Simone

Ao redor de Moscou, as cidades do Anel de Ouro têm história – tanto medieval quanto da era soviética.

Serguiev Posad
A 70 km de Moscou, seu ponto principal de interesse é a Santa Trindade – Sergius Lavra, o centro religioso da Igreja Ortodoxa Russa, residência dos patriarcas de toda a Rússia. O Monastério de São Jorge continua funcionando como Academia Teológica e foi fundado por São Sérgio em 1340. Desde aquela época foi o centro mais importante por mais de 500 anos dos peregrinos na Rússia. Depois da Revolução, se converteu num museu e, nestes últimos anos, todas as igrejas foram abertas novamente. O conjunto arquitetônico dos séculos XV a XIX representa todos os passos de desenvolvimento da arquitetura russa, a qual contém a Igreja da Trindade, construída em 1422-23 e famosa por sues ícones pintados por Andrey Rublev; a Catedral da Assunção, erguida entre 1559-1585 (suas enormes torres estão pintadas em azul e ouro); uma acolhedora capela e milagrosa fonte próxima do túmulo de Boris Godunov e sua família; e uma elegante torre com um relógio construído em meados do século XVIII por Rastrelli, um arquiteto de São Petersburgo.

Uma coleção histórica de obras de artes aplicadas está no Museu da Laura da Trindade e S. Sérgui.

No Museu de Brinquedos de Madeira há uma variadíssima coleção de obras de artistas populares russos, além de diversas “matriochkas” (bonecas típicas russas de madeira) desde os primeiros aos últimos modelos.

Durante a época soviética, o Monastério foi fechado, para só reabrir depois da Segunda Guerra, como museu, casa do Patriarca e Monastério. As igrejas, no entanto, foram fechadas. Com a abertura, o patriarca, autoridade máxima da Igreja Ortodoxa na Rússia, mudou-se para Moscou. Mas dá o ar de sua graça nas grandes festas. Em Sergiev é possível sentir o quanto a Rússia respira fé.


Vladimir e Súzdal
Vladimir é a antiga capital medieval a 190 km de Moscou, que conserva duas catedrais do século XII, consideradas as mais perfeitas realizações da arquitetura medieval russa.

Há a bela Catedral da Dormição da Virgem, que costumava ser a catedral-mãe da Rússia Medieval nos séculos XIII e século XIV. É parte do Patrimônio Mundial da Rússia chamado Monumentos Brancos de Vladimir e Súzdal.

A catedral foi encomendada por André, o Pio na capital Vladimir e consagrada à Dormição de Theotokos (Virgem Maria), que ele promoveu à protetora de suas terras. Originalmente construída em 1158-1160, foi aumentada em 1185-1189 para refletir o prestígio de Vladimir. Permaneceu a maior igreja da Rússia por 300 a 400 anos.

André, o Pio, Vsevolod, e outros regentes do Principado de Vladimir-Súzdal foram enterrados na cripta dessa igreja. Diferente de outras igrejas, sobreviveu à grande devastação da cidade em 1239, quando os bandos de Mongóis de Batu Khan tomaram a capital.

O interior foi pintado no século XII e depois repintado por Andrey Rublev e Daniil Cherny em 1408. A Catedral da Dormição serviu como modelo para Aristotele Fioravanti, ao projetar a Catedral Uspensky no Kremlin em 1475-1479.

Em Súzdal, a 32 km de distância de Moscou, foi sede de um poderoso principado na Idade Média e hoje é uma pequena cidade rural com 12 mil habitantes que conserva, com orgulho, o testemunho histórico de sua grandeza: o Kremlin, o Palácio do Bispo, inúmeras igrejas e mosteiros, o Museu da Arquitetura de Madeira e a Praça do Mercado. 

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