Simone

Pousamos, vindo de Seattle, às 11h55. São 4 horas de voo.
Chicago é a terceira maior cidade americana, localizada no estado de Ilinois, no extremo norte dos EUA e às margens do lago Michigan.
Devido ao clima severno no inverno e à localização muito ao norte, não costuma ser um destino turístico dos mais requisitados, o que é uma pena, pois a cidade é limpa, bela, arborizada, muito dinâmica e desenvolvida, oferecendo tantas opções de lazer e cultura que em nada deixa a desejar, se comparada com Nova York. Foi um dos locais que mais nos impressionou na viagem.Aeroporto Chicago Ohare International
Do Aeroporto Chicago Ohare International para o centro, você pode ir de três maneiras: de trem (US$ 1.50); de shuttle (transporte privado - van), por US$ 18-20; ou, ainda, de táxi (US$ 30-38). O trem parte do próprio aeroporto; basta seguir as placas. A empresa do shuttle chama-se ‘Go Express’ e fica próximo ao local de retirada da bagagem.
Pela facilidade de acesso ao transporte, optamos pelo mais barato, claro. A nossa parada era a Roosevelt Road. O West Bestern Gran Park Hotel (1100 South Michigan Av. South Loop), onde tínhamos feito reserva, fica uma quadra atrás. Diária para casal, com wi-fi livre, mas sem café da manhã, a US$ 99. Ótimos quartos e excelente localização. Há um café no andar térreo. Informações: joyervides@bwgrantparkhotel.com
Avenida MichiganO problema é que, ao sair da estação, viramos para o lado errado. Uma das principais avenidas é a Michigan, situada na parte central da cidade e onde estão os melhores pontos turísticos e lojas, conhecida como The Loop, que corta a cidade de ponta a ponta. Detalhe: a avenida divide-se em Norte e Sul, com a numeração iniciando-se no centro, igualmente, para os dois lados, ou seja, os números repetem-se nos dois extremos. Como não sabíamos disso, fomos parar no lado oposto. Caminhamos bastante. Foi bom para conhecermos a parte antiga da cidade (Old Town), com construções em estilo europeu. A mais famosa é a Old Water Tower, construída em 1869 e que escapou de um grande incêndio na cidade, em 1871.
Old Water PlaceEnfim, para chegar ao hotel, pegamos um táxi a apenas US$ 7. Chicago é uma das cidades com a corrida de táxi mais barata no país. Deixamos nossas malas e partimos para conhecer a cidade.
Próximo ao nosso hotel, na rua de trás (rua Wabash), há um ótimo supermercado: Jewel-Osco. Iniciamos pelo Grant Park, a maior área verde da cidade e á beira do Lago Michigan (um dos lagos da região dos grandes lagos entre Canadá e EUA), ali ficam vários pontos de interesse. Fotografamos o parque, o Field Museum, o Shedd Aquarium e o Adler Planetarium.
Grant ParkAliás, parques sobram na cidade. Um é o Lincoln Park, que abriga um zoológico de entrada gratuita. Às margens do lago Ilinois, possui muitas áreas de lazer, reservas naturais e píers, recebendo anualmente 20 milhões de visitantes (é o segundo parque mais visitado nos EUA). Situado entre a Ohio Street e a Ardmore Avenue.
 
Chicago à noite Logo anoiteceu e a visão de seus prédios iluminados é belíssima. Chicago, realmente, impressiona com seus arranhas-céus de arquitetura modernista. A Escola de Chicago de arquitetura e urbanismo foi preponderante no desenvolvimento da cidade no final do século XIX. Representa um estilo de construção que passa a utilizar o ferro na estrutura ao invés da madeira, sendo produzido em série.
 
Grande parte dos prédios mais belos foram projetados pelo Field Museum arquiteto, escritor e educador estadunidense Frank Lloyd Wright (1867-1959). Seus principais trabalhos foram a 'Casa da Cascata' (mais conhecida como Casa Kaufman, considerada a residência mais moderna do mundo, situada em Pittsburgh, EUA) e o 'Museu Guggenheim', em Nova York.
 
Interior do Field Museum No dia seguinte (25/08), fomos ao Field Museum. Sua arquitetura já é um convite a conhecê-lo. No guichê, compramos o Chicago CityPass. Custa US$ 69 e dá acesso a 6 atrações. O museu é imenso e maravilhoso. Um dos mais completos que já vimos na área de história e ciência. Com 3 andares, há a área dos dinossauros, répteis, anfíbios, mamíferos, aves, insetos; jóias; moedas; múmias; plantas; corpo humano; evolução da espécie humana; história dos povos americanos, africanos, asiáticos e dos árticos; descobertas e experimentos científicos; além de teatro, laboratório, cafés e restaurantes. Reserve, pelo menos, 3 horas para visitá-lo.

