Simone


O império Khmer experimentou grande riqueza e expansão durante o século IX ao XII. Símbolo desse período é o famoso templo Hindu de Angkor Wat, em Siem Reap. Entretanto, os projetos de construção dispendiosos, as epidemias, as brigas internas da família real e as guerras com os tailandeses enfraqueceram esse Império.

Forças tailandesas ocuparam a cidade de Angkor em 1432, iniciando um período de 400 anos onde os khmers sofreram sob a agressão tailandesa e, posteriormente, vietnamita.

Por fim, no século XV, a capital é mudada para Phnom Penh e o país vai perdendo importância; nos séculos XVI e XVII, e até à chegada dos franceses, em 1863, os reis governaram sempre sob a proteção do Vietnã ou da Tailândia. Foi assim que o delta do rio Mekong acabou por ficar a pertencer aos vietnamitas, num acordo político que ainda hoje é motivo de ressentimento por parte dos cambojanos. Já longe dos tempos imperiais, a independência desta parte da Indochina francesa só chegou em 1953. Tanto os tailandeses quanto os vietnamitas tentaram absorver o Khmer e destruir sua identidade cultural.

A área do Camboja é coberta por florestas tropicais e cortado por três grandes cadeias de montanhas. No noroeste do país localiza-se o Sítio Arqueológico de Angkor, patrimônio da humanidade. É um país marcado por conflitos que causaram a morte de aproximadamente dois milhões de pessoas nas últimas décadas.

Em 1970, o Camboja estava sob domínio da facção de esquerda Khmer Vermelho, liderada por Pol Pot, que iniciou uma perseguição à população mais instruída, à elite econômica e aos opositores do regime político adotado. Esse período foi o mais sangrento da história nacional, estima-se que mais de um milhão de pessoas foram mortas nos campos de extermínio.

Somente em 1986 foi iniciado um diálogo de pacificação no país, e, em 1991, ocorreu a assinatura de um tratado de paz entre as forças conflituosas no país. Um governo de coalizão instalado em 1993 tenta até hoje reconstruir o país nos aspectos socioeconômicos.

Siem Reap é a porta de entrada para região de Angkor e, por essa razão, tão procurada pelos turistas de todo o mundo. Com noventa templosrepartidos ao longo de 400 km², Angkor é um dos sítios arqueológicos mais visitados do Camboja.


O povo se orgulha de seus tesouros arqueológicos e das impressionantes marcas de arquitetura, arte e civilização praticadas no período. Não é pra menos, afinal Angkor Wat foi declarado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade e os templos são hoje o símbolo do Camboja, aparecendo em sua bandeira e sendo a principal atração turística.

O Camboja, um pequeno país do sudeste Asiático, abriga uma população sofrida de mais de 14 milhões de pessoas e faz fronteira com a Tailândia, o Laos e o Vietnã. A grande maioria dos cambojanos é de descendência Khmer e uma pequena parcela é originária dos países vizinhos. No passado ele já se chamou República Khmer e República Popular do Kampuchea. Entre os séculos IX e XV, os Khmers controlaram um grande reino hindu-budista no Camboja. Sua capital era Angkor.

Os Khmers são um grupo étnico majoritário do atual Estado do Camboja, que no passado consolidou um império capaz de dominar, em seu apogeu, do século IX ao XII, a maior parte da Indochina (região do sudeste asiático, entre o leste da Índia e o sul da China). Sua origem, segundo historiadores, decorre da migração de populações do norte da Indochina e Índia identificadas sob traço cultural comum, que se estabeleceram nas terras férteis do delta do Rio Mekong.

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