O Hofburg é parada obrigatória e uma importante introdução ao mundo dos Habsburgs, uma das mais importantes dinastias da Europa. Praticamente todas as atrações de Viena giram em torno dos Habsburgs. Para muitos, o membro mais famoso talvez seja a Sissi (1837 – 1898), como era chamada a imperatriz Elizabeth da Áustria, esposa do imperador Francisco José I.
Sissi foi retratada nos filmes da trilogia de Hollywood, lançada na década de 50. Nestes filmes, Sissi, interpretada pela atriz austríaca Romy Schneider, é mostrada como uma jovem feliz e extrovertida, que amava o seu marido. Foi um choque conhecer a verdade por trás do mito e este é justamente o objetivo da exposição, aberta ao público em 1994.
Na verdade, Sissi foi uma mulher muito infeliz, obcecada pela beleza. Reconhecida como a mulher mais bela de seu tempo, a imperatriz vivia fazendo dietas malucas e gastava duas horas do dia apenas para pentear os cabelos, que chegavam aos seus pés. Teve quatro filhos, sendo que a primeira morreu com apenas dois anos, outras duas foram praticamente criadas pela avó (a fim de dar uma educação à altura da corte) e o seu único filho, que seria o herdeiro do trono, cometeu suicídio aos 30 anos junto com a amante de 17 anos, após uma vida totalmente desregrada.
A morte do filho acentuou o estado já depressivo de Sissi, que vivia solitária e avessa às obrigações de imperatriz. Vivia viajando e adotando práticas alimentares cada vez mais agressivas, enquanto o seu marido trabalhava da manhã ao anoitecer. Sissi não tinha boas relações com a sogra, a arquiduquesa Sofia, e ainda era mal vista na corte por sua preferência pela Hungria. Durante todo o seu reinado, seu único interesse político havia sido a assinatura do acordo austro-húngaro, que foi firmado em 1867, tornando Sissi a rainha da Hungria.
Sua vida infeliz teve um fim trágico. Em 1898, durante uma viagem a Genebra, na Suíça, um anarquista italiano acertou-a no peito com um fino estilete. Sissi faleceu horas depois. Ao saber da morte da esposa, Francisco José I afirmou: “Vocês não sabem o quanto amei esta mulher”. Ao visitar o escritório do imperador, realmente não duvidamos do amor que ele sentia pela esposa. Retratos de Sissi estão por toda a parte.
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