Simone

Para visitar o mosteiro, pagamos um passeio de 1 dia organizado pela Fun Time Tour & Travel que incluía o translado do hotel (em Eilat – Israel) até a fronteira (cidade de Taba), de lá até o mosteiro (com um guia local), o ingresso ao local, o almoço e o retorno até o hotel. Na volta, o motorista nos aguardava na fronteira do lado de Israel. O tour custou 95 dólares para cada um.  
 
A Van nos pegou às 6h30 da manhã no hotel. Por volta das 9h, já estávamos no Mosteiro.

Construído no sopé do Monte Sinai, no Egito, por ordem do imperador bizantino Justiniano I, entre os anos 527 e 565, ao redor de uma capela que abrigava a sarça ardente (uma planta espinhosa da família das fabáceas, gênero Acácia; é citada na Bíblia várias vezes), construída por Helena, a mãe de Constantino. A sarça que ainda hoje ali está é, supostamente, a original. A capela também é conhecida como "Capela de Santa Helena" e o local é sagrado para cristãos e muçulmanos.

Atualmente, é o mosteiro cristão mais antigo ainda em uso para a sua função inicial. A sua localização numa região desértica é característica da antiga tradição do ascetismo, ou seja, a prática da renúncia do prazer ou mesmo da não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados fins espirituais.

As suas características arquitetônicas são típicas da arte bizantina e, no seu interior, podem observar-se importantes peças de arte, incluindo mosaicos árabes, ícones gregos e russos, pinturas ocidentais a óleo e em cera, mármores, esmaltes e ornamentos sacerdotais, incluindo um relicário doado pela czarina Catarina I da Rússia no século XVII, e outro pelo czar Alexandre II no século XIX.

O mosteiro tem ainda a segunda maior coleção do mundo de iluminuras ou miniaturas (tipo de pintura decorativa; a maior é a do Vaticano), com cerca de 3.500 volumes em grego, armênio, árabe, hebraico, línguas eslavas e outros idiomas. O Codex Sinaiticus do século IV (atualmente no Museu Britânico) foi encontrado ali, por volta do ano 1850.

Existe ainda, dentro do mosteiro, uma pequena mesquita do século X ou XI e uma capela, chamada Capela de São Trifônio, onde se encontra a “Casa dos Crânios”.

Conta-se que o profeta Maomé teria visitado a região e, tendo sido bem tratado pelos monges ortodoxos, prometeu-lhes a sua proteção, o que se tornou uma orientação para todos os muçulmanos daí para a frente.

O mosteiro é bonito, mas algumas salas estavam fechadas quando o visitamos. O melhor local para fotografá-lo é do alto da montanha (não muito íngreme) que há em frente. Dali se consegue uma visão geral e tem-se uma ideia melhor do seu tamanho.

Antes de partirmos, paramos para um café no restaurante, adjacente ao Mosteiro.

A região desértica é incrivelmente bela. No caminho, há poucas construções (aliás, vimos muitas obras inacabadas). Praticamente, é tudo só montanhas de areias, até que surgem as ruínas do Castelo Zaman, no alto de um penhasco. Para quebrar a monotomia da paisagem, apenas algumas ovelhas e camelos e feirinhas de artesanato local.

Na volta, paramos para almoçar (incluso no passeio) no restaurante Morgana, de frente para o Golfo de Aqaba, no mar Vermelho. Comida caseira e muito saborosa.

Por volta das 18h, já havíamos atravessado a fronteira, retornando a Israel.

De Eilat até o Mosteiro de Santa Catarina, são cerca de 200 km. A cidade mais próxima ao Monte Sinai, na parte costeira oriental, é Nuweiba, que dá o mesmo nome à praia.

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