No dia 27 de agosto, às 13h10, pousamos no aeroporto de Washington Ronald Reagan. Há, ainda, o aeroporto de Washington Dulles e mais 5 nas proximidades da cidade, sendo o de Baltimore o mais perto (55 km). Os outros estão a mais de 100 km de distância do centro.
Metrôs, ônibus e táxis ligam o aeroporto à área urbana. No terminal de embarque, há pontos de táxi e uma parada de metrô que liga diretamente a todos os principais pontos da área metropolitana. Os ônibus expressos porta a porta têm a sua última parada na estação central de trem (Union Station). Em cada terminal, há informações sobre o transporte.
Nós optamos pelo SuperShuttle (van). À frente da esteira onde pegamos a mala, havia um guichê oferecendo o serviço. É rápido e deixa o passageiro na porta do hotel. Custa US$ 12.
Na esquina da mesma rua do hotel, saindo à direita, há um 7-eleven (um mercadinho que vende de tudo um pouco; na Europa, há em quase todos os países).
Banhada pelo rio Potomac, a cidade abriga Embaixadas de mais de 180 países e organismos internacionais, como Banco Mundial, FMI e Organização dos Estados Americanos ou Intelsat. Mas é muito mais que um centro das decisões políticas e militares, é uma cidade harmoniosa e repleta de construções imponentes; oferece muita cultura com seus muses, e lazer com seus restaurantes e cafés; possui um trânsito tranquilo; e não tem poluição visual (outdoors são proibidos).
Washington impõe limites de altura para os edifícios construídos dentro do Distrito. Estas limitações foram impostas no início do século XX, com o aparecimento dos arranha-céus, para impedir com que qualquer edifício construído na cidade ultrapassasse em altura os monumentos da National Mall, com o objetivo de preservar a grandiosidade destes monumentos. Como consequência, Washington possui um dos céus mais limpos e abertos do país.
Nas ruas, é nítida a predominância da colonização inglesa em seus prédios escuros, de tijolinhos, de janelas grandes e decoradas com flores.
Primeiramente, avistamos a igreja St. John’s Church, em estilo neoclássico, construída em 1815 por Benjamin Henry Latrobe, que não aceitou pagamento pelo seu trabalho. Nascido na Inglaterra, migrou para os Estados Unidos em 1796. Antes de erguer a igreja, ele foi responsável pela reconstrução da Casa Branca e pela construção do Capitólio. Outras igrejas de destaque na área são: National City Christian Church e United Methodist Church.
A Casa Branca, o mais antigo prédio público do Distrito de Columbia (onde está a cidade de Washington) e construído no período entre 1792 e 1800, parece menor ao vivo do que estamos acostumados a ver na televisão. Sempre repleta de turistas, é permitido o acesso ao seu belo jardim. Já para conhecer seu interior, uma solicitação deve ser apresentada através de um membro do congresso americano, com 6 meses de antecedência. Todos os presidentes americanos moraram na Casa Branca, sendo a única exceção George Washington, o primeiro presidente, pois ela ainda não tinha sido erguida.
A rua em frente à Casa Branca é fechada para veículos, circulando somente pedestres e ciclistas. A um quarteirão dali, na Pennsylvania Avenue está o the Willard InterContinental Hotel, o mais famoso hotel da cidade, fundado em 1818.
Arlington (pequena cidade no Condado de Snohomish, em Washington) abriga locais famosos da região, como o Pentágono, o Arlington National Cemetery e o monumento que homenageia a força aérea americana, o Air Force Memorial, uma arrojada obra arquitetônica que lembra a fumaça deixada nos céus pelos jatos de caça.
No caminho, fizemos um lanchinho no Café Cosi. Há muitos pela cidade. Preço razoável e com algumas opções de saladas, wraps, pizzas, sanduíches e massa. As ruas 14, 15, 16 e 17 são centrais e oferecem bons restaurantes.
No dia 28, acordamos cedo. Ao redor do nosso hotel, há algumas belas igrejas, dentre elas a anglicana St. Agnes.
Partimos, então, para o prédio antigo dos Correios. É majestoso e sua torre pode ser avistada de longe. Para subir no topo, o acesso é gratuito. O elevador funciona, no verão, das 9h às 21h; e no inverno, das 9h às 17h. Há duas entradas: uma na Pennsylvania Avenue e outra, na 11th Street. No interior do prédio, várias lojas e restaurantes. Ali, há uma estação de metrô.
Lá de cima, pode-se ver o imenso Departamento de Justiça, com suas colunas colossais, o prédio dos Arquivos Nacionais, o edifício do FBI e diversos museus.