Destaque para o “Sue”, apelido dado a FMNH PR 2081, que é o maior e mais bem preservado espécime de Tiranossauro Rex já encontrado. Foi descoberto no verão de 1990 pela paleontóloga Sue Hendrickson num terreno acidentado em South Dakota (EUA). Após o conflito sobre a posse ser resolvido, o fóssil foi leiloado em outubro de 1997 por US$ 8,4 milhões, a maior quantia paga por um fóssil de dinossauro. Agora é uma exibição permanente do Museu Field de História Natural.

Ao lado do Field Museum está o Shedd Aquarium, cuja maior atração são as belugas, os tubarões, os golfinhos, as focas, os pinguins, as arraias, entre outras espécies. Aberto de segunda à sexta, das 9h às 17h; e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h.
Adler Planetarium
Nas proximidades do Grant Park, há ainda o Soldier Field (estádio, a casa do time de futebol americano Chicago Bears) e a Buckingham Fountain (fonte inaugurada em 1927, que jorra jatos de água acompanhados de um show de luzes e música).
Saímos de lá por volta das 13h e almoçamos em um restaurante da Avenida Michigan. Em toda a sua extensão, há muitos cafés com suas mesinhas ao ar livre, lojas, hotéis, centros comerciais e atrações turísticas. Os preços são salgados, não mais que Brasília (DF), só que em viagem não dá para pagar todos os dias US$ 12-18 por prato. Então, as opções mais baratas são pizzas, macarronadas, comida chinesa, indicana, mexicana ou árabe.
The Art Institute of ChicagoNa mesma avenida (111 South Michigan Avenue), está o imponente The Art Institute of Chicago, com seus famosos leões de pedra na fachada do prédio. Perto dali estão: Chicago Architecture Foundation, Museum of Contemporary Photography, Chicago Symphony Orchestra, Auditorium Theatre, Harris Theater, Chicago Theatre e Pritzker Music Pavilion. A cidade respira cultura.
Há muitos outros museus, mas infelizmente não tivemos tempo para visitar todos: Chicago Cultural Center, Museum of Broadcast Communications, DuSable Museum of African American History, Terra Museum, Spertus Museum of Judaica, National Veterans Art Museum, Chicago History Museum.
Crown Fountain
Mais adiante, a Crown Fountain: duas paredes paralelas que jorram água. A novidade está nas fotos exibidas. São diferentes imagens de homens e mulheres que mudam suas expressões faciais a todo instante.
Portal da NuvemUm pouco mais à frente, está o Millennium Park, onde a maior atração é um imenso balão prateado – o Portal da Nuvem ou ‘o feijão’, como foi apelidado - que espelha a imagem das pessoas e da cidade, dando uma forma interessante ao que se vê. Uma ideia simples, mas inteligente e atraente. A peça, criada pelo indiano/britânico Anish Kapoor, é composta de 168 placas de aço inoxidável soldadas entre si e o seu exterior polido não tem costuras visíveis. Tem 10 m × 20 m × 13 m e pesa 100 toneladas. O design foi inspirado em mercúrio líquido e a superfície da escultura reflete e distorce o horizonte da cidade.
Monumento do MilênioNa parte noroeste do Millennium Park está a Praça Wrigley, praça pública com o Monumento do Milênio, uma réplica quase em tamanho real do semicírculo de pares de colunas gregas do estilo dórico (chamado de peristilo), que originalmente estava assentado numa área do Grant Park. Há wi-fi livre nas proximidades. A praça ganhou reputação como local de cultura ao ar livre por receber eventos de arte local e internacional e exposições de fotografia, bem como apresentações musicais.

