Simone

Saindo de Nápoles, partimos rumo à Costa Amalfitana iniciando por sua porta de entrada: a cidade de Sorrento, com aproximadamente 16.000 habitantes.

Por ser a primeira cidade, tem uma ótima infraestrutura hoteleira. Hotéis de 3 e 4 estrelas com vista para o mar, como Hotel Rivage, Hotel Settimo Cielo, Hotel Girasole.

Da estrada temos uma bela vista panorâmica da praia: casinhas coloridas junto ao rochedo e barcos no mar azul.

Mais 7 km adiante, chegamos a Positano, considerada a mais romântica da Costa Amalfitana. Casinhas sobre as pedras, vielas estreitas e charmosas, sobretudo à noite, e muitos cafés e restaurantes, além, claro, da beleza das praias. São duas: Spiaggia (praia) del Fornillo e a Spiaggia Grande (grande só no nome mesmo) – desta última saem barcos com destino à ilha de Capri.

Para os que preferem silêncio e tranquilidade, a dica é a praia de Fornillo. Em direção ao leste, as opções são as prainhas de Laurito, San Pietro, Arienzo, Fiumicello, La Porta e Torre Sponda.

O cenário realmente encanta. Grandes rochedos (cobertos de casinhas) que desce sobre as águas cristalinas. Na Praia Grande há uma espécie de caverna no rochedo onde o mar avança. A areia é escura e ganha um visual bonito com os guarda-sóis e cadeiras coloridas. Alugar o kit sai caro, cerca de € 20.

Se o tempo não estiver ensolarado, caminhar pelas ruazinhas do centro histórico é uma boa pedida. Na praça central, praça Flavio Gioia, está a igreja de Santa Maria Assunta e sua incrível escadaria (e no seu interior, a cripta medieval), erguida no século V em homenagem a San Vito. Abriga a famosa estátua bizantina de uma Madonna negra, além de suntuosas pinturas sacras.

Positano, com assentamentos antropológicos que datam da época paleolítica, é, provavelmente, a cidade mais antiga da costa Amalfitana.

Após a queda do Império romano, pouco se sabe sobre a cidade, pelo menos até o século IX, quando a República Marinara de Amalfi tornou-se uma importante potência marítima e Positano passou a fazer parte do território, desfrutando das vantagens proporcionadas pelo comércio marítimo.

A conquista normanda da província amalfitana aliada à perda de sua autonomia e os ataques sofridos por piratas sarracenos contribuíram para o declínio da cidade. Fome, peste e maremotos causaram um despovoamento significativo da região entre os séculos XVI e XVII.

Superado esse período obscuro, Positano conquistou a supremacia comercial no Reino das duas Sicílias, no século XVIII, sob a dinastia dos Bourbon.

A partir do século XIX, tornou-se o destino de férias preferido de muitos herdeiros de famílias ricas europeias e de artistas importantes, que a imortalizaram em muitas de suas obras.

Para quem busca fugir do movimento turístico Nocelle é o destino ideal (vila que faz parte de Positano). A cidadezinha fica no topo de uma das mais altas montanhas da região (a quase 500 metros de altitude) e oferece paisagens impressionantes de oliveiras, de vinhedos e do Mar Mediterrâneo. Há um ônibus local que faz o percurso até lá.

Deixamos Positano e seguimos para Praiano (a 10 km de Positano e a 15 km de Sorrento). Logo na entrada está o Hotel Smeraldo.

As praias de Praiano são Marina di Praia, coberta por pedrinhas e rodeada por altas paredes rochosas, e Cala della Gavitella, acessível por meio de uma trilha cheia de escadas que parte do centro da cidade. Na verdade, é uma baía onde a beleza fica por conta da Fontana dell'Altare, uma piscina natural que fica no início de uma gruta. Um restaurante de mesmo nome (La Gavitella) coloca à disposição dos clientes um transfer do píer de Positano ou de Marina di Praia.

Passear entre os monazzeni, as antigas casas dos pescadores do fiorde de Furore, é uma boa dica.

No passado os habitantes de Praiano eram famosos pela extração dos corais e costumavam usar um brinco na orelha esquerda seguindo as tradições sarracenas.

Praiano transformou-se na residência de verão dos Doges, quando fazia parte da área que pertencia à República de Amalfi.

No alto da Vallata di Campo (Vale do Campo), onde se encontram a igreja de San Luca Evangelista com seu maravilhoso pavimento em majólica (técnica originada na Itália e introduzida na Península Ibérica em meados do século XVI, que revolucionou a produção de cerâmica ao permitir a pintura direta sobre a peça já cozida), a igreja de San Gennaro e a Igreja/Convento de Santa Maria a Castro, o visual é incrível.

Nesse caminho entre Positano e Amalfi está Furore, um local bem pitoresco e pouco conhecido na Costa Amalfitana. A vila tem uma população de cerca de 800 pessoas espalhadas ao longo de uma fenda vertical de uma alta encosta acima do mar Mediterrâneo. A principal atração turística é o dramático ‘Fjord’ ou fiorde, onde um grupo de casas de pescadores antigos se sustenta nas paredes de um desfiladeiro rochoso. Ali, há uma pequena praia.

Todos os anos, durante o mês de setembro, artistas de todo o mundo são convidados para decorar espaços públicos durante um festival local. O pequeno povoado fica bastante colorido e inspirando ainda mais o contraste com o belo cenário. Até mesmo os trilhos e postes são decorados com tons brilhantes.

Para atrair turistas, as casinhas antigas foram renovadas, lojas de souvenirs foram abertas, uma gruta foi transformada em um bar e um museu sobre a diversidade botânica do fiorde de Furore foi inaugurado.

A próxima cidade pela qual passamos foi Amalfi (a 25 km de Sorrento e a 13 km de Praiano), com 5.500 habitantes.

Importante cidade portuária do Mediterrâneo entre os século IX e XII a.C., Amalfi é uma das cidades mais famosas de toda a Costa Amalfitana. A piazza (praça), rodeada de belos cafés e com uma fonte coberta por querubins, e o Duomo di Sant'Andrea (Catedral), acessível por uma escada de 62 degraus e de arquitetura com influências árabes, bizantinas, barrocas e normandas, são alguns de seus atrativos. O templo começou a ser construído no século X e hoje abriga duas basílicas, um Museu Diocesano, afrescos de Vincenzo de Pino e uma belíssima pintura da crucificação de Cristo feita pelo artista napolitano Roberto Oderisi. Ao lado do Duomo di San Andrea encontra-se o Chiostro di Paradiso(Claustro do Paraíso), construção erguida no século XIII para abrigar as sepulturas das famílias nobres da região.

O turista pode visitar ainda o Museo della Carta, que abriga uma das mais antigas fábricas de papel da Europa, e a Grotta dello Smeraldo, gruta onde a água do mar ganha uma cor entre o verde e o azul turquesa.

As praias, também belas, têm mar calmo. Há cadeiras e guarda-sóis para alugar. Os restaurantes locais vendem deliciosos panini (sanduíches), pizzas e o famoso limoncello, bebida alcoólica feita com os limões colhidos na Costa Amalfitana.

Na região, muitos hotéis: La Pergola, Bellevue, Miramalfil (com piscina), S. Caterina, entre outros.

Um dos destaques gastronômicos é o tradicional Amalfi Torre Sarracena e Ristorante. La Torre Saracena foi construída durante a época da antiga República de Amalfi (século X) para proteger a cidade contra ataques de piratas. Nos tempos modernos, a torre tornou-se um restaurante (com receitas clássicas), com vista para a baía de Amalfi.

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