Simone


Se seu sonho é viajar de trem, na América do Sul, a opção certa é o Equador. São diversos trajetos, como o “Tren de Los Volcanes” que parte de Quito e corta uma região rodeada de vulcões; o “Tren de la Libertad” que segue por túneis e pontes monumentais entre as montanhas andinas; o “Tren de Hielo”, cujo percurso passa aos pés do Vulcão Chimborazo, o mais alto do Equador e o clássico “Nariz del Diablo”, entre outros.


A linha ferroviária centenária, em meio às belas montanhas da Cordilheira dos Andes, foi totalmente restaurada. 

Optamos por dois passeios: Tren de los Volcanes (que não valeu muito a pena pelo tempo nublado e uma parada desnecessária numa chácara) e o Nariz del Diablo. Este, sim, imperdível.  


O primeiro sai às 8h da estação ferroviária (ferrocarril) de Quito – Chimbacalle – e retorna às 17h20. O trem para em Tambillo e Machachi para demonstração da gastronomia local dos “chagras” (que se dedicam à criação de animais nos Andes). Depois, segue para El Boliche, aos pés do vulcão Cotopaxi (mas com o tempo nublado, mal podemos vê-lo), e regressa-se a Machachi para almoçar na Granja La Estación (o almoço deixa a desejar por não servir uma comida típica – o que seria uma ótima oportunidade e pela quantidade de comida – muito pouco). Antes do almoço, assistimos a uma apresentação de dança folclórica.

É muito tempo para pouca coisa. Valor: US$ 30. Deixamos o carro no estacionamento da própria estação; é seguro. 

O segundo sai de Alausí, às 11h, chegando a Sibambe às 13h30. Valor: US$ 70 (incluindo almoço).


Como estávamos vindo de Baños, dormimos em Riobamba (no Hotel El Cisne Internacional), a 1h20 de Alausí. Acordamos cedo e, às 10h, já estávamos na estação. No caminho passamos por várias fazendinhas onde homens e mulheres plantam e criam ovelhas. Uma atração no percurso é a igreja Maria Natividad de Balbanera. Fundada em 1538, é a primeira igreja católica do Equador.




Antes de deixar Riobamba, passamos na pracinha central, conhecida como Parque Sucre, construído em meados do século XX em frente ao que antes era a Igreja de Santo Domingo (atualmente, Colégio Maldonado). Inicialmente, o local levava o nome de Santo Domingo (mesmo da igreja) e, depois, passou a se chamar Praça España, antes de receber a denominação atual. No centro do parque há uma fonte chamada Pileta de Neptuno, com uma estátua do deus Neptuno e seu tridente.


Contudo, o maior destaque é mesmo a bela Catedral.



Ao contrário de Riobamba (feia e barulhenta), Alausí é bem charmosinha e tranquila. Sua catedral, a Igreja Corazón de Jesús, fica na praça central da cidade.

A descida em ziguezague pela montanha chamada de “Nariz de Diablo” até a estação de Simbabe – trecho até hoje considerado uma façanha da engenharia ferroviária tendo ficado conhecido como o “mais difícil do mundo” devido a suas condições geográficas – é impressionante.


Na estação, estão localizados o museu “Condor Puñuna”, construído e administrado pela comunidade indígena Nizag (onde vivem cerca de 1.000 pessoas cujos recursos vêm da criaçãode animais e que falam seu próprio dialeto – Kichwa, the Cañari), uma pequena lanchonete e uma feirinha com produtos locais. Assistimos à apresentação de uma dança típica, onde os turistas são convidados a participar.
No meio do caminho paramos para fotografar algumas cachoeiras e assistir a uma apresentação de dança típica, onde os turistas são convidados a participar.

Terminado o passeio, pegamos nosso caro estacionado em frente à estação e regressamos a Quito.


Ao retornarmos para Quito, fomos surpreendidos com uma manifestação popular. Pessoas fantasiadas seguiam um carro com uma imagem religiosa. Com certeza, tratava-se de uma comemoração local.

Uma observação: a estrada é ótima, mas os motoristas são totalmente imprudentes. Então, muito cuidado! 

Os pedágios(passamos por dois) são baratos; taxa de US$ 1.

No site: http://trenecuador.com/ obtém-se todas as informações sobre os trajetos de trem, como preço, horários, dias. O “tren del hielo”, por exemplo, sai de Riobamba e retorna para lá, a US$ 27 o trajeto.

No dia 04 de abril, embarcamos num voo para Trujillo(Peru), com escala em Lima (capital), para visitar os sítios arqueológicos da região. Para não haver perigo de atraso e como teríamos que entregar o carro alugado no aeroporto, nos hospedamos na última noite no Las Mercedes Airport Quito (US$ 39 diária). Fica bem escondido e só chegamos com a ajuda do GPS. 













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