Seguindo a caminhada, deparamo-nos com o Rio Chicago e uma ponte levadiça, que corta o centro da cidade ao meio, ligando as partes norte e sul da Avenida Michigan. Dali, partem os SightSeeing Cruises (passeios de barco). Uma sirene toca e, de repente, a pista central da avenida começa a subir. Aliás, são 38 pontes movediças em toda a cidade, sendo a primeira construída em 1834 na rua Dearborn.
Passeios de barco
Um dos passeios segue pelo curso do rio, durando 75 minutos; outro segue pelo rio e pelo lago Michigan, com duração de 90 minutos. Ambos custam US$ 25 (adulto). Tem, ainda, um passeio para ver o por-do-sol; esse sai a US$ 26 e dura 2 horas.
Fonte do CentenárioNós optamos pelo tour de 90 minutos. Um guia narra sobre a incrível arquitetura da cidade (que inovou e ousou bastante em suas edificações), passando sob a ponte, indo de lado a outro do rio, que é circundado por uma calçada para caminhadas e uma ciclovia para bicicletas. No meio do passeio, há a Fonte do Centenário que dispara um arco de água por 10 minutos por cima do rio Chicago, a cada hora, das 10h às 14h e das 17h à meia-noite, todos os dias. Os espectadores têm tempo para apreciar a beleza da fonte e observarem as embarcações tentando evitar passar pelo arco de água.Navy PierDepois do rio, a embarcação segue pelo lago, passando pelo Navy Pier, um lugar bastante animado, originalmente um terminal de carga (inaugurado em 1916). O ponto central é a roda gigante, com altura equivalente a 15 andares. Outras atrações no local são o Cinema em 3D Imax, o Skyline Stage, com muitos shows musicais, e o Teatro Shakespeare construído à moda da antiga Inglaterra. A área também oferece grande quantidade de restaurantes e lojas de souvenirs. E, no lago, ainda passamos em frente ao Farol do Porto de Chicago, erguido em 1893 para a Exposição Mundial de Columbia e transferido para o atual local em 1919. Tem 34 metros de altura e sua torre é feita de ferro. Algumas fontes afirmam ter sido o primeiro (ou um dos primeiros) farol construído no lago Michigan. Está operacional atualmente. Pisca uma luz vermelha para auxiliar a navegação de embarcações marítimas. Infelizmente, não está aberto ao público. Prepare sua câmera para tirar belas fotos. É um passeio indispensável.   
Farol do Porto de ChicagoOutra forma de percorrer o rio Michigan é o Water Taxi. São barcos amarelos, baratos, rápidos e funcionais, que também permitem admirar as belezas da cidade.
Depois do tour, regressamos ao hotel para descansarmos e recomecarmos no dia seguinte.
Dia 26, iniciamos o dia visitando o Adler Planetarium, próximo ao Field Museum que já havíamos visitado, à beira do Lago Michigan. Também estava incluído no CityPass que compramos. Relata toda a história do primeiro homem que pisou na lua, as descobertas dos grandes países sobre a galáxia, simula o sistema solar, expõe inúmeros instrumentos telescópicos, e possui laboratórios e um bom espaço. Mais apropriado para o público infantil. Gostamos Adler Planetariummais das fotos externas, devido à sua localização. A visão da cidade é incrível, com seus arranhas-céus nas margens da água.
 
