Simone

Partimos para a Piazza Dante Alighieri para pegarmos o metrô para irmos ao Centro Histórico. Ali está o Convitto Nazionale Vittorio Emanuele II, antigamente um complexo histórico e religioso, abrigando hoje uma escola primária, uma secundária inferior e três de segundo grau (a Escola Europeia clássica, uma ciência do ensino médio tradicional e uma ciência de alta escola de esportes).

As estações mais próximas do bairro são: Cavour, Museo e Dante. Mas outras (com um pouco de caminhada) também dão acesso: Porta Nolana e Piazza Garibaldi.

Uma das principais vias da parte antiga é a Via dei Tribunali. Ali está a igreja barroca de Santa Maria delle Anime del Purgatorio ad Arco, ou simplesmente o anúncio Purgatório Arco, erguida em 1616, que também comporta um museu sacro no seu subsolo. Na verdade, há uma igreja superior e outra inferior, de iguais dimensões. O acesso à inferior se dá por uma escada à esquerda, logo depois da entrada, e seria um lugar para o enterro das pobres almas.

Nas capelas laterais, há obras de escultura em madeira de mestres desconhecidos e pinturas de artistas napolitanos do século XVII. A estrutura vista hoje é diferente da original, pois passou por várias destruições e restaurações.

No Centro Histórico, começamos a caminhada pela Vicoletto S. Pietro a Majella e chegamos à primeira de muitas igrejas que ainda veríamos e de todas as existentes ali: Chiesa dei S. S. Filippo e Giacomo. Com traços importantes de arquitetura renascentista (na fachada, duas colunas e pilastras), e belos afrescos na cúpula (os evangelistas) e no presbitério (os santos Filipe e James), sua construção durou de 1593 a 1758.


Passamos pela Piazza San Domenico Maggiore – Quart. S. Giuseppe, onde há uma igreja de mesmo nome e um obelisco barroco com a estátua de São Domingos.

Adiante está o Complesso Conventuale di S. Gregorio Armeno(séc. XVI a XVIII), que envolve uma igreja, um claustro e um monastério, a Chiesa di San Nicolola al Nilo (séc. XVII), a Chiesa Monteverginella (construída entre os séculos XVI e XVIII) e a Basilica S. Giovanni Maggiore, concluída no século XIX. Depois de ter ficado fechada por décadas, devido ao trabalho de restauração e investigações arqueológicas, foi reaberta em 2012.


Seguimos e nos deparamos com o imponente Complesso Conventuale di S. Chiara (séc. XIV), com sua igreja, torre, um grande pátio e o Museu Dell’Opera.

A construção original da igreja (do século XIV) não existe mais; foi seriamente danificada em 1943 pelos bombardeios da Segunda Guerra. Passou por restaurações nos séculos XVII, XVIII e XX, chegando à arquitetura que tem hoje.

O museu contém peças e objetos da igreja do século XIV e ruínas da escavação do primeiro século de existência do templo.

Depois avistamos a Cappella Sansevero (na Via Francesco de Sanctis), uma capela simples, em estilo barroco, de portal verde. Idealizada pelo príncipe Sansevero, contém várias simbologias maçônicas (o local foi construído numa região onde havia um templo à Isis) e uma das obras de arte mais bonitas do mundo: o Cristo Velado, la Pudicizia, il Disinganno. Porém, a capela tem também outro título, Pietatella. Esse segundo nome vem de uma anedota de que um preso condenado injustamente estava passando pelo local, quando subitamente uma parede lateral que se encontrava onde hoje é a capela, desmoronou, e apareceu ali uma figura da Pietá. O duque de Torremaggiore, Giovanni Francesco di Sangro, começou a construir a capela, dando o nome de Santa Maria della Pieta (ou simplesmente Pietatella). Mas foi com Raimondo di Sangro, sétimo príncipe de Sansevero, que a construção foi concluída. Além de simpatizante da maçonaria, ele ainda era um entusiasta das artes e das ciências. Aberta diariamente (exceto terças), das 8h às 14h30.

Ainda próximo à Basílica di S. Chiara está a Chiesa del Gesú Nuovo(século XV-XVI). O antigo Palazzo Sanseverino foi convertido em igreja. Sua fachada com pedras escuras que parecem em alto-relevo chama a atenção.

Perto dali está a Chiesa e Chiostro (Igreja e Claustro) di San Gregorio Armeno, a San Paolo Maggiore e o Pio Monte della Misericordia.

O complexo de San Gregorio Armeno (do século XVI) é incrivelmente ornamentado. Tudo ali é suntuoso: o altar, os afrescos, uma fonte barroca no claustro.

San Paolo Maggiore, localizada na Piazza Gaetano, é uma basílica menor, de estilo barroco e sua construção remonta ao século VIII ou IX. Ali está sepultado Caetano de Thiene, mais conhecido como São Caetano, o fundador da Ordem dos Clérigos Regulares da Divina Providência (conhecidos como teatinos).

E a maior atração da Pio Monte della Misericordia, uma pequena igreja do século XVII, é a obra “Os Sete Atos de Misericórdia”, de Caravaggio. Além dela, há outros poucos quadros, de outros artistas italianos.

O ingresso, que custa € 6, permite também a visita ao museu onde consta o documento que comprova o pagamento de 400 ducados a Caravaggio pela realização da pintura, e obras da Renascença, do barroco e da arte do século XIX. ATENÇÃO: NÃO é permitido fotografar e o horário de visitação é somente das 9h às 14h.

Passamos em frente ao Museu Diocesano (aberto em 2007). Reúne pinturas e afrescos de uma igreja velha e outra nova, depois transformada em Arquidiocese de Nápoles, e guarda também o túmulo de Maria da Hungria. Localizado no Largo Donnaregina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cores do mundo

Created with flickr badge.
Created with flickr badge.
Created with flickr badge.

Tags

Dicas de viagem, viagem barata, viagem independente, viagem de mochila, Curazao, blog Simone, Simone Rodrigues Soares.