Simone

O início da construção do metrô da cidade nos anos 60 e, por conseguinte, as diversas inundações, trouxeram a necessidade de recuperação da cidade subterrânea.

Essa reforma permitiu que galerias e túneis históricos fossem preservados e adaptados para visitas guiadas. A maioria deles fica no Quartieri Spagnoli (Bairro Espanhol).

O passeio Napoli Sotterranea (Nápoles Subterrânea) tem este nome por causa da associação fundada pelo espeleólogo Enzo Albertini, cientista que a partir da metade dos anos 80 começou a fazer “passeios” no subsolo da cidade para conhecer pontos de interesse histórico, antropológico e arqueológico escondidos abaixo de Nápoles, escondidos abaixo de Nápoles.

A existência dessa cidade subterrânea remonta ao ano 470 a.C., quando os gregos que habitavam a região precisaram criar depósitos para acumular água. Posteriormente, os romanos ampliaram um aqueduto, conectando as galerias de água com os túneis a fim de regular o armazenamento. Apenas em 1885, deixou-se de utilizar esses depósitos de água em virtude da epidemia de cólera.

Outra finalidade era o uso da toba ou tufo vulcânico, material rochoso de densidade clara e porosa, de onde era fácil extrair os materiais para construir os edifícios de Nápoles.

E, na Segunda Guerra Mundial, o subterrâneo serviu de abrigo e esconderijo.

A entrada fica na Piazza San Gaetano (uma delas, pois há várias entradas para conhecer os subterrâneos de Nápoles – outra conhecida é pela Via Sant´Anna di Palazzo, cujo ponto de encontro é em frente ao Café Gambrinus na Piazza Trieste e Trento).

É preciso reunir um grupo de mais ou menos 15 pessoas. O passeio dura aproximadamente 45 minutos, o bilhete custa € 9 (guia em inglês e italiano), e é preciso consultar os horários (http://www.napolisotterranea.org/)

Entrando por ali, você começa a descer uma escada de 140 degraus, que leva a 40 metros abaixo do nível da superfície. Nesta parte, há um conjunto de ruínas que datam dos séculos III e IV a.C.

Descoberto recentemente no subsolo, o teatro greco-romano pode ser visitado e o acesso se dá pelo interior de um edifício em Vico Cinquesanti.

Outra opção é o Scavi Archeologici (Escavações Arqueológicas) di San Lorenzo Maggiori(Via S. Gregorio Armeno), no Quart. San Lorenzo.

O Cimitero delle Fontanelle (estação de metrô mais próxima – Materdei – 10 minutos de caminhada) também é interessante. É um pouco difícil de localizá-lo pela ausência de placas indicativas, mas fica ao lado de uma igreja (a entrada é por um portão de ferro), na altura do numero 80 da via Fontanelle. Aberto diariamente, das 10h às 17h. Entrada gratuita.

O cemitério possui 3.000m², e cerca de 40.000 restos mortais de pessoas que não tinham dinheiro para um enterro decente, e outras que foram vítimas da grande peste de 1656 e da cólera de 1836. Um estudioso disse que em certa época foi contado 8 milhões de ossos, e que abaixo do piso existiam 4 metros de ossos aglutinados.

Não há caixões e sim ossos e crânios somente. Alguns estão enfeitados com terços, lenços ou crucifixos. É um lugar empoeirado e escuro. O bairro é feito, pouco movimentado. Então, para maior segurança, é aconselhável não andar com muito dinheiro. 

O Duomo di Napoli (Catedral) está próxima à Napoli Sotterranea (estação metrô Cavour ou Museo). A ideia de sua construção partiu de Carlos I de Anjou (o mesmo que mandou erguer o Castel Nuovo), mas com sua morte as obras foram iniciadas em 1299 por seu filho Carlos II de Nápoles e concluídas em 1314 sob o reinado de Robert de Anjou (neto de Carlos I e filho de Carlos II). 

A fachada neogótica foi adicionada no século XIX. No seu interior, estão a Capela de San Gennaro, a Capela Carrafa, a Basílica de Santa Restituta, um Batistério com mosaicos do século IV e o Museu do Tesouro de San Gennaro, com as relíquias do padroeiro da cidade martirizado em 305 d.C., bustos de bronze, ampolas de prata, suntuosas pinturas e uma liteira dourada do século XVIII usada para abrigar os santos em dias chuvosos de procissão.

Ingressos: € 1,50 (igreja e batistério); € 7 (museu).

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