Simone


Demos uma volta à noite no centro e fomos dormir cedo para continuar a jornada no dia seguinte.

Ao acordarmos, descemos para o café da manhã, que não é muito animador. Prato principal: arroz e noodles. E é o mesmo que eles comem na hora do almoço. Comemos só um pãozinho e uma fruta local, com suco e café.

Além de muitas pagodas (Wats) e templos budistas, vale a pena visitar o Angkor National Museum, de arquitetura imponente. Amplo, moderno e com muitos artefatos que contam a arte, a cultura e a história do reino Khmer, além de preciosidades arqueológicas. Na entrada, você assiste a um filme introdutório de 15 minutos, disponível em 7 línguas, antes de percorrer as 8 galerias, distribuídas em 2 andares. Aberto das 8h30 às 18h. Entrada a US$ 3 (estrangeiros) e US$ 2 (nativos), incluindo o áudio-guia. Fica em frente ao Grand Hotel D’Angkor.

São diversas pagodas. Vou destacar apenas três. Wat Thmeié um pagode moderno escondendo um passado escuro, com uma stupa memorial contendo os ossos de vítimas do Khmer Vermelho. Há uma abundância de jovens monges, dedicados a praticar o seu Inglês aqui. Ele está situado na bifurcação à esquerda da estrada para Angkor Wat. Acesso permitido das 6h às 18h. Entrada livre.

Wat Bo é um dos templos mais antigos da cidade. Tem uma coleção de pinturas de parede bem preservados do final do século XIX, representando o Reamker, a interpretação do Camboja do Ramayana (uma obra da literatura indiana, escrita entre os séculos XIV e XV e um dos mais importantes trabalhos em Sânscrito). Observe o teto deslumbrante do pagode principal, um design clássico Khmer. Acesso permitido das 6h às 18h. Entrada livre.

Wat Dam Nak foi um palácio real durante o reinado do rei Sisowath, por isso o nome nak (palácio). Hoje é o lar do Centro de Estudos do Khmer, uma instituição independente que promove uma maior compreensão da cultura Khmer com uma biblioteca de drop-in no local. Acesso permitido das 6h às 18h. Entrada livre.

Inclua no seu roteiro uma visita ao Cambodia Landmine Museum, que mostra um pouco da triste realidade que o país atravessa desde o fim da guerra do Vietnã, quando o Camboja foi infestado por minas terrestres que ainda vitimam muitos locais em regiões mais afastadas. Inclui maiores detalhes sobre os tipos de minas utilizadas durante a guerra civil no Camboja. Entrada a US$ 3. Aberto das 7h30 às 17h30. Localizado no caminho para os templos de Angkor, a apenas 7km ao sul de Banteay Srei.

Chamou-nos a atenção a foto do rei do Camboja, Norodom Sihanouk, estampada à frente ao Royal Residence (Palácio Real) e em vários locais nas ruas. É que, quando chegamos ao país, ele havia acabado de falecer.

Sihanouk morreu de ataque cardíaco aos 89 anos em Pequim, onde recebia tratamento médico. Atravessou uma vida atribulada e polêmica, governando o Camboja como monarca nominal entre 1941 e 1955, durante o fim do período colonial francês, e mais tarde entre 1993 e 2004, após o fim do regime genocida do Khmer Vermelho. Sihanouk foi coroado rei em 1941 aos 18 anos e, primeiramente, governou como um monarca absoluto, prestando homenagens apenas aos franceses. Quando o Khmer tomou o poder, em 1975, ele foi chamado de colaboracionista dos comunistas – embora tenha ficado preso e tenha perdido cinco filhos, mortos pelo Khmer. Na década de 1990, após a queda do Khmer, ele assumiu um papel de pacificador e monarca constitucional do Camboja.

Bate-papo com um monge
Numa das pagodas que visitamos na cidade, um monge muito simpático (voluntário e diretor) veio falar comigo enquanto o Ricardo tirava fotos. Nós estávamos no Cambodian Buddhism Association for Vulnerable Children (CBAVC). O nome dele é San Van e ele me deu o cartão da Associação que aceita qualquer tipo de ajuda (comida, roupas, material escolar, dinheiro) para dar às crianças do Camboja um futuro melhor. Os monges que ali moram, além de orar, cozinhar e fazer a limpeza do local, também ensinam inglês à população cambojana. Para os interessados em saber mais sobre o trabalho feito lá, o site é: www.cbavc.org

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