Simone



Percorrendo a Ratchadamnoen Road (nome da rua principal da cidade velha de Chiang Mai), há diversos templos, mercadinhos, cafés e restaurantes charmosos. Um deles tem uns balanços para você sentar e comer. A região é ideal para as refeições se estiver pelo centro. O café expresso quente custa quente 40 Baht (U$ 1,30) e o frio (muito comum na Ásia), 50 Baht (U$ 1,65).

O primeiro templo pelo qual passamos foi o pequeno Wat Sum Pow ou Wat Sam Pao. Do lado oposto, está o Wat Phan Tao (um dos mais belos), cujo significado é "O Mosteiro de Mil fornos". De acordo com estudiosos, o local era usado para a fundição de imagens de Buda, destinados ao Wat Chedi Luang, adjacente ao mosteiro. Antes de ser transformado em um mosteiro, o prédio foi um palácio real (ho Kham) para o governador da cidade, Chao Mahawong, que usou a estrutura de 1846 a 1854. Curiosidade: no Cheid Luang há monges “de plantão” para conversar; basta procurar pela placa “monk chat”.

Há outros menores, assim como ele, com estrutura em madeira escura e dourado que dá um visual mais rústico e antigo. As colunas costumam ser marrons e sempre há monges por toda parte: orando, fazendo alguma tarefa ou caminhando no interior ou no pátio do templo.

Um dos mais bonitos e importantes templo e mosteiro é o Wat Phra Singh (“Leão Buda”). É o último da rua Ratchadamnoen, formado por vários prédios e estupas ou chedis (estruturas semicirculares ou monumentos em forma de cone que compõem os templos budistas). Fundado no século XIV (e restaurado em 2008), abriga duas estátuas de Buda. Foi construído pelo rei Phayoo (da dinastia Mengrai) para as cinzas de seu pai, o rei Kham Fu e pode ter sido o primeiro mosteiro a acolher o Buda de Esmeralda, que depois foi levado ao Wat Chedi Luang e, agora, está no Wat Phra Kaew, em Bangcoc. Ali, vivem cerca de 700 monges bastante sorridentes para os turistas.

O interior dos templos é bastante amplo e impressiona pelo teto vermelho e largas colunas brancas que o sustentam. O maior abriga Phra Thong Chao Tip, uma grande imagem de Buda sentado, de 1477, feito de ouro e cobre.
No templo menor, Viharn Lai Kham (Gilded Hall), construído em torno de 1345 e revitalizado no início do século XIX, está a outra imagem do Buda, Phra Singh (“Leão Buda”), um tesouro do século XIV, exceto para a cabeça (roubada em 1922). As paredes estão cobertas de pinturas murais, datadas de 1820, que ilustram histórias sobre as vidas passadas de Buda. Aqui, as colunas são decoradas nas cores vermelho e dourado.
 
A biblioteca monástica (de 1477) tem uma base de pedra para proteger os preciosos manuscritos de inundações e pragas. É decorado com Thewada (espírito budista) e figuras em alto relevo.

À esquerda do Wat Phra Singh está o University Art Museum, com muitas galerias destinadas à arte contemporânea. Bonitos são os jardins do museu onde se fazer uma pausa para o café no Baan Din Dee.

E o templo mais antigo é Chiang Man, mais ainda do que a cidade (fundada em 1296). Foi construído durante o reinado do Rei Mengrai, que ali viveu enquanto supervisionava a construção da cidade, à época, capital do reino de Lanna. Há uma inscrição em pedra, perto da porta da sala de ordenação (ubosoth), datada de 1581, que contém uma história da cidade e do templo, bem como uma lista de doadores para o local.

Possui duas imagens do Buda muito veneradas: Phra Sae Tang Kamani (“Crystal Buda”, provavelmente oriunda da cidade tailandesa Lopburi, há 1.800 anos) e Phra Sila (um baixo-relevo de mármore provavelmente vindo de Sri Lanka há 2.000 anos). O diferencial são as 15 esculturas em tamanho natural de elefantes incorporados à base do templo. A entrada é gratuita e fica a poucos metros do centro, na Ratchaphakhinai Road.

Fora das muralhas que cercam a cidade velha, há muitos outros templos. Para visitar, recomendamos o Wat Suan Dok (“Jardim Florido”). Datado do século XIV, está localizado a oeste da cidade velha, na Suthep Road (nome da rua). A área do templo havia sido o Jardim Royal do governador de Chiang Mai. O que mais chama a atenção são as 48 pagodas (ou chedis) brancas. No centro, há uma dourada, que é a maior, com 48 metros de altura e guarda uma relíquia do Buda (seria o osso do ombro do Buda). As menores contêm cinzas de membros de várias gerações da Família Real.


Um programa legal para fazer à noite é caminhar pelo calçadão junto às muralhas. Sempre há alguém soltando balões brancos iluminados que formam um belo visual no céu. Ao redor das muralhas, existem muitos hotéis, restaurantes, cafés como o Starbucks, e agências de turismo oferecendo passeios. Um que não fizemos, mas recomendamos, é um tour de 1 dia a Mae Hong Son, pequena cidade com cerca de 8 mil habitantes, próxima à fronteira com Myanmar (Birmânia). Nas cercanias, pode-se visitar algumas aldeias da etnia tibetana-birmanês Padaung (ou Kayan Lahwi), que é um subgrupo do povo Kayan. As mulheres desta etnia são conhecidas como “mulheres girafa”, devido às argolas que utilizam no pescoço. Elas são de Myanmar e vivem atualmente refugiadas em aldeias na Tailândia. Perto de Mae Hong Son há três aldeias Padaung que podem ser visitadas: Nai Soy, Hoy Sen Thao e Huay Ma Khen Som.


CURIOSIDADE: na rua Ratchadamnoen, antes de chegar ao Wat Phra Singh, há uma loja de cosméticos que vende todo tipo e tamanho de cílios. São tantos que há um corredor só para o produto. De, dois, três, oito pares, e por aí vai. Os preços são inacreditáveis. Pacote com 10 pares a 1 dólar, enquanto que no Brasil cobram-se 25 reais para colocar um par.

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