Simone


O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental é o segundo local mais sagrado do judaísmo, atrás somente do Santo dos Santos no Monte do Templo. É um espetáculo à parte. Mulheres ficam separadas dos homens. IMPORTANTE: para acessar o Muro, passa-se por um portão controlado por soldados israelenses, com detector de metais. Bolsas e mochilas são revistadas. A segurança é primordial em um lugar que atrai tantas religiões em um local de constantes conflitos.


O Muro das Lamentações é sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do Templo pelos lados sul e leste. Além disso, o Muro é o lugar mais próximo do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" ou “santo dos santos”. Das três seções do muro, a do leste, a do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração (daí o seu nome em hebraico, Hakotel Hama'araví, "o Muro Ocidental").

Santo dos Santos ou Santíssimo Lugar era uma sala do Tabernáculo que, mais tarde, se transformou em uma sala do Templo de Salomão onde ficava guardada a Arca da Aliança. Era ali que se realizava anualmente uma cerimônia de sacrifício expiatório de um cordeiro sem mácula pelos pecados do povo, sendo este o único momento em que o Sacerdote podia falar diretamente com Deus. Esta sala ficava separada do templo por uma cortina de linho. Em caso de estar em pecado ao entrar, o sacerdote morria. E como o lugar era santíssimo, outros não poderiam entrar, somente ele.

O pedaço do muro que restou é o único vestígio do antigo templo de Herodes, erguido por Herodes, o Grande, no lugar do Templo de Jerusalém inicial. Foi destruído pelo imperador romano Tito no ano de 70 d. C, ao sitiar e cercar a cidade.

Muitos fiéis judeus visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito. Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local servia de depósito para incineração de lixo.


Os restos que hoje existem datam da época de Herodes, que mandou construir grandes muros de contenção em redor do Monte Moriá, ampliando a pequena esplanada sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o que hoje se designa como a Esplanada das Mesquitas.

O Primeiro Templo, ou Templo de Salomão, foi construído no século X a.C., e derrubado pelos babilônicos em 586 a.C.. O Segundo Templo, entretanto, foi construído por Zorobabel, chefe da tribo de Judá, um líder israelita mencionado no Antigo testamento da Bíblia que teria liderado o retorno do primeiro grupo de judeus exilados que se encontravam no cativeiro babilônico, voltando a ser destruído pelos romanos no ano 70 da nossa era, durante a Grande Revolta Judaica. Deste modo, cada templo esteve erguido durante 400 anos.


Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a Judeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém, atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante dois milênios, crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.


A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem vários séculos de antiguidade. Conseguir colocar um papelzinho com um pedido no muro não é fácil, pois tem gente demais. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a Deus para que regressem à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a reconstrução do templo (o terceiro), e a chegada da era messiânica com a vinda do Messias judeu.


Na Esplanada das Mesquitas, rodeada pelo Muro, os muçulmanos construíram ao longo dos séculos a Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.

Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha são nomes atribuídos à Mesquita de Omar. O edifício, construído no século VII, é um dos sítios mais sagrados do Islã e uma das grandes obras da arquitetura islâmica. Sua vistosa cúpula dourada é um dos pontos mais emblemáticos da cidade. Ali teria sido o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé).


A Cúpula da Rocha recebeu esse outro nome devido à grande rocha circunscrita a ela que foi usada em sacrifícios — atualmente protegida no interior da Mesquita de Omar — e constitui uma das razões pelas quais a cidade de Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.


Segundo a tradição judaica, foi nessa rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o rei Salomão construiu o primeiro templo.

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