
A Van nos pegou às 6h30 da manhã no hotel. Por volta das 9h, já estávamos no Mosteiro.
Construído no sopé do Monte Sinai, no Egito, por ordem do imperador bizantino Justiniano I, entre os anos 527 e 565, ao redor de uma capela que abrigava a sarça ardente (uma planta espinhosa da família das fabáceas, gênero Acácia; é citada na Bíblia várias vezes), construída por Helena, a mãe de Constantino. A sarça que ainda hoje ali está é, supostamente, a original. A capela também é conhecida como "Capela de Santa Helena" e o local é sagrado para cristãos e muçulmanos.
Atualmente, é o mosteiro cristão mais antigo ainda em uso para a sua função inicial. A sua localização numa região desértica é característica da antiga tradição do ascetismo, ou seja, a prática da renúncia do prazer ou mesmo da não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados fins espirituais.
As suas características arquitetônicas são típicas da arte bizantina e, no seu interior, podem observar-se importantes peças de arte, incluindo mosaicos árabes, ícones gregos e russos, pinturas ocidentais a óleo e em cera, mármores, esmaltes e ornamentos sacerdotais, incluindo um relicário doado pela czarina Catarina I da Rússia no século XVII, e outro pelo czar Alexandre II no século XIX.
O mosteiro tem ainda a segunda maior coleção do mundo de iluminuras ou miniaturas (tipo de pintura decorativa; a maior é a do Vaticano), com cerca de 3.500 volumes em grego, armênio, árabe, hebraico, línguas eslavas e outros idiomas. O Codex Sinaiticus do século IV (atualmente no Museu Britânico) foi encontrado ali, por volta do ano 1850.
Existe ainda, dentro do mosteiro, uma pequena mesquita do século X ou XI e uma capela, chamada Capela de São Trifônio, onde se encontra a “Casa dos Crânios”.
Conta-se que o profeta Maomé teria visitado a região e, tendo sido bem tratado pelos monges ortodoxos, prometeu-lhes a sua proteção, o que se tornou uma orientação para todos os muçulmanos daí para a frente.
Antes de partirmos, paramos para um café no restaurante, adjacente ao Mosteiro.

Por volta das 18h, já havíamos atravessado a fronteira, retornando a Israel.
De Eilat até o Mosteiro de Santa Catarina, são cerca de 200 km. A cidade mais próxima ao Monte Sinai, na parte costeira oriental, é Nuweiba, que dá o mesmo nome à praia.
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