Simone

Nápoles tem hoje 4 linhas de funicular, das quais três levam a pontos próximos entre si, no alto da cidade, perto do Castel Sant’Elmo. O Funicolare Centrale parte da Via Toledo, quase ao lado da Piazza Trieste e Trento; o Funicolare di Chiaia parte da Piazza Amedeo, em Chiaia; e o Funicolare di Montesanto tem seu ponto de partida ao lado da estação de metrô de mesmo nome, pertinho do centro histórico.

Nós pegamos esse último: Montesanto. No Largo San Martino (bairro Vomero) está o Certosa e Museo di S. Martino, um monastério (da ordem dos monges cartuxos) construído em 1325, hoje transformado em museu. O edifício é um belo exemplo de barroco napolitano. Há o grande claustro e o pequeno claustro, chamado Claustro de Procuradores, que é a porta de entrada para os jardins e salas do museu (com piso em cerâmica e azulejo). O cemitério dos monges cartuxos é decorado com crânios de mármore.

Outra atração na região é o Castel Sant’Elmo (Via Tito Angelin). Em formato de estrela, era originalmente uma igreja dedicada a São Erasmus. Cerca de 400 anos depois, em 1349, o local foi transformado em castelo e ganhou ares de fortaleza em 1538. Usado como uma prisão militar até a década de 1970, hoje é ponto de visitação pelo visual panorâmico que oferece da cidade e por abrigar a Biblioteca de História da Arte Bruno Molajoli e o Museo del Novecento, dedicado à arte napolitana do século XX (pinturas, esculturas e instalações futuristas). Ingresso: € 5.

Um dos atrativos vistos do alto de Sant’Elmo é o Castel dell'Ovo, o mais antigo castelo de Nápoles depois do Castel Capuano, do século XII (foi nesse ponto nos muros da cidade que a estrada levava para a cidade de Capua, o que justifica o nome; hoje o bairro onde está chama-se Centro Direzionale), tendo desempenhado até o início do século XVI as funções de palácio real dos soberanos de Nápoles. Localizado no golfo de Nápoles, na ilha de Megáride.

O seu nome deriva de uma antiga lenda, segundo a qual o poeta latino Virgílio – que na Idade Média também era considerado como um mago – escondeu no cofre do edifício um ovo mágico que manteria em pé toda a fortaleza. A sua quebra provocaria não só o colapso do castelo, mas também uma série de ruinosas catástrofes na cidade de Nápoles.

Dali fizemos uma pausa para comer uma fatia de pizza na Pizzeria Vecchia Napoli (rua lateral à Estação di Montesanto). Há várias opções de gastronomia e a preços populares, de € 1 e € 1,50.

Voltamos para a área central do centro histórico.

As ruazinhas são repletas de trattorias, padarias, quiosquezinhos vendendo babá (bolinho doce típico), pizzas, calzones, kebabs e cachorro quente.

Pegamos o metrô para a estação Município. Lá estão outras belas atrações. Da Estação di Montesanto até lá são cerca de 20 minutos.

O Palazzo Reale di Napoli (Palácio Real de Nápoles), localizado na Piazza del Plebiscito, no barrio de Santa Lucia & Chiara, é um dos quatro palácios que serviram de residência aos reis de Nápoles e Sicília durante o seu reinado no Reino das Duas Sicílias (1730-1860); os outros palácios são o Reggia di Caserta, o Reggia di Capodimontee o Reggia di Portici.

O imponente palácio, cuja fachada lateral está voltada para o Teatro San Carlo (o prédio original de 1737 foi destruído por um incêndio em 1816 e, restaurado, após o término da Segunda Guerra Mundial), tem além do apartamento real e da capela, mais 28 salas.
Na parte externa, esculturas dos soberanos de Nápoles ornamentam os belos jardins.

Em frente ao palácio está a Chiesa di San Francesco di Paola (do século XIXI), com arquitetura inspirada no panteão de Roma.

A poucos metros do palácio está o Castel Nuovo, cuja construção foi iniciada em 1279, por ordem de Carlos I de Anjou (rei da Sicília e Conde de Anjou), e concluída três anos mais tarde. No entanto, permaneceu desabitado até 1285, quando foi ocupado por Carlos II de Nápoles. O castelo foi, então, ampliado e embelezado, tornando-se um centro de patronato artístico, mas em 1347 foi saqueado pela armada húngara. Restaurado e fortificado por Joana I de Nápoles, tornou-se uma resistente fortaleza contra vários ataques subsequentes.

O seu maior destaque são duas torres cilíndricas laterais, nomeadas de Fé e Esperança, que sustentam o arco decorado com o alto-relevo de Ferdinand I de Aragão montado em um cavalo. Foi construído para celebrar a sua entrada em Nápoles em 1443. Esse grande portal é conhecido como Porta Nolana.

Depois do saque de Nápoles em 1494 pelos franceses, o castelo deixou de ser residência real e assumiu a função de fortaleza militar, voltando a ser ocupado pela realeza no século XVIII.

No seu interior, a única estrutura original é a Cappella Palatina, com afrescos do pintor italiano, Giotto.

Hoje, além desse portal medieval, seguindo pela via Sopramuro, está um dos melhores mercados de rua da cidade (que vendem comida e roupa), conhecido como Mercato di Porta Nolana.

Outra bela arquitetura pode ser contemplada na La Reggia di Capodimonte(ou Palazzo Reale di Capodimonte). A antiga residência de verão dos reis do Reino das Duas Sicílias, hoje abriga uma galeria e o Museu Nacional de Capodimonte.

O palácio, que levou mais de um século para ser concluído (as obras terminaram em 1759), tem três andares e 160 salas. Portanto, impossível vê-lo por completo. O ideal é separar uma manhã ou uma tarde inteira e selecionar o que quer ver. No primeiro andar, obras de Bellini, Botticelli, Caravaggio, Masaccio e Titian. Na Sala 78, por exemplo, está o quadro Flagellazione, de Caravaggio. Nos andares acima, trabalhos de artistas napolitanos dos séculos XIII ao XIX e tapeçarias belgas do século XVI.

Na parte externa existe um grande parque, perfeito para caminhadas, piqueniques ou prática de esportes.

Perto dali está a imponente Igreja de Madre del Buon Consiglio(século VIII) com arquitetura similar a de São Pedro, no Vaticano. Além da beleza de sua fachada, a maior riqueza está no seu subsolo: as catacumbas de San Gennaro, cemitérios subterrâneos que datam do século III e representam o monumento mais importante da Cristandade em Nápoles.

Junto às fileiras de catacumbas, há antigos mosaicos e afrescos cristãos.

Ali está sepultado o corpo de San Gennaro. Originalmente, havia três cemitérios separados, dedicados a San Gaudioso, San Severo e San Genaro. O nível mais baixo é o mais antigo, então remonta aos séculos III e IV.

Até o século XI, as catacumbas foram o local de sepultamento dos bispos de Nápoles.

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