Apesar do tempo frio (chegamos a
pegar sensação térmica de -2ºC), as pessoas são calorosas (na grande maioria) e
as cidades, muito aconchegantes. O país é muito belo e todas as cidades, até
mesmo as bem pequenas, têm algo a oferecer e são bastante desenvolvidas.
Ficamos no país de 07 a 13 de
setembro. Desembarcamos em Auckland e já pegamos outro voo (pela JetStar) para
o aeroporto da cidade de Queenstown, a 166 km de Te Anau, cidadezinha com 170
mil habitantes, localizada ao sudoeste do país.
Situada à beira do segundo maior
lago da Nova Zelândia, o vilarejo de Te Anau é a principal base de visitantes
para o Fiordland National Park (distante
120 km), onde está o fiorde mais acessível e visitado da Nova Zelândia, o Milford Sound – cravado nas cadeias de montanhas
formado pelo degelo e pela ação do vento. Ao todo, são 14 fiordes.
Antes da chegada dos primeiros
colonizadores europeus no século XVIII, toda esta região de fiordes do sudoeste
da Nova Zelândia era frequentemente visitada pelos maoris que se aventuravam
pela região em busca de alimento e pounamu (jade neozelandesa).
Chegamos ao vilarejo de Te Anau de
carro (alugado no aeroporto), por volta das 14h. Nos hospedamos no Parklands Motel (16 Mokoroa Street), um
apartamento mobiliado. Diária a NZ 75 (dólar da Nova Zelândia), ou seja, US$ 50.
À tarde, demos uma volta no local, fomos ao mercado e descansamos para acordar
cedo no dia seguinte.
As estradas são perfeitas (mas
perigosas, devido às curvas e à alta velocidade dos motoristas locais – a
sinalização da velocidade mínima varia de 90 a 120 km/h) e as paisagens, com
seus lagos, montanhas nevadas e casinha charmosas, tornaram a viagem bastante
agradável. Vale lembrar que a direção lá é do lado direito. O que nos chamou a
atenção é como os neozelandenses viajam por seu país e muitos preferem viajar
de trailer. Além de ser um país seguro, há várias paradas para descanso, com
estacionamento e banheiros.
Bem cedo pegamos a Highway 94 para
chegar ao centro de visitantes do Fiordland National Park, onde há grande
oferta de passeios de barco de luxo ou de catamarã, caminhadas por trilhas e/ou
cavernas, cruzeiro no lago partindo de Christchurch (a 643 km), canoagem, mergulho,
sobrevoos de helicóptero.
Dentre os pontos de paradas
“obrigatórias” pelo caminho até o Fiordland National Park, vale destacar o Mirror Lakes, um conjunto de pequenos
lagos de águas cristalinas que podem ser facilmente visitados por uma trilha de
curta duração (5 – 10 minutos de caminhada). Como o próprio nome sugere, ele se
parece um espelho. Isso se deve à coloração escura do fundo do lago pela
presença de matéria orgânica e algas na água. Assim, a superfície do lago
reflete quase como um espelho tudo que está ao seu redor. Impossível não
fotografar!
No caminho, passamos por um túnel
estreito que atravessa uma montanha altíssima e possui 1,2 km de extensão. Os
carros só transitam em um sentido. Então, é preciso entrar na fila para
aguardar a vez de passar.
Para vermos o Milford Sound
optamos pelo passeio no catamarã panorâmico, passando pela floresta tropical e
indo até as cachoeiras. A força da água das cachoeiras aumenta muito com o
vento forte e é preciso usar uma capa para não se molhar, mesmo estando dentro
do barco. Na viagem de barco que dura 1h45, é comum avistar exemplares da fauna
como golfinhos bico de garrafa, pinguins de Fiordland, leões-marinhos e,
dependendo da época do ano, até baleias.
Os horários de saída da embarcação são: 11h (incluído
almoço), 13h30 e 15h10. Os preços variam de US$ 70 a 90, sendo mais baratos os tíquetes
comprados on line.
Passeios de dia inteiro ou um cruzeiro saindo de Queenstown (a
173 km) custam entre US$ 72 e 90. Vendem-se também tours para pernoitar no
barco.
Uma atração na fauna são os keas, pássaros nativos da Nova Zelândia
que estão ameaçados de extinção. Lembram papagaios, só que são marrons. São
amigáveis, porém, é preciso tomar cuidado com as janelas dos carros, pois eles
podem entrar à procura de comida. No nosso carro, ficaram mordendo a borracha
da porta e só saíram quando o carro alcançou uma velocidade maior.
Há apenas uma hora de Te Anau
está o Lake Gunn, que oferece
bosques de faias cobertos de musgo e grandes montanhas. Além de servir de
cenário para fotos, o lugar é ideal caminhar, nadar e pescar.
Para os mais aventureiros, a
Trilha Sealy Tarns oferece paisagens magníficas do monte mais alto da Nova
Zelândia, Aoraki Mount Cook, das geleiras Hooker e Mueller, e de seus respectivos lagos glaciais. É preciso caminhar
por um dia para chegar ao local. Ao longo da trilha, os turistas desfrutam das tarns
(pequenas banheiras naturais).
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