Simone

Deixamos Cinque Terre e seguimos para a região da Toscana, um lugar que reúne história, arte, cultura e, claro, muitas paisagens maravilhosas (colinas, vales e campos cheios de papoulas, girassóis gigantes e plantações de uvas).

Passamos por Livorno, Pietrasanta, Arezzo, Lucca, Massa Carrara (de onde vem o mármore carrara), Cappanori, Bientina, Bolsena, San Miniato, Prato, Pienza, Camaiore, Montepulciano e, finalmente, Siena (ao sul de Florença), que era nosso destino final na região. O caminho ainda inclui Pisa e Florença, mas já tínhamos visitado essas cidades em 2012.

Várias cidades destacam-se, seja pela arquitetura seja pelas paisagens.

Na cidade de Arezzo, a Pieve di San Paolo(Paróquia de São Paulo) é um lugar de destaque. Impossível não vê-la ao passar pela estrada. Original do século VIII-IX, foi ampliada em 1031, em 1024 e, depois, novamente restaurada após o terremoto de 1796.

Lucca tem o maior exemplo europeu de muralhas construídas segundo os princípios de fortificação modernos: são 4 km de comprimento e 450 m de largura. Antigamente, carros podiam circular por elas; agora o tráfego é permitido somente a pedestres e bicicletas. Ao redor, um grande jardim arborizado.

Outra atração na cidade é a Piazza dell'Anfiteatro. Em forma elíptica, a praça foi construída sobre as ruínas de um anfiteatro romano do século II d.C. A estrutura atual é resultado de uma remodelação que aconteceu em 1800, quando então foram demolidas as pequenas construções que tinham se elevado no centro da antiga arena, e a elipse foi ampliada. Cafés, restaurantes e lojas completam o espaço.

Capannori é uma pequena cidade, na província de Lucca e se destaca pelos parques nas proximidades, com jardins do século XVII, como o Villa Reale o Villa Mansi e o Villa Torrigiani.  Nos três parques, há casarões que abrigam teatros e museus.

Aldeias na região, como Sant'Andrea di Compito. remontam aos tempos medievais. Colognora, por exemplo, foi cenário do filme Miracle at St. Anna (2008).

Vizinha à Capannori está Bientina, onde demos uma paradinha para fotografar a Piazza Vittorio Emanuele II


Dormimos na próxima cidade que encontramos, Empoli. Ficamos no Empoli Hotel (diária: € 79).

Saímos cedinho e demos uma parada em San Miniato (cidade das trufas), de grande importância no período medieval devido à sua posição no ponto de encontro dos rios Arno e Elsa, e da estrada de Pisa a Firenze e da Via Francigena (ou Via Romea), que, durante séculos, foi usada ​​por comerciantes, soldados e peregrinos, levando produtos e alimentos.
A Chiesa di San Francesco, cuja construção teve início em 1276, impressiona por seu elevado complexo de tijolos. O tempo é dedicado a San Miniato, o primeiro mártir de Florença. Segundo a tradição, ele teria sido um soldado romano, ou, de acordo com outras lendas, um rei de origem armênia que, durante a perseguição cristã do imperador romano Caio Decius em Florença, teria se recusado a adorar os deuses pagãos e, por isso, foi condenado à tortura.

Outras atrações são o Teatro Comunali di Corazzano, a Piazza dela Repubblica. Nesta praça está o Santuario del Santissimo Crocifisso.

A Chiesa di San Domenico (ou di Santi Jacopo e Lucia), de aparência simples, data de 1333. No seu interior, há duas capelas (uma no porão), o presbitério e à direita do claustro, está anexada a Biblioteca Municipal.

E a última atração que vimos foi a Torre Federico II (construída sob as ordens dele), no alto de uma colina que permite uma vista panorâmica da cidade. A torre foi erguida em 1,200, mas destruída pelas bombas durante a Segunda Guerra Mundial. Sua reconstrução ocorreu em 1958. Federico II teve vários títulos, dentre eles o de Rei da Sicília e de imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

Seguimos para a cidade de San Gimignano, cujo cartão-postal são as torres construídas por nobres nos séculos XII e XIII. Das 72 originais, restaram apenas 14, das quais a mais antiga é La Rognosa, que tem mais de 50 m de altura e que, no passado, foi utilizada como prisão, enquanto que a mais alta, com 54 m de altura, é a chamada Torre Grossa, localizada na Piazza Duomo, ao lado do Palazzo Nuovo del Podestà.

Localizada na província de Siena, a cerca de 280 km da capital italiana, San Gimignano foi sede de um povoado etrusco no período helenístico (séculos 3 e 2 a.C) e desenvolveu-se rapidamente durante a época medieval. Em 1199, deixou de ser um feudo do bispo de Volterra, declarando-se independente, mas em 1934 foi submetida ao controle da república fiorentina.

A pequena San Gimignano está situada sobre uma colina de 334 metros e, até hoje, é conhecida como a cidade das torres. Pela sua arquitetura e história, foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco.

No passado as torres eram a evidente demonstração da potência econômica de San Gimignano e eram utilizadas como habitação. Geralmente, no térreo permaneciam as lojas de seus proprietários, enquanto o primeiro andar hospedava os quartos e, os últimos pisos, a cozinha.

No entanto, as torres não são a única atração. Um dos edifícios mais representativos de San Gimignano é o Palazzo Pratellesi, complexo arquitetônico construído entre os anos 300 e 400 que hoje abriga a biblioteca municipal.

Outros pontos de interesse são os restos da fachada da Igreja de São Francisco e o Duomo da cidade(Collegiata), com afrescos da história do Velho e do Novo Testamento.

Ainda no centro histórico, um passeio por becos e ruelas levam os visitantes a lojas de artesanato e de especialidades gastronômicas. Peças de couro, cerâmica e madeira, finos artigos de papelaria, vinhos, azeites, açafrão, o doce típico – chamado “panforte” (feito com amêndoas, mel, frutas e especiarias) – e o macarrão tipo "pici", mais largo que o spaghetti, são algumas das especialidades locais.

As praças e as lojas da cidade também merecem ser visitadas. Tem a Piazza del Duomo, o centro político e religioso da cidade, e a Piazza della Cisterna, com o seu poço projetado em 1287, principal ponto de encontro de turistas e moradores. Ali, muitos visitantes costumam jogar moedas, repetindo a tradição da Fontana di Trevi, em Roma.

Na mesma praça encontra-se uma premiada "gelateria" italiana que, a qualquer hora do dia, é facilmente reconhecível por uma longa fila de clientes.

Outra cidadezinha no circuito da Toscana (e também incluída no itinerário religioso), rumo a Siena, é Percenna, no município de Buonconvento. Lá fotografamos a Igreja de San Lorenzo, o mais antigo local de devoção cristã da localidade, construída, segundo a tradição, onde ficava um templo pagão.

 













Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cores do mundo

Created with flickr badge.
Created with flickr badge.
Created with flickr badge.

Tags

Dicas de viagem, viagem barata, viagem independente, viagem de mochila, Curazao, blog Simone, Simone Rodrigues Soares.