Descemos e percorremos a Pennsylvania Avenue, passando pelo sítio histórico da cidade, formado por um conjunto de museus conhecido como Smithsonian Institution, que engloba 19 museus (TODOS GRATUITOS), até chegar ao Capitólio, o marco zero da cidade. Sua pedra fundamental foi lançada pelo Presidente George Washington, em 1793, sendo seu interior ricamente decorado com diversas obras do artista Constantino Brumidi, pintor italiano. O edifício é destacado por sua cúpula central e por suas duas alas, cada qual para uma das câmaras do Congresso: na ala norte situa-se o Senado; na ala sul, a Câmara dos Representantes. Acima destas câmaras, encontram-se galerias a partir das quais os visitantes podem assistir às sessões. A estátua sobre a cúpula é a Estátua da Liberdade. Tem uma estação de metrô na 12 Street, em frente à area dos museus, conhecida como The Mall.
É dali, do Capitólio, que se tem uma das melhores visões do Washington Monument (obelisco).
A instituição, com um orçamento anual de um bilhão de dólares, zela por 19 museus, 9 centros de pesquisa e 1 zoológico (National Zoo). Em exibições ou em subsolos, o Smithsonian abriga mais de 137 milhões de peças, do chapéu de Indiana Jones ao diamante Hope de 45,5 quilates.
Nas proximidades, destacam-se a Suprema Corte e a Library of Congress (maior biblioteca do mundo, cujo acervo possui mais 100 milhões de itens, entre livros com publicações em mais de 400 línguas, gravações, fotos, mapas e manuscritos – localizada na Independence Avenue). Há, ainda, o National Museum of the American Indian (com arquitetura ousada, aberto diariamente, das 10h às 17h30), o National Air and Space Museum, o Hishborn Museum, o National Museum of African Art, o National Gallery of Art (na lateral do National Museum of the American Indian), o National Museum of Natural History, o National Museum of American History, o National Postal Museum e o The Arts & Industries Building. Entre eles, está um centro de informações (Smithsonian Castle Visitor Information) sobre o que cada museu exibe e seus horários de funcionamento.
O National Postal Museum impressiona pela sua arquitetura. Situado na Massachussets Avenue, próximo a Union Station. Com exposições permanentes e temporárias, possui um vasto acervo de objetos, documentos e fotografias nacionais e internacionais. Suas coleções são bem específicas. Abre diariamente, das 10h às 17h30. Entrada livre.
O Newseum (Pennsylvania Avenue) destaca-se pela inovação em conceito de museu. Lá, pode-se ter notícias, imagens e vídeos em tempo real sobre tudo o que acontece no mundo, e também de fatos históricos. Aberto diariamente, das 9h às 17h. Ingresso a US$ 19,95 mais taxas (esse não faz parte do Instituto Smithsonian).
Impossível visitar todos os museus. Então, depois do Capitólio, passamos rapidamente no National Gallery of Art (situado na Constitution Avenue), com pinturas de artistas americanos, britânicos, franceses, italianos, holandeses e espanhóies, esculturas europeias dos séculos XIV a XIX; fotografias; arte decorativa e arquitetura. Só o seu prédio já vale a visita, de tão belo. Abre de segunda a sábado, das 10h às 17h; e no domigo, das 11h às 18h. Entrada gratuita.
Dali, pegamos o Double Decker Tours (Sightseeing). Por 24 horas, custa US$ 30 (adulto); por 48 horas, US$ 35. Com uma diferença assim, não há muito o que pensar: escolhemos o tour de 2 dias. São 3 rotas: vermelha, azul e a rota noturna.
Uma segunda opção é o Tourmobile Sightseeing (uma espécie de trenzinho). Possui menos paradas (mesmo assim, são 25) que o Double Decker (ônibus) e custa US$ 27 (adulto).
Há, ainda, o Circulator, que passa em alguns pontos turísticos e centrais de Washington. Custa somente US$ 1, mas não é tão frequente. É gratuito para quem tem a carteirinha de estudante da cidade. Para ir a Georgetown e a Union Station, este ônibus é uma ótima dica.
A parte central, onde estão os edifícios governamentais e os principais museus da cidade, conhecida como The Mall, é bem concentrada e, até, é possível fazer a pé. Porém, diversos monumentos e locais históricos são mais distantes e, para alcançá-los, é necessário um transporte público ou Sightseeing.
Continuando, à beira do rio Potomac; avistamos o Pentágono, sede do Ministério da Defesa e do Comando das Forças Armadas dos Estados Unidos, que ocupa uma extensa área; seguindo depois para o Lincoln Memorial. Repleto de turistas, o local merece mesmo a visita (aliás, é aberto a visitação 24 horas por dia). Edificado em homenagem ao ex-presidente estadunidense Abraham Lincoln, em 1922, impressiona pela imensa escadaria e a estátua de mármore de Lincoln ao centro.
A principal influência para a construação do monumento foi o Templo de Zeus, na Grécia. Na parede atrás da imagem de Lincoln está escrito: IN THIS TEMPLE AS IN THE HEARTS OF THE PEOPLE FOR WHOM HE SAVED THE UNION THE MEMORY OF ABRAHAM LINCOLN IS ENSHRINED FOREVER.
