Simone

Não havia vagas no primeiro hotel em que ficamos (EasyHotel.com). Então, achamos um bem perto, duas ruas abaixo, por US$ 40 a diária.


De manhã cedo, saímos e começamos o dia pelo Museum Africa. Para chegar, passamos pela bela ponte Nelson Mandela. Deixamos o carro num estacionamento em frente. Aqui, outro exemplo de como tudo é barato no país. Por 1 hora, paga-se R5 (US$ 0,47); 2 horas: R6 (US$ 0,56); 6 horas: R25 (US$ 2,35); de 6 horas em diante: R35 (US$ 3,30). Então, se deixar o carro lá o dia inteiro, o máximo que vai pagar é 3,30 dólares ou 7 reais.

O prédio é imponente e há um grande espaço à sua frente, provavelmente usado para grandes eventos ou manifestações.

Dividido em várias partes, há as caricaturas, as charges e os cartoons políticos que mostram pequenas fatias do passado, dando uma visão sobre as situações políticas e sociais da época. É, sem dúvida, uma das melhores exposições.

Há também fotos e textos que mostram o trabalho de pessoas importantes que contribuíram para o desenvolvimento do país, a evolução da imprensa, a migração (de alemães; de chineses que chegaram para trabalhar nas minas de ouro, entre outros); dados sobre o crescimento industrial e sobre a influência de outras religiões.

A mostra Minha Cultura apresenta os quase 500 grupos culturais do país, com sua linguagem, roupas, adornos, ferramentas, jogos, cerimônias, costumes e crenças, histórias.

Tem a parte de geologia, de fotografia (e suas invenções até chegar ao formato digital de hoje) e de selos. Esta é a maior coleção que já tenhamos visto. Tudo muito organizado e catalogado, exposto em diversos painéis. Enfim, são vários museus dentro de um museu.

Aberto diariamente (com exceção de segunda-feira), das 9h às 17h. A entrada é gratuita e o museu merece ser visitado.

Do outro lado da rua, em frente ao museu, tem um café bem charmoso e com um cardápio variado: Kaldi’s Gourmet Coffee. A especialidade são as comidas naturais e veganas e muitos sucos de frutas.  Um café da manhã natural sai a R36,50 /US$ 3,45.


Dali, pegamos nosso carro no estacionamento e partimos para City Hall Street. Ali, estão as belas construções do City Hall (prefeitura) e do Gauteng Provincial Legislature(órgão legislativo). 
  
Passamos pela Gandhi Square (praça Gandhi) e seguimos para o Apartheid Museum, a uns 8 km do centro. O museu, localizado (na Northern Park Way and Gold Reef Rd) em uma construção moderna e bastante ampla, é IMPERDÍVEL. Taxas: R70 /US$ 6,60 e R55 /US$ 5,20.

Sem dúvida, Mandela deixou um legado para as futuras gerações sobre a importância da liberdade e da luta que deve continuar contra a discriminação e o preconceito.  O museu, inaugurado em 2001, tenta mostrar tudo isso.

Já na entrada o impacto. Há dois portões que simulam como era antes quando da existência das leis do Apartheid: um só para brancos e outro para negros. Para percorrer o espaço como o museu foi desenhado, cada um de nós recebe um cartão: branco ou negro.

Depois, várias fotos de pessoas. Em cada painel, há duas: uma atrás e outra à frente.

Há os Pilares da Constituição. Entre 1994 e 1996, o primeiro parlamento totalmente democrático da África do Sul, constituído como a Assembleia Constituinte, elaborou a nova constituição da África do Sul. Na sua essência, são sete valores fundamentais que são representados pelos pilares no primeiro pátio visitantes encontram na chegada ao museu: democracia, igualdade, reconciliação, diversidade, responsabilidade, respeito e liberdade. Cada pilar (gigante) traz um desses valores gravados.

Entre inúmeros documentos, fotos, relatos, textos, depoimentos, difícil não se emocionar. Um marco importante ocorre em 16 junho de 1976, quando protestos se proliferam nas escolas de Soweto e assinalam o fim da submissão por parte da população negra da África do Sul e o início de uma nova militância na luta contra o apartheid.

As fotos chocam. São remoções maciças forçadas, a negação dos direitos políticos, prisões, execuções e a luta incansável de Mandela (ainda na prisão) para pôr fim ao regime de segregação.

A eleição de 1994, considerada por muitos como um milagre, levou milhares e milhares de pessoas às urnas em filas quilométricas e, na maior parte do tempo, sem conflito algum. Posteriormente, a nova constituição.

O museu é completo, detalhado e perfeitamente explicativo. No final do percurso, há uma loja de souvernirs e um café.

Em frente ao museu, do outro lado da pista, está o Gold Reef City, um parque temático de diversões, construído sobre uma antiga mina de ouro. Os funcionários usam trajes de época dos anos 1880 e os edifícios (bem imponentes) do parque foram projetados para imitar o mesmo período. No local, tem um museu dedicado à mineração do metal e, claro, todo tipo de atração comum a um parque, como tobogans e montanhas-russas. O imenso auditório sedia shows de música ao vivo. Entrada: R10 /US$ 0,95 tanto par pedestres como para veículos, fora os ingressos individuais para cada brinquedo. 

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