Um lugar único e que merece cada passo, cada olhar, cada foto. No mínimo, precisa-se visitá-la por dois dias. É imensa; só a Cidade Velha (cerca de 6 mil anos) tem 8 portões e não há como conhecer tudo: ruas e estruturas medievais, igrejas cristãs e ortodoxas, sinagogas, feiras, restaurantes, cafés e, claro, o seu ponto turístico mais famoso: o Muro das Lamentações (em hebraico: kotel). Perder-se é fácil, pois é um grande labirinto de ruas e vielas. Tentar marcar um ponto de referência junto ao portão por onde entrar ajuda.
Há tours por passagens subterrâneas onde ainda estão intactas as ruas do período herodiano (de Herodes), cisternas, banhos, aquedutos e muito mais. Tudo está conservado e aproximadamente 5 milhões de turistas visitam a cidade por ano. Não é à toa que o turismo é uma das principais fontes da renda nacional.

Jerusalém, a “cidade santa”, é a maior cidade do país, com cerca de 750 mil habitantes. É considerada sagrada pelas três grandes religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, possuindo uma infinidade de lugares santos e templos de interesse universal. Muitos deles estão na Cidade Velha de Jerusalém, tradicionalmente dividida em quatro bairros: Bairro Armênio, Bairro Cristão, Bairro Muçulmano e o Bairro Judeu. A atração mais importante da Cidade Velha é o Monte do Templo, conhecido em hebraico como Har Ha-Bayit e em árabe como Haram ash-Sharif (o “Santuário Nobre”), local do antigo Templo de Jerusalém, do qual resta hoje apenas o Muro das Lamentações.

De acordo com as crenças cristãs, a via-crúcis (ou via-sacra) é o caminho que Jesus percorreu com a cruz, desde o local onde foi condenado à morte até onde foi crucificado. O trajeto de cerca de 600 metros é marcado por 14 estações e cada uma representa um acontecimento, como as suas três quedas, o encontro com sua mãe e o momento em que tiram suas vestes para crucificá-lo.
Os peregrinos bizantinos foram os primeiros a reproduzir essa caminhada e no século VIII as estações foram marcadas. É possível seguir este caminho por conta própria, mas também há algumas procissões em grupo, como a dos franciscanos, em que os participantes inclusive carregam cruzes.

Ao longo do trajeto, é impossível não se impressionar com o tumulto gerado por turistas e comerciantes na Via Dolorosa, a principal rua do percurso, onde estão nove das 14 estações.
O trajeto começa no Portão do Leão (parte leste de cidade velha, construído pelos otomanos em 1517) e termina na Igreja do Santo Sepulcro, outro local de grande veneração. Ali Jesus teria sido crucificado, sepultado e, depois, ressuscitado no Domingo de Páscoa.

O comércio é intenso: lojas de souvenirs, comidas, frutos secos (as tâmaras e os damascos são deliciosos), temperos, especiarias, roupas, objetos de decoração e artefatos religiosos. Uma boa dica é escolher um restaurante medieval, todo de pedra para almoçar (não faltam opções) e, depois, experimentar umfalafel (bolinhos fritos de grão-de-bico ou fava moídos, normalmente misturados com condimentos como alho, cebolinha, salsa, coentro e cominho, servidos no pão pita) ou um shawarma(prato originalmente composto de fatias finas de frango ou carne de vaca ou de cordeiro assados em um espeto vertical e servidas no pão sírio com legumes e outros acompanhamentos), acompanhado do suco de pomegranate, mais conhecida como romã, fruto nativo da região. Muito comum também nas barraquinhas de comida ou nos cafés é o pão bagel (no formato ovalado), com sementes de gergelim.
Para deixar o carro enquanto visitávamos a cidade velha, usamos o estacionamento privado próximo ao Portão de Jaffa. Ali há também um escritório de turismo que oferece walking tours. São 8 tipos de percursos a pé com guia.
A Cidade Antiga e as suas muralhas foram nomeadas pela UNESCO Patrimônio Mundial da Humanidade em 1981.
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