Simone

Kotor ou Cátaro (historicamente conhecida pela designação italiana de Cattaro) é uma vila e porto natural de grande beleza, famosa pelos fiordes, únicos no Mediterrâneo, da Baía de Kotor ou Cátaro (em sérvio: Boka Kotorska), a maior de Montenegro.

É a capital do município de Kotor, tendo aproximadamente 6.000 habitantes. Situada a 42 km de Podgorica (capital de Montenegro), a 12 km de Budva (município turístico em Montenegro) e a 100 km de Dubrovnik (Croácia).  


O Aeroporto Trivat fica a 12 km de distância do centro.

Denominada em latim Ascrivium, Kotor é habitada desde os tempos de Roma antiga, quando fazia parte da província da Dalmácia. Com o nome de Cattaro, a cidade e a região circundante fizeram parte, nos séculos XIV e VV, da República Veneziana, período que influenciou, de forma ainda hoje visível, a arquitetura da cidade.

A sua estrutura urbana, típica das cidades marítimas da costa oriental do Adriático, é circundada por uma imponente cintura de muralhas que permanece bem conservada (na Cidade Antiga), tendo merecido ser incluída na lista do Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Aliás, é uma das poucas cidades do mediterrâneo que conservam quase intactas as suas muralhas fortificadas.

Com 4,5 km de extensão e até 20 m de altura, a muralha cerca a cidadela de Kotor, num formato de meia asa de borboleta, que começa na parte baixa, ao nível do mar, vai subindo monte acima, até a Fortaleza de Sveti Ivan (São João). O setor mais antigo da muralha remonta ao século XI com resquícios da fortificação ilírica (os ilíricos foram os primeiros a povoarem a região) e a parte mais recente, data do século XIV. Para percorrer a trilha que serpenteia a montanha leva-se, em média, duas horas.

À noite, a fortaleza é iluminada, o que rende boas fotos. O melhor lugar para fotografar é na Vila de Muo, um antigo povoado de pescadores, que fica do outro lado da baía, a apenas 5 km de Kotor.

A fortaleza, verdadeira guardiã histórica da cidade, possui 3 portões, através dos quais, durante séculos, os habitantes entravam e saiam durante o dia, uma vez que à noite era fechado para evitar as invasões surpresas. Hoje, os portões são marcos da história e ícones da cidade. Por qualquer um dos três que se entre, a estrada leva também ao mais famoso edifício – a Catedral Sveti Trifón ou Catedral de St. Tryphon, dedicada ao santo protetor da cidade com o mesmo nome. Católica, foi erguida no século XII e reconstruída no século XVII, o interior contém afrescos e esculturas em ouro do século XIV.

Kotor também tem uma igreja ortodoxa, a Igreja Sveti Luka ou de San Lucas (século XIII); a Igreja de St. Nicholas ou de São Nicolau; a Igreja Igreja da Sveta Marija ou Santa Maria (século XII); e a Igreja da Senhora da Saúde ou Gospa od Zdravlja (século XV), que fica no alto do morro; entre outras. 

Kotor rivalizava no século XIV, com a cidade croata de Dubrovnik, Patrimônio da Humanidade desde 1979. Foi um estado independente comercial até a República de Veneza tê-la anexado  entre 1420 e 1797.

Pelo portão principal da cidade Velha, na Praça das Armas, depara-se com a Torre do Relógio (erguida em 1602), com mais de 30 metros de altura.  Seu antigo relógio data do período da ocupação napoleônica. A torre permanece levemente inclinada, em consequência dos diversos abalos sísmicos que ocorreram na região. Em 1979, houve um grande terremoto que danificou grande parte das construções medievais. A fim de preservar tanta riqueza histórica e cultural, a cidade foi então tombada pela UNESCO.

Kotor possui palácios que confirmam o poder econômico que teve a cidade. O Grubonja Palace, construção que combina renascença com linhas barrocas, mostra em sua fachada, de 1326, um Dragão, com belas janelas góticas. Destaque também para o Palácio Ducal, do século XVII; o Teatro de Napoleão, do século XIX; e o Museu Marítimo.

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