Siem Reap é um aglomerado de pequenas aldeias que se desenvolveram ao longo do rio de mesmo nome e em torno das pagodas budistas (WAT), distribuídas quase que uniformemente ao longo do rio de Wat Preah En Kau Sei, no norte de Wat Phnom Krom; e no sul, onde o rio Siem Reap encontra o grande lago Tonle Sap.
Saímos do hotel com o Thy (ele é muito simpático e fala inglês), motorista do tuk-tuk que nos buscou no aeroporto, em direção aos templos – visita obrigatória. A primeira parada é no Centro de Informações para compra da entrada. O ingresso do tour por um dia custa US$ 20. Por 3 dias na semana, US$ 40; e por 7 dias (dentro de um mês), US$ 60. A fila é grande, mas há vários guichês. No ato da compra, tira-se uma foto que é impressa no ingresso. O acesso aos templos pode ser feito das 5h30 às 17h30. Quanto mais cedo, melhor, pois todos ficam lotados de turistas.
Começamos por Banteay Srei (a 40 km da cidade), templo do século X, dedicado ao deus hindu Shiva. Seu nome significa “Cidade da Mulher e da Beleza”. A principal característica deste templo hindu é a riqueza dos detalhes (que realmente impressiona) talhados em sandstone rosada, pedra extremamente difícil de ser trabalhada. Forças tailandesas ocuparam a cidade de Angkor em 1432, iniciando um período de 400 anos onde os khmers sofreram sob a agressão tailandesa e, posteriormente, vietnamita. Esse templo foi construído para abrigar as mulheres, já que a maioria dos homens foram mortos em batalha.
Entre as ruínas do templo, encontramos músicos cambojanos, vítimas do violento regime de Pol Pot, geralmente com braços ou perna amputados, cegos ou outro tipo de deficiência.
No caminho, vilarejos rurais (com suas altas casas de madeira, em estilo palafita, só que sobre a terra mesmo), crianças indo para a escola com seus uniformes azul marinho e branco, tuk-tuks carregando cocos ou palmeiras, muitos búfalos, mulheres vendendo artesanato e o palm sugar. A palmeira de açúcar ou 'Skor t'not' (em khmer) é um dos ícones nacionais do Camboja. É encontrada em todo o país e tem papel fundamental como fonte de renda para a população. Dela se aproveita tudo: madeira para a construção de casas, barcos e canoas ou implementos como pauzinhos, colheres, garfos, pratos, copos e pratos; as folhas são usadas como palha para o telhado, paredes, tapetes, cestas, ventiladores e chapéus; os ramos para fazer sandálias de dedos; e frutas são colhidas e comestíveis. Infelizmente, nosso motorista contou-nos também que as bordas afiadas das folhas foram utilizadas pelo Khmer Vermelho para cortar as gargantas dos prisioneiros de guerra.
Mas o que mais vimos foi um suco de cor amarela em garrafas e balinhas embaladas em uma folha (lembrando caramelo). Também são provenientes da palmeira de açúcar. Pode-se extrair o suco durante todo o ano, sendo mais comuns os tempos de coleta entre novembro e março. Escadas de bambu são fixadas nas árvores, com recipientes de bambu. Em média, 5 litros de suco podem ser coletados diariamente, que é uma fonte segura de renda se recolhidos e vendidos. O suco também pode ser fervido para fazer o açúcar de palma e as balinhas. É, ainda, frequentemente adicionado aos alimentos para dar um sabor doce.
Parada para almoço. Provamos uma comida típica: frango servido no coco, mas não gostamos muito. Em todos os templos, há diversas crianças vendendo souvenirs ou pedindo dinheiro.
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