Simone


La Paz é a capital mais alta do mundo, a 3650 m acima do nível do mar. Situa-se no fundo de um vale, junto a um cânion em meio à Cordilheira dos Andes e, por isso, suas casas e prédios são construídos em morros. A cidade foi fundada em 1548, pelo capitão espanhol Alonzo de Mendoza.

Há vários hotéis na Avenida Sagárnaga, entre eles o Hotel Maya (US$ 30 diária para casal), o Hotel Sagarnága (US$25).
A cidade é bem agitada, repleta de praças, igrejas, museus que retratam a herança deixada pelos colonizadores. No cenário, as “cholas” são presença marcante.
“Cholas” são mulheres descendentes de índias, sempre com suas "mochilas" nas costas (trouxas chamadas Auayu), tranças e chapéu. Seus trajes e gestos representam bem a cultura local. Parece ser as que mais trabalham, carregam muito peso e fazem praticamente tudo a pé. Com certeza, a Bolívia é um lugar único, com cheiros, cores, gostos e tradições e costumes bem típicos.

Não há transporte coletivo na cidade. O que existem são vans, ônibus e microônibus piratas bem antigos e coloridos ao extremo, geralmente com som bem alto em seu interior. O preço é muito baixo: US$ 0,20. Os táxis também são baratos. Da rodoviária ao centro, paga-se 8 pesos bolivianos (aproximadamente U$$ 1 dólar). Pechinche! Os taxistas sempre cobrarão um valor maior.
Há uma imensa favela no município “El Alto” (hoje já com 1 milhão de habitantes). Cresceu tanto que emendou com La Paz (ao todo, são dois milhões de habitantes). O trânsito é caótico. O aeroporto fica nesse município de El Alto, a 10 km do centro da capital.
Para visitar: a Plaza Murillo, em frente ao Palácio Legislativo e à Catedral; herdou o nome do revolucionário boliviano Don Pedro Domingo Murillo, morto no local pelos espanhóis, em 1810.

O Palácio Legislativo, com belas fachadas, é a sede do Parlamento boliviano. A catedral foi construída em 1835, em estilo barroco, com uma cúpula bem grande. Ao lado, está o Palácio Presidencial, conhecido como Palácio Quemado, já que em seus 130 anos já foi incendiado duas vezes.
A Iglesia de San Francisco, localizada na praça de mesmo nome, no cruzamento das ruas Sagárnaga, Murillo e Santa Cruz, pode ser visitada a partir das 15h30. Original de 1549, a igreja desabou com uma tempestade de neve em 1610, mas foi reconstruída entre 1744 e 1753.

Vale a pena ir ao Museo de la Coca (Calle de las Brujas), pequeno, mas organizado e bem informativo. Fundado em 1997, faz uma análise das propriedades nutritivas, químicas e místicas da folha da coca. Aberto de segunda à sexta. Entrada: US$ 1,20. Outros museus importantes são: Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional de Etnografia e Folklore, Museu de la Historia Nacional.
A 72 km de La Paz, está o Sítio Arqueológico de Tiahuanaco. Era uma cidade que tinha um grande cerimonial religioso cuja construção estima-se ser de 700 d.C., enquanto sua população chegava a 20 mil habitantes. Uma caminhada pelo local e uma visita ao museu, ao lado das ruínas, ajudam a entender o quanto avançada foi essa cultura que, além da arquitetura, dominava a agricultura e técnicas de medicina e mumificação. A população desapareceu por volta de 1.200 d.C.
Para chegar ao local, você pode ir pelas agências de viagem que fazem o passeio, geralmente a US$ 10. Ou, então, pode-se pegar um ônibus que parte do cemitério, em direção às ruínas, por cerca de US$ 1.

Chacaltaya é um pico da Cordilheira dos Andes localizado na Bolívia e que possui 5.421 m de altitude. Está a cerca de 30 km de La Paz. O acesso à estação é por uma estrada estreita e bem íngreme, e para se chegar à base é necessário vencer um caminho de 200 m construído na década de 1930. Destino turístico de muitas pessoas todo ano, a estação propícia para se esquiar é, supreendentemente, o verão, quando a neve está em melhores condições para o esporte. É controlado pelo Clube Andino Boliviano. Como no inverno faz muito frio, a neve é escassa nesta estação, funcionando somente aos finais de semana. Nesse pico está a estação de esqui de maior altitude no mundo, a 5.395 metros em relação ao nível do mar. Há um ônibus vermelho que faz o tour até o local.
Observações importantes:
1. Muito cuidado com a água e a comida na Bolívia. Passamos muito mal nesse último dia. Não comam nada cru ou que tenha ovo.
2. Sentir uma dor de cabeça forte é normal, devido à altitude. Logo depois, você acaba se acostumando. Um chá de folha de coca ajuda a aliviar.
3. Cuide bem da sua bagagem. Não a largue em lugar algum e nunca separe-se do seu passaporte e do seu dinheiro. Na rodoviária de La Paz, duas francesas tiveram a bagagem roubada, onde estavam todos os seus documentos. Bastou um minuto de descuido.
Depois de 2 dias em La Paz, decidimos seguir para Puno, no Peru, devido à distância. É a maior cidade peruana próxima à divisa com a Bolívia, para onde regressamos para desbravar mais lugares.

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