para amantes de arte contemporânea. Aberto diariamente, das 10h às 20h. Entrada livre.

Na próxima quadra (e do mesmo lado), está a Basílica de Santo Domingo, com sua bela cúpula azul e rosa.

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