Almoçamos no restaurante do planetário e fomos para o Skydeck Chicago ou Willis Tower (como é mais conhecido), com 442 metros de altura. A atração também faz parte do Chicago CityPass. Situada na esquina das ruas Franklin e Adams, possui 103 andares. Inaugurado em 1973, é o prédio mais alto dos Estados Unidos. A fila anda rápido e a vista vale a pena. Uma parte tem chão de vidro, o que aumenta a emoção de ver tudo lá embaixo. Indicadores apontam onde estão as atrações turísticas da cidade.
Willis Towerutro mirante está no John Hancock Center (esquina da rua Delaware com a avenida Michigan), com 94 andares. É o segundo maior prédio da cidade e um dos maiores do país. Seus elevadores são os mais rápidos do mundo e em 39 segundos você chega na parte superior, de onde se pode ver 4 estados: Illinois, Indiana, Michigan e Wisconsin. O prédio oferece diversas atrações interessantes, como fazer um tour virtual pela cidade, e participar de experiências interativas para conhecer os principais pontos de Chicago. Observação: com o Chicago CityPass você só pode subir em um dos mirantes: John Hancock ou Willis Tower.
Depois de descermos do Willlis Tower, passamos na Library Center (livraria pública), na rua Dearborn. Imensa e bastante organizada, com acesso gratuito à internet; basta fazer a reserva.
Museum of Science & Industry Saindo dali, pegamos o ônibus 6 ou 10 na rua Roosevelt para o Museum of Science & Industry (incluído no Chicago CityPass). Um pouco mais distante, mas imperdível. Dividido em vários setores, é extremamente didático, rico em detalhes e informações. Aberto de segunda a sábado, das 9h30 às 16h; e aos domingos, das 11h às 16h. Ingresso, sem o CityPass, US$ 15 (adulto).
Templo Bahá’iPara terminar o dia, pegamos o metrô (linha púrpura) para ir até o Templo Bahá’i. É a parada final: Linden. É distante, passamos por bairros do subúrbio de Chicago onde turistas geralmente não vão.
Saindo da estação, à direita, seguimos algumas quadras passando por casas e mansões belíssimas (descobrimos que imigrantes russos e ucranianos vivem ali), e logo avistamos o templo. Com o por-do-sol na sua cúpula, ficou ainda mais lindo. Os jardins são belos e o seu interior, em completo silêncio, também. A ida até ali valeu cada minuto percorrido.
LindenDurante o inverno, o lago Michigan congela e funciona como um rinque de patinação público. E é onde no Natal acontece a chegada de Papai Noel.
A cidade abriga um parque temático: Disney Quest, situado na East Ohio Street. É um parque interativo com 8 emocionantes viagens virtuais que representam o máximo em tecnologia high-tech. O complexo tem 5 andares, dos quais 4 são recheados de games eletrônicos e outras diversões.
Se você quer aproveitar para fazer algumas comprinhas mas não quer gastar muito, não deixe de ir a um dos melhores Outlet Malls dos Estados Unidos, o Gurnee Mills Mall. Fica junto à auto-estrada I-94, no município de Gurnee. Lá pode-se passar todo o dia e encontrar algumas das principais lojas do país, com sobras de estoque a preços excelentes. São mais de 200 lojas e, também, bares e animados restaurantes temáticos como o Planet Hollywood e Rainforest Cafe.
Belas construções É uma cidade para se conhecer a pé, mas é claro que para alguns pontos de interesse mais distantes é necessário usar o transporte público que é excelente: ônibus, metrô e um trem de superfície.
Nos ônibus operados pela CTA (maioria), basta usar o mesmo passe do metrô, quantas vezes desejar (porém, o passe é individual). Nas paradas, placas indicam horários para o período da noite e se existem ônibus acessíveis para deficientes físicos. Os transportes possuem, no seu letreiro, o número da linha e destino. Não se preocupe em ficar perguntando ao motorista, pois, um sistema de som informa o nome das paradas. ATENÇÃO: não existe cobrador. O motorista faz esse papel, porém, tenha dinheiro trocado (eles não dão troco).
ArquiteturaUm dos aeroportos de Chicago é o O'Hare Internacional, que recebe companhias estrangeiras e voos domésticos. Foi por esse que chegamos. É considerado um dos mais movimentados do mundo e conta com um sistema de trem para ligação entre os terminais, estacionamento e metrô (inúmeras linhas).
Para chegar, pegamos a linha azul (CTA Blue Line), cuja parada final é o aeroporto (há duas paradas finais: desça no Terminal 3). Para não perder seu voo, reserve uns 40 minutos somente para o percurso. Além disso, o aeroporto é imenso, você ainda terá que percorrer um bom caminho até encontrar sua companhia aérea.
Outro aeroporto é o Midway Internacional, onde a companhia aérea Southwest impera, juntamente com a AirTran. O Midway é mais utilizado para voos domésticos, contudo tem a vantagem de ser mais perto do centro (usando a CTA Orange Line, entre 20-30 minutos), ter preços mais baixos, poucos atrasos e um terminal mais compactado, o que não faz você ficar andando muito.
E uma terceira opção é o aeroporto Milwaukee, no estado do Wisconsin. Porém, você gastará mais de uma hora de trem entre o aeroporto e a Chicago Union Station (o serviço é operado pela Amtrak), com muito menos opções de horário que o metrô.
De trem, você chega a Chicago na Union Station; e, de ônibus, as linhas operantes são Greyhound, Wisconcin Coach, MegaBus e Indian Trails.
Para andar em Chicago, a dica é comprar um visitor pass que permite viagens ilimitadas de metrô + ônibus operados pela CTA (Chicago Transit Authority). As opções são: 1 dia (24 horas), 3, 7 ou 30 dias. Você usará o passe apenas no embarque, isto é, não é preciso passar o seu cartão na saída das estações. Pode adquirir o passe em algumas estações (como em O'Hare), antes do embarque, pela internet, casas de câmbio e lojas de conveniência e supermercados. Procure ter um mapa do sistema chamado de "CTA L System", para uma viagem mais tranquila. O sistema "L" é composto do metrô e do trem "el-evated", daí vem o nome "L", que se pronuncia "El".
No dia seguinte (27/08), voamos, novamente pela Amercian Airlines, para Washington (EUA), às 10h25.

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