Simone


Uma viagem ao Laos simplesmente não estaria completa sem uma visita à cidade mais linda do país. Luang Prabang é um tesouro de antigos templos budistas e de paisagens exuberantes, localizada entre os rios Mekong e Nam Khan e cercada de montanhas.

Chegamos lá às 18h30 no Luang Prabang International Airport, pequeno, mas organizado, que ainda oferece transporte (mini-ônibus) para o centro (50.0000 kip – US$ 6) e arredores da cidade (80.000 kip – US$ 10). Nós pegamos um tuk-tuk; basta sair até o portão do aeroporto onde alguns passam para o centro. Pagamos 30.000 kip – US$ 3,70. No aeroporto, os valores das taxas estão também em ‘bath’ – a moeda da Tailândia. A distância até o centro é de apenas 4 km. Ali, o câmbio do dólar é pior do que em Vientiane.


O motorista do tuk-tuk nos deixou na Sakkarine Road, rua principal da cidade (que, aliás em toda a sua extensão muda de nome 3 vezes), repleta de restaurantes, cafés, lojas, hotéis. Ficamos hospedados em um hotel na rua Sisavangvathhana, pagando uma diária de US$ 22, sem café da manhã. Em média, as diárias ficam em torno de US$ 20, mas sem café.

Com menos de 30 mil habitantes e a 140 km da capital, é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade. Até 1975, ostentou o título de capital real. Hoje ainda conserva 32 dos 66 templos ou wats (na língua local) existentes antes da colonização francesa, onde vivem cerca de 300 monges. Seu povo é um dos mais simpáticos que já conhecemos no mundo.



Já começava a anoitecer e fomos procurar um hotel. São vários, tanto na rua principal como nas secundárias. Escolhemos uma dessas e encontramos um hotel (se puder, faça reserva antes, muitos estavam lotados). Nessa rua, mais abaixo em direção ao rio Mekong, há guest houses também. Pagamos US$ 22 pela diária, sem café da manhã. Na Ásia em geral, poucos hotéis incluem café. O Wi-Fi, sim, é sempre oferecido e gratuitamente.


Demos uma volta na rua principal e ficamos impressionados com o bom gosto de tudo. Cafés, restaurantes, lojinhas, tudo com muito charmoso e bem decorado. E os preços, como de costume, baixos. Come-se bem e paga-se pouco. Mas o mais belo mesmo são os conservadíssimos casarões coloniais, herança da época em que o Laos foi colônia francesa, até 1945. Há uma casa, em especial, que fotografamos como sonho de consumo para no futuro termos uma como aquela.

O gentil funcionário do nosso hotel avisou-nos que no dia seguinte, às 5h30-6h, vários monges passariam na rua Sakkarine/ rua Chao Fa Ngum (principal), descendo depois pela rua do nosso hotel. É o ritual budista da Ronda das Almas (“Tak Bat” em laociano) onde os monges enfileiram para receber a oferenda que será a refeição do dia. A comida é ofertada pelos habitantes da cidade e, por ser hoje um super evento turístico, também por turistas que se sentam ao longo da calçada esperando os monges passarem, sempre descalços. Doam-se arroz, frutas, biscoitos, cereais, ovos. Alguns vendedores tentam aproveitar o turismo para vender comida aos turistas para que estes doem aos monges. Na fileira, os mais jovens (crianças ainda) ficam por último.

É tão turístico que em alguns templos você encontra folders com recomendações para assistir ao ritual. Pede-se, principalmente, para presenciar tudo em silêncio; não fotografar os monges de tão perto; não tocá-los, claro; e vestir-se adequadamente (evitar ombros e pernas de fora).

O ritual tem início em diversos templos. Em um após o outro, os monges tocam tambores e sinos, como uma passagem de sinal e, então, saem às ruas. Você pode ir até o Wat Stop ou aguardar na rua principal para fotografar. Realmente, é uma ocasião imperdível. Todo mundo madruga para assistir. Nós colocamos o relógio para despertar às 5h. Quando saímos do quarto, ainda estava escuro. Mas valeu a pena. 

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