Em 28 de agosto de 1963, o memorial foi local de um dos maiores comícios políticos na história americana. Estima-se que cerca de 25.000 pessoas foram ouvir Martin Luther King, em seu discurso memorável, "I Have a Dream", pelo Movimento dos Direitos Civis Americanos.
Quase ao lado do Lincoln Memorial, está o Vietnam Veterans Memorial (em homenagem aos homens e mulheres que morreram no conflito). Não faltam monumentos em Washington. Ao lado da Suprema Corte, está o Veterans of Foreign Wars of the U.S.; atravessando o rio Potomac, há o United Spanish Veterans Memorial, o Women in Military Service for America Memorial, o Civil War Unknowns Monument, o World War II Memorial e o famoso U.S. Marine Corps War Memorial, conhecido como Iwo Jima Memorial, já retratado em um filme do diretor Clint Eastwood. O monumento representa o momento em que fuzileiros navais conseguiram içar a bandeira americana na ilha japonesa de Iwo Jima, localizada no meio do Oceano Pacífico, essencial para a vitória dos aliados.
Nas proximidades de todos esses memoriais, está o Arlington National Cemetery. Longe de ser um lugar fúnebre, é belo, claro, limpo e demonstra o respeito dos norte-americanos por todos aqueles que se foram. Muitas excursões de escolas vão visitar o cemitério. Com exceção dos túmulos de John Kennedy e de sua mulher Jackeline, de seu irmão Robert e uma ou outra figura marcante, é um cemitério militar e civil para pessoas que serviram o país, não necessariamente militares e mortos em guerras. Aviso: a área do cemitério é extensa demais. Para percorrê-lo, você pode pegar um trenzinho turístico.
Fim do dia. Voltamos para o hotel. Uma das rotas do Sightseeing tem uma parada próxima ao à rua em que estávamos.
Dois quarteirões abaixo, em direção ao The Mall, onde está a maioria dos museus, situa-se o bairro Chinatown.
Ali, uma quadra à frente, está o American Art Museum National Portrait Gallery (8th Street e F Street). Tem 4 andares, com obras de arte de 1600 até os dias atuais, incluindo pinturas e esculturas europeias e americanas, fotografias e arte folclórica. A história americana é contada por meio da arte, com uma coleção numerosa. Há uma galeria interessante com retratos dos presidentes americanos. Também com acesso gratuito, abre diariamente, das 11h30 às 19h. O acesso à internet é livre e o local ainda dispõe de alguns cafés, de restaurantes para todos os bolsos (há um bandejão self-service) e de um grande e fresco jardim. Separe, no mínimo, duas horas para visitá-lo. Indispensável!
Em frente ao museu, situa-se o International Spy Museum (museu de espionagem). Este é pago, não faz parte do complexo Smithsonian. Geralmente, aberto das 9h às 17h. Entrada a US$ 18 (adulto).
Na rua abaixo, E Street, encontra-se o Ford’s Theatre National Historic Site. Guias caracterizados de atores contam um pouco da história do teatro e das peças ali exibidas. Do outro lado da rua, está a casa onde Lincoln morreu (no momento, passando por uma reforma), com acesso permitido das 9h30 às 17h30. Lincoln, que entrou para a história como um abolicionista, foi baleado na nuca em 14 de abril de 1865 pelo ex-ator John Wilkes Booth, um sulista fanático e racista, no Teatro Ford, em frente a esta casa.
Há uma estação de metrô bem próxima dali, entre a 11 Street e a 12 Street e outra quase em frente ao National Portrait Gallery.
Andamos até a Martin Luther King Jr. Memorial Library (entre a 9 Street e a 10 Street), uma biblioteca grande.
Já há um projeto e um local destinado para a construção de um memorial em homenagem a Martin Luther King, próximo a Franklin Delano Roosevelt Memorial. Este fica perto do memorial de Thomas Jefferson, com uma estátua em bronze do ex-presidente dos EUA, cercado de esculturas com inscrições, jardins e um chafariz.
Visite também a Washington National Cathedral, construída em estilo gótico (entre 1893 e 1990) e a sexta maior do mundo, abrigando os grandes eventos religiosos da cidade. Fica na 3101 Wisconsin Avenue, estação de metrô Teleytown/AU (sentido Georgetown – bairro histórico). Aos sábados, eventualmente pode fechar para o público por conta de eventos.
Uma forma alternativa de ver a capital é navegando. Diversas companhias, como a Potomac Riverboat Cruises, oferecem cruzeiros pelo rio Potomac. Duram, em média, 90 minutos e os preços são razoáveis.
Se tiver oportunidade de conhecer os arredores, tire uma tarde para conhecer Mont Vernon, local onde morou George Washington, o primeiro presidente americano. A propriedade serviu de sede do governo até a construção da Casa Branca, e agora abriga um tipo de fazenda temática, onde tudo remete à época em que os Estados Unidos conquistaram sua independência. Mont Vernon está situada a uns 25 km ao sul de Washington e tem diversos prédios, estábulos, estufas de flores e salões para organizar eventos